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Capítulo cinquenta e dois História do Bruno
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MELISSA Chegamos à porta da sala onde os dois estavam e nos olhamos apreensivos. Acho que ambos temos poucas expectativas sobre isso, talvez as coisas não saiam tão facilmente quanto queremos. Mas espero que eles colaborem, porque realmente não quero ter que torturar ou matar mais ninguém. Espero que não me irritem, ou serei obrigada a fazer o que temo fazer novamente.
— Você primeiro! — Pedro diz, abrindo a porta e me dando passagem. Da porta, consigo ver Bruna sentada em uma cadeira, amarrada, totalmente pálida por não estarem alimentando-os direito, nem dando água.
— Melissa... — ouço Bruno falar meu nome baixinho de onde estava sentado, mais à esquerda da sala.
— Vamos direto ao ponto! Quero que me falem o porquê disso tudo, Bruno, por que diabos essa obsessão toda com a Melissa? E você, Bruna? Por que tenho certeza de que não é por amor da parte de nenhum dos dois! — Pedro diz, se encaminhando para o meio dos dois.
— É muito mais complicado do que vocês imaginam, e não vamos falar. Não seríamos burros de fazer isso! — Bruna fala com aquela voz irritante que me faz querer enfiar uma faca na sua garganta.
— Vocês vão sim! Seriam burros se não o fizessem, até porque temos meios de fazer vocês falarem! — digo, indicando levemente com a cabeça a mesa cheia de instrumentos que podem e serão utilizados para tortura-los.
— Podem nos torturar à vontade, não vai adiantar muita coisa! — Pedro se encaminha até a mesa e pega quatro facas.
— Acho melhor começarmos logo então... — O homem está com um olhar ameaçador sobre os dois e o direciona para mim. Eu devolvo o olhar e pego duas das facas que ele me oferece.
— Qual é a relação de vocês? Como se conhecem? — Pergunto e vejo os dois se olhando, sorrindo.
— É uma história longa... — Bruna diz, e eu a encaro com uma sobrancelha erguida.
