capítulo sessenta e um: aquela la da lauryn hill

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d͟͟͟͞͞͞i͟͟͟͞͞͞o͟͟͟͞͞͞g͟͟͟͞͞͞o͟͟͟͞͞͞

  Eu tava suando frio de tão nervoso. Minha avó e as mães da Yasmin estavam comendo e esperando que eu e ela disséssemos o motivo te ter reunido todo mundo.

  Vi que a Yasmin não tomaria a inciativa de puxar o assunto então vi que eu teria.

— Cris, Lari... Vó?

  Chamei a atenção delas e a tensão ficou tão grande que quase deu pra pegar com as mãos.

— Eu pedi a mão da Yasmin em casamento. — Falei de uma vez e senti o alívio instantâneo. Guardar segredos da minha avó não é fácil.

  A reação das três foi praticamente a mesma. Olhos arregalados, boca aberta e um pouquinho de vontade de matar nós dois.

— Q-que? como? — Cristina gaguejou.

— Mas calma. A gente vai casar, só que daqui alguns anos quando a gente se estabilizar. — Yasmin tranquilizou elas.

— Mas pra que tão rápido? — Cristina ainda contestava. E eu achava que era mais num tom de proteção do que contrariedade.

— Aí que tá a pergunta. Pra que demorar tanto? Anos de namoro pra noivar. Mais alguns anos pra planejar o casamento e daí o casamento? Não pode ser mais simples?

— Olha, Cris, Lari... Me desculpem, mas eu vou ter que concordar com a Yasmin. Por experiência própria. — Minha avó começou falar. — Sei que você se preocupa, a Yasmin tem só dezoito anos. Mas o amor deles é tão grande e tão visível.

— Verdade, dona Maria! E também é gostoso casar no ápice da paixão. — Larissa entrou na conversa. — Nós casamos com dois anos de namoro, amor.

Cristina olhou para as duas mais velhas e na sequência para mim e a Yasmin com o olhar sério. Eu me casaria de qualquer jeito com ela. Mas é legal ter o apoio da família dela.

— Tá. Eu apoio. Mas desde que... Yasmin, você precisa procurar um emprego ou algum curso profissionalizante. Não pra me provar nada, mas pra você ser mais independente, minha filha. Amo o Diogo, mas não te criei pra depender de homem.

Concordo com ela. Eu bancaria a Yasmin com todo prazer, mas eu conheço a mulher que eu tenho e sei que isso não daria certo. E também sei da força que ela tem pra ser uma mulher mais independente.

— Ok, fechado. Até o fim do ano eu vou orgulhar vocês.

— A gente já tem muito orgulho de você, amor. Mas isso é pra você se orgulhar de si mesma. — Segurei a mão dela por cima da mesa.

— Certo. Até o fim do mês eu vou provar pra mim que eu sou capaz de ser totalmente independente. — Ela refez a frase.

Todos concordamos.

[...]

— Até que foi de boa. — Apaguei a luz do quarto dela e me joguei do seu lado na cama.

— Porra, foi mais suave que eu pensei.

Deitei direito e senti os braços dela me abraçarem com um certo carinho.

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