Capítulo 29

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- Desculpa a demora, Juliana. - Valentina sussurrou ao deitar-se na cama ao lado de Juliana. Já havia tomado seu banho e estava exausta. Ao chegar do trabalho se deparou com Juliana dormindo serenamente e entendeu absolutamente, afinal chegara quase uma hora da manhã em casa. Aplicou um beijo no rosto de sua esposa e se reclinou na cama.
 
- Desculpo. - A voz baixinha de Juliana assustou Valentina, que achava que Juliana estava dormindo.
 
- Desculpa ter te acordado. - Valentina pediu, surpresa.
 
- Não dormi nem meia hora e que bom que acordei, preciso passar sua pomada. - Disse com a voz ligeiramente rouca.
 
- Não precisa, está cansada e eu também. Amanhã eu faço isso. - Disse em tom cansado.
 
- Não, senhora! Quero que essas marcas saiam logo. - Impôs, se levantando desajeitosamente e pegando o tubo já conhecido por ambas. - Seu ombro está melhor? 
 
- Já não dói quase nada. Foi só de raspão, vai cicatrizar rápido. - Disse enquanto desatava o laço de seu robe preto, abrindo o mesmo e o retirando de seu corpo.
 
- Se já sabe o procedimento... - Juliana começou, fitando paralisada o abdômen e os seios completamente expostos de Valentina. - Por que não se vira de uma vez?
 
- Vou ter que virar depois de frente de qualquer jeito... - Valentina disse sorrindo cinicamente. - Por que já não começa na frente hoje? - Juliana suspirou e assentiu, engolindo em seco ao ver a minúscula calcinha de renda preta que Valentina usava.
 
Sentou-se na beira da cama e levou a pomada gelada aos seus dedos, começando a fazer os movimentos circulares nos hematomas de Valentina, hoje menos arroxeados que no dia anterior.
 
- Estão muito melhores hoje. - Juliana disse analisando as marcas no corpo da garota e Valentina assentiu.
 
- Já não doem também. - Alegou.
 
- Isso é bom. - Respondeu contente pelo resultado da pomada estar surtindo efeito.. - Por que chegou tão tarde? - Não era ciúmes ou cobrança em sua voz e sim curiosidade.
 
- Quiseram mudar nossa estratégia diante à guerra e aceitei. Tivemos que refazer todo o plano de cada compartimento. Infantaria, cavalaria, artilharia...
 
- Nossa, parece cansativo. - Falou sorrindo ligeiramente. - Senti sua falta quando fui treinar na corda hoje.
 
- Treinou hoje? - Valentina perguntou surpresa.
 
- Sim. Depois de ter ajudado Angelique na cozinha. Ah! Espero que não se importe de que eu tenha montado em um de seus cavalos hoje.
 
- Nossos cavalos. - Corrigiu, levando uma mão à sua boca, bocejando logo em seguida.
 
- Certo. - Juliana disse. Se sentia intimidada com o olhar de Valentina fixo nela. Duvidava que algum dia se acostumaria com isso. - Por que me olha assim?
 
- Assim como? - Valentina perguntou arqueando uma sobrancelha.
 
- Como se só existisse eu no mundo. - Falou ruborizando.
 
- Você é linda demais para eu desperdiçar a vista e, bem, tecnicamente no meu mundo só existe você.
 
- Não seja tola! - Censurou envergonhada. - Existe Eva, Tessa...Nayeli. - Disse mordendo a parte interna de sua bochecha para não parecer enciumada. 

- Oh, sim. Principalmente Nayeli. - Valentina recebeu um olhar tão, mas tão mortal que se arrependeu instantaneamente pela brincadeira que fez. - Estou brincando, Juliana.
 
- Hm. - Falou olhando apenas para o lugar onde aplicava a pomada. - Quer saber,
Valentina Carvajal? Aplica essa merda sozinha. Eu estou com sono. - Disse tentando se levantar, mas a mão de Valentina segurou seu pulso.
 
- Não sabia que eu tinha uma esposa tão ciumenta. - Valentina disse sorrindo.
 
- Não sou ciumenta, mas nem por isso sou obrigada a ter que ficar ouvindo esse tipo de brincadeira sem graça sobre você e outra mulher dentro do nosso quarto e pior, em cima da nossa cama. - Falou séria, mas, ao contrário do que esperou, Valentina sorriu. - Do que está rindo, idiota?
 
- Você disse "nossa". - Falou e Juliana corou.
 
- Quis dizer "sua".
 
- Não, não quis. - Disse ainda sorrindo. - E nem deveria, porque é realmente nosso quarto, nossa cama e nosso casamento, o qual envolve só eu e você, mais ninguém. - Completou sorrindo tímida e Juliana entortou a boca, voltando a pegar o tubo de pomada, colocando mais um pouco em seu dedo e fazendo cara emburrada. Tocou-lhe a pele novamente, voltando a passar a pomada.
 
- Só estou fazendo isso porque quero meu lugar garantido no céu. - Disse séria e Valentina gargalhou.
 
- Definitivamente você é meu anjo. - Falou se inclinando e dando um beijo demorado no rosto de sua esposa. Juliana suspirou com o simples toque e lhe olhou rendida.
 
- Você é uma idiota. - Falou se inclinando e selando os lábios de Valentina.
 
- Eu sei. - A maior murmurou entre o beijo.
 
- Muito, muito idiota. - Enfatizou entre um selinho e outro.
 
- Sou completamente idiota. - Valentina disse baixo, enquanto sentia as mãos de Juliana percorrerem sua pele até suas costas em uma carícia tentadora. Sentiu a língua de Juliana pedindo passagem e cedeu sem pensar duas vezes. O corpo da mais nova se inclinou sobre o de sua esposa, fazendo  encostar suas costas no colchão.
 
Ter Juliana lhe beijando totalmente entregue era algo que Valentina jamais imaginou um dia ter e a sensação era inexplicável. Não negava se derreter por Juliana, não se dava ao trabalho, já que qualquer um que a visse olhando para sua esposa saberia o quanto a queria.
 
Juliana deslizou os dedos pelos braços de sua esposa, desde o ombro até o pulso, enfiando a mão entre seu pulso e sua cintura assim que chegou no final do trajeto. Acariciou a silhueta desnuda de sua esposa e sentiu Valentina se arrepiando em baixo de si. Jamais cogitou o fato do beijo de Valentina ser tão delicioso daquele jeito, se soubesse, provavelmente teria experimentado o sabor daqueles lábios antes.
 
Sentiu seu peito se comprimir e seu coração acelerar ao ouvir Valentina arfar em sua boca quando ela deslizou seus dedos pelo abdômen descoberto da mais velha. A pele lisinha e macia fez Juliana morder o lábio inferior de Valentina com mais força do que o normal, sem deixar que sangrasse, todavia.
 
Valentina puxou Juliana mais para cima de si, fazendo-a ficar com uma perna para cada lado de seu corpo e passeou seus dedos pelas curvas do corpo de Juliana sem pressa. Desejara fazer isso tantas vezes, porém, jamais cogitou a ideia de que um dia suas mãos realmente deslizariam por aquela pele leitosa e suave. A mais nova sentiu seu próprio centro encharcar quando Valentina se permitiu deslizar as mãos até chegar em sua bunda e, ousadamente, adentrou as mãos por dentro da camisola, envolvendo a carne com seus dedos e apertando com vontade, fazendo Juliana gemer baixinho. Os dedos de Valentina brincavam na região e, se descesse mais um pouco, tocariam a intimidade de Juliana. Apenas o pensamento disso fez Juliana enlouquecer.
 
A menor não resistiu e começou a traçar lentos beijos de seu maxilar até seu pescoço. O aroma natural que Valentina exalava sempre deixava Juliana alterada, como se o perfume da pele de Valentina a embriagasse e, bem, de certa forma o fazia. Aspirou o local profundamente antes de aplicar um torturante beijo em seu ponto de pulso.
 
- Você é tão cheirosa. - Juliana sussurrou quase arfando, enquanto mudava a direção e mordiscava o lóbulo da orelha da mais velha. 
 
- Mérito da pomada. – Valentina disse de olhos fechados, quase imersa em suas próprias sensações. Nenhuma das duas sabia o que estava fazendo; deixavam-se levar apenas pelos sentimentos e pelas sensações.
 
Juliana riu baixinho ao ouvir aquilo. Sabia que era mentira, já havia inalado o cheiro da pele de Valentina antes e sabia que a mulher era muito cheirosa mesmo sem pomada. Depositou um beijo na clavícula de Valentina, deixando seus olhos caírem para os seios descobertos da garota. Não resistiu em subir suas mãos vagarosamente pelo abdômen de Valentina e segurar um de seus seios  entumescidos delicadamente. Valentina arqueou-se com o toque alucinante.
 
- Sabe... - Juliana disse sorrindo sedutora. - Hoje não está frio. - Ela disse olhando para os bicos rijos dos seios de Valentina, fazendo a outra corar.
 
- Talvez seja por causa da pomad... Ah! - Gemeu baixinho sem resistir, de forma arrastada, ao sentir a língua de Juliana tocar um de seus seios, enquanto com a outra mão massageava o outro outro.
 
Juliana estava um pouco insegura por seus atos, afinal nunca tinha feito nada daquilo e achava que Valentina provavelmente sim, mas seus instintos falavam mais alto e não resistiu em experimentar o sabor deles em sua boca.
 
Valentina enfiou seus dedos entre os cabelos de Juliana, forçando a mais nova a não sair dali. A menor mordiscou levemente o bico do seio da esposa, antes de deslizar a língua em círculos. Valentina gemeu baixinho com a deliciosa sensação e não aguentou, precisou cruzar as pernas com força para aliviar a sensação ao sentir sua intimidade se contrair no ar. Sentia seu sexo latejar e não podia evitar.
 
Levou suas mãos até a bunda de Juliana de novo e apertou com vontade, deslizando seus dedos até a bainha da camisola da garota, subindo-a vagarosamente. Conforme o corpo de sua esposa era revelado, sentia-se incendiar cada vez mais. A pele era perfeitamente lisa, como se fosse cuidada por profissionais todos os dias. Engoliu em seco ao notar a calcinha rendada branca que Juliana usava. A mulher era dona das mais belas curvas e Valentina não poderia se sentir mais sortuda. Mordeu seu próprio lábio ao sentir Juliana pressionar sua intimidade contra a dela, rebolando lentamente em busca de alívio. Apesar dos panos finos de suas calcinhas, o prazer era imenso e quando Valentina terminou de retirar toda a camisola de Juliana e pela primeira vez viu os seios de sua esposa, seus olhos cintilaram volúpia. Os seios, médios, porém perfeitamente desenhados, estavam rígidos, deixando Valentina saber o quanto Juliana também estava excitada.
 
Juliana a encarou com os olhos cheios de desejo e se inclinou, tomando seus lábios em um beijo lento e molhado. Os seios de ambas se roçaram assim que Juliana se curvou, fazendo-a apertar os dedos na colcha, tamanho era sua excitação. Sugou o lábio de Valentina quando o ar começou a lhe faltar e voltou a se sentar sobre Valentina, separando suas bocas, quando já não aguentava mais sua intimidade latejar, era quase como se doesse. Precisava de alívio urgente antes que começasse a choramingar de desespero. 
 
Juliana sorriu de uma forma sublime para Valentina, antes de apoiar suas mãos na barriga de sua esposa e pender sua cabeça para trás, rebolando vagarosamente outra vez.
 
- Senhora? Senhora? - O grito desesperado de Camilo fez ambas bufarem irritadas. Valentina puxou Juliana para um beijo, tentando ignorar as batidas na porta e Juliana agradeceu mentalmente por isso. - Por favor... - O soluço que escapara por entre os lábios do homem fez ambas pararem o beijo na hora e se vestirem às pressas.
 
- O que houve, Camilo? – Valentina perguntou preocupada assim que atenderam a porta.
 
- É a Angelique... - Ele disse limpando algumas lágrimas. - Desculpe atrapalhar as senhoras.
 
- Não tem problema. O que houve com ela? - Havia um certo desespero em sua voz.
 
- Teve uma forte dor no peito e desmaiou. O médico está examinando e achei que gostariam de saber.
 
- Tranquilize-se, Camilo. - Juliana disse apertando o ombro do homem. - E obrigada por avisar.
 

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Estou vivo. :) hahahaha

Over The Rainbow (Juliantina)Onde histórias criam vida. Descubra agora