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Capítulo quatro O beijo
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PEDRO Até que ela desvia o rosto e eu fico totalmente confuso
O que rolou aqui? A gente ia mesmo se beijar? Por que ela virou o rosto?
— Desculpe-me! — Foi a única coisa que consegui dizer enquanto ainda a encarava sem saber como agir.
— Está tudo bem, vou indo! — Ela me olha e me dá outro beijo na bochecha antes de partir.
Ela sai do carro e entra em sua casa. Eu fico parado na frente, tentando raciocinar sobre o que acabou de acontecer. Desde aquele dia no tribunal, onde ela estava incrivelmente bonita naquela roupa, tenho vontade de beijá-la. Sinto que se não o fizer, meu coração vai parar a qualquer momento. Minha boca está formigando de desejo e minhas mãos estão suadas.
Eu desço do carro e subo os pequenos degraus até a porta, batendo suavemente.
— Pedro? Pensei que já tivesse ido embora. — Ela me olha surpresa, com um toque de dúvida no olhar.
— Me desculpe, Mel, mas eu preciso fazer isso! — Ainda com um ar de incerteza, ela me observa enquanto eu a empurro levemente para dentro, fazendo-a entrar novamente em casa.
Fechei a porta atrás de mim e segurei sua cintura com uma mão, enquanto a outra se deslizava até seu pescoço.
Nossos lábios se encontraram num beijo
Foi calmo, mas ao mesmo tempo rápido e apaixonado. Senti o doce sabor de menta ardente em sua língua. Beijei-a como se fosse o último beijo da minha vida, como se aquele momento fosse definir todo o curso dos nossos destinos. Não compreendia completamente por que agi assim, mas o turbilhão de sensações em meu estômago era irresistível. Queria prolongar aquele instante para sempre, mas a necessidade de ar nos separou, deixando-me ansiando por mais.
Minha boca na dela foi perfeito Seus lábios carnudos nos meus Minhas mãos em sua cintura Suas mãos em meu pescoço e cabelo Foi... A perfeição!
