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Capítulo oitenta e quatro Vergonha
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MELISSA Dor. É tudo que eu sinto agora. Minha cabeça dói, minhas costas, meus pés, tudo dói. É como se eu tivesse levado uma porrada.
— Puta merda — tropeço ao sair da cama e percebo que estou sem roupa
Quando olho para a cama vejo Pedro dormindo, o lençol cobre somente a parte de seu quadril até a metade de suas cochas, deixando suas canelas e peitoral, que estava nu, a mostra.
Ontem voltamos do morro tarde, eram mais de 04:00 da manhã. Aproximadamente 01:00 da manhã levamos as crianças para o quarto que era a prova de som porque eles estavam dormindo nas cadeiras onde estávamos.
Só me lembro de pegar Bia no colo e ver Pedro carregando Judith para o carro, depois disso só lembro de chegarmos em casa, levar as crianças para o quarto e de começar a tomar banho com Pedro, depois disso não sei mais o que rolou. E sobre a festa ontem, também não lembro de praticamente nada. Só espero que não tenha feito nenhuma merda.
— Ai, caralho — ainda de pé, ouço a voz de Pedro xingando enquanto acorda.
— Está dolorido também? — pergunto a ele e o mesmo vira seu rosto para me encarar. Vejo um leve sorriso aparecer em seu rosto e só então lembro que estou nua.
Sinto o sangue subir e minhas bochechas arderem. Corro para o banheiro e fecho a porta me escorando na madeira. Ouço passos vindo em direção ao banheiro e abro o box.
Ligo o chuveiro no frio e a água escorre pelos meus cabelos, descendo pelo meu corpo e indo para o ralo. Mas ainda sinto minhas bochechas ardendo. Provavelmente estou parecendo um pimentão agora.
A porta do banheiro é aberta e não me atrevo a virar para ela. Pedro provavelmente percebeu que fiquei constrangida com a situação e vai caçoar de minha cara.
— Ficou com vergonha? Qual é, já vi você sem roupa tantas vezes que já sei até onde você tem pintinhas. Por exemplo, você tem uma na sua nádega esquerda — suas mãos estão ao redor de minha cintura e ele sussurra tudo baixinho em meu ouvido.
