Beyond a Life (Madara)

A casa do Uchiha

(Sn Pov)

À medida que o céu escurecia e ficava pesado devido as nuvens negras formadas nele , eu e Madara nos aproximávamos de sua casa, que assim como a minha e de Izuna era um pouco afastada da vila, em meio à floresta.

Seguíamos sem falar muito, embora ele ainda estivesse segurado na minha mão, o que era estranho, já que ele nunca foi adepto de gestos carinhosos duradouros.

Quando finalmente consegui ver a casa de Madara em meio às árvores, puder ver em sua frente uma mulher gritando e batendo na porta , num misto perfeito de raiva e desespero, o que me causou um péssimo pressentimento.

-MADARA, ABRA ESSA MERDA DE PORTA, EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ AI DENTRO, NÃO ME IGNORE SEU DESGRAÇADO. -Ela gritava enquanto batia na porta com tamanha força que se não fosse reforçada ela já estaria arrombada ou provavelmente derrubada.

Eu olho para Madara assustada, enquanto ele está estático, olhando para a mulher enfurecida, até que ela nota a nossa presença alguns metros atrás dela e começa a vir em nossa direção.

-ENTÃO VOCÊ ESTÁ AI SEU MALDITO? -diz em meio à gritos que me deixam com dor nos ouvidos, graças ao tratamento que recebia do meu pai eu não suporto que gritem perto de mim, assim como odeio trovões, mesmo sendo adulta eu tenho que admitir que eles me assustam. -QUE PORRA É ESSA MADARA? -Esbraveja perto o suficiente para me fazer tremer e inconscientemente apertar a mão do Uchiha me encolhendo perto dele, que notando isso, também começou a segurar minha mão mais forte.
[Madara] -Eu que pergunto Ikume, o que caralhos você está fazendo aqui? -Pergunta com certa raiva.
[Ikume] -Vim saber que merda de história é essa de você estar de encontrinho com outra -Falou virando seu olhar em direção à mim -Então foi por isso que você me deixou de lado? -Dizia começando a rir sarcástica -Você é bem burrinho ein, e você garota? Quem porra você acha que é, para tomar o que é meu?
[Sn] -Tomar o que é seu? -Digo soltando a mão de Madara e o encarando, as palavras da garota estérica serviram como uma apunhalada em meu peito.

Então... Ele realmente estava só me usando?

[Ikume] -Sim vadia, quem você acha que é para tomar o que é MEU?!
[Sn] -Escuta aqui sua estúpida -Digo me aproximando dela que recua -não fui atrás de ninguém, e óbvio que se eu soubesse que ele é seu eu teria o evitado, você não tem o direito de me culpar por algo que eu não sabia. -Enquanto falo, sinto um aperto estranho no peito, e embora tente, eu sinto lágrimas escorrendo do meu rosto -Me desculpa , não quero discutir , nem brigar, se ele é seu, tudo bem.
[Madara] -Ei, não chore, ela não é min... -Eu mal dei tempo de ele terminar sua frase.
[Sn] -Então tudo que me disseram sobre você era verdade? Você só queria me usar? Sinceramente, eu esperava mais de você. -Falava enxugando as lágrimas e sentindo a raiva tomar conta de mim. -Eu devia saber que eu não passava de um passatempo para você.

A garota nos encarava incrédula, sem nem saber o que fazer ou falar, provavelmente ela esperava que eu brigasse com ela por conta dele mas, embora eu o amasse, eu nunca brigaria com outra garota, muito menos pelo amor de ninguém, já que para mim amor não tem que ser cobrado, exigido ou tomado, ele tem que ser livre e espontâneo.

Sem falar mais nenhuma palavra, começo a andar na direção em que viemos pela floresta.

[Madara] -Espera, para onde você vai? -Fala segurando meu pulso.
[Sn] -Para casa -Digo puxando meu pulso para que ele o solte, enquanto mantenho minha cabeça baixa.
[Madara] -Eu levo você
[Sn] -Não, eu sei o caminho, tenham uma boa noite.
[Madara] -Sn, espera.