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Capítulo oitenta e oito Punição da traição
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MELISSA O caminho até o Morro foi calmo. Eu e Pedro jogamos conversa fora enquanto escutava-mos música e fazíamos brincadeiras um com o outro.
— Abre pra mim, cara — Pedro pede ao vapor que estava na guarda assim que chegamos no Morro. Como o vapor já o conhecia, ele abriu o portão rapidamente e nos deu passagem.
— Vamos até o galpão de treinamento que fica ao lado da boca, o Victor deve estar lá junto com os outros iniciantes! — ele fala e eu apenas assinto concordando
Quando chegamos na boca vejo alguns vapores na tenda que fica em frente a ela, alguns estavam de guarda e outros apenas estavam em seus horários de descanso e estavam ali jogando conversa fora
Saímos do carro assim que Pedro estaciona e seguimos até onde os outros estavam.
— Eai caretas, alguma novidade? — Pedro pergunta aos vapores que prestam 100% de sua atenção nele
— Nada demais. Teve briga entre o Pedrinho e a mulher dele. Cara, você acredita que ele traia ela com a Bruna? E pelo que parece depois da morte dela ele tava pegando a cunhada dele, irmã da mulher dele, ou melhor dizendo, ex mulher — um dos vapores que jogava baralho junto dos outros fala, fazendo Pedro dar um sorrisinho como se já soubesse de algo
E pensando agora eu também já sabia. Lembro vagamente da Júlia falando e mostrando fotos da Bruna com um tal de Pedrinho. Ela estava conversando algo com Pedro a algum tempo, provavelmente era isso. Foram eles!
— Caraca, a cunhada? Isso já é demais! Não se faz uma coisa dessas. Vocês sabem as regras que temos aqui: se um homem ou mulher dos nossos trair o companheiro ou a companheira, tem que pagar com a vida!
A fala de Pedro me faz estremecer. Nunca tinha ouvido falar disso por aqui e nem em outro lugar, mas acho isso muito bom! Essa regra é essencial. Nunca, em hipótese alguma, deve haver uma traição em um relacionamento. Se não quer mais, é só largar!
