capítulo vinte e nove: devia ter batido mais

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y͟͟͟͞͞͞a͟͟͟͞͞͞s͟͟͟͞͞͞m͟͟͟͞͞͞i͟͟͟͞͞͞n͟͟͟͞͞͞
ᴅɪᴀs ᴅᴇᴘᴏɪs

   Fazia bons dias desde o nosso quase lá. E parece que tem alguma coisa sobrenatural impedindo, porque o tanto de vezes que a gente tentou de novo, mas foi interrompido. Já tava era com ódio.

  Fora nossa frustração estamos cada vez mais próximos. E eu gosto muito disso. Ainda éramos amigos, muito amigos, porém tínhamos intenções acima disso. Por exemplo, já demos carta branca um pro outro sobre um futuro namoro. E cada dia que passa ele me faz pensar bem mais nisso.

  Diogo não é o meu tipo de cara, nossas diferenças são enormes. Mas a gente conseguiu achar um equilíbrio e por enquanto ta dando certo.

— Yasmin? Quer dizer alguma coisa?

  Meu professor chamou minha atenção atenção.

— Quero não.

  Eu nem sabia o que que ele tá falando pra ser sincera.

— Deve ter vindo chapada de novo. — Uma voz atrás de mim disse.

  Me virei com tudo pra saber quem tinha sido.

— Que que é filha? Tá olhando o que? — Kaique era o dono da voz.

  Esse era o mais filho da puta de todos ali. Sempre implicou comigo, desde quando eu nem era da sala dele. No começo das aulas fez da minha vida um inferno.

— Fala dos outros e acha ruim que olhem pra você?

— Ih, tá chapando?

— Sai do meu pé, garoto. Todo ano você quer ficar implicando comigo. Tá apaixonado, caralho? — Desabafei.

  Ele riu como se eu tivesse falado a coisa mais engraçada.

— Sai daí. Sai dessa brisa.

— Aham, tá. — Virei pra frente.

  O professor tinha voltado a dar a aula, cagando pra nós dois e eu agradeço por isso.

[...]

  O sinal bateu e eu só queria comer até não poder mais de tanta raiva que eu tava. Kaique com a pequena discussão tinha me tirado todo o foco. Passei as aulas todas imaginando eu socando a cara dele.

  Sai pra fora do portão e já tinha bastante gente na calçada também. Meus olhos só focaram na lanchonete do seu Valmir e era exatamente ali que eu ia descontar a minha raiva. As coxinhas dele eram a minha salvação. E quando eu tava botando o pé pra atravessar ouvi alguém me chamar. Virei pra trás pra saber quem tinha sido e vi o Kaique, mas a voz tinha sido de mulher. Aí garota do lado dele fez ter mais sentido.

  E lá vamos nós!

— Que quié. — Eu já tava sem paciência.

— Que porra é essa de falar que meu namorado tá apaixonado por você? Tá maluca? — Ela já chegou gritando.

  Vi a escola inteira voltar os olhares pra gente.

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