Capítulo 52

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Enquanto caminhavam em direção à Nayeli, que estava na cozinha, conversando alguma coisa aleatória com Lúcia e praticamente tendo ignorado o pedido de Valentina de dar o fora da casa, Juliana pensava em tudo que havia vivido até ali. Havia sofrido para aceitar um lindo destino. Destino este que tinha olhos tão lindos e um sorriso mágico; destino esse que tinha um enorme coração e um toque tão suave que era como se algodão lhe tocasse a pele.

A mais nova até tentou, mas não conseguiu identificar o exato momento onde se apaixonou por Valentina. Um dia simplesmente tinha certeza; nada de melhor poderia ter lhe acontecido.

- Onde está neste exato momento, minha senhora Valdés-Carvajal? - Valentina perguntou apertando suavemente a mão de Juliana, parando na porta da cozinha.

- Em algum lugar entre o brilho dos seus olhos e o gosto do seu beijo. - Juliana murmurou e Valentina mordeu seu lábio inferior.

- Obrigada por ter me deixado entrar em seu coração. - Sussurrou, colocando uma mecha de cabelo de Juliana atrás de sua orelha.

- O mérito é todo seu. Eu jamais deixei. - Falou rindo. - Você simplesmente entrou; se alojou aqui... - Falou segurando a mão de Valentina e a colocou sobre seu coração. Valentina se aproximou, sentindo os doces lábios de Juliana esbarrarem nos seus em um suave selinho. - Hora de expulsar a bruxa. - Disse sorrindo com os olhos.

- Certo. - Valentina disse, adentrando a cozinha. - Oh meu Deus, Juliana, como pôde me trair? - Perguntou querendo rir, vendo Nayeli sorrir com a cena.

- Valentina, eu juro que próxima noite te deixo dormir do seu lado da cama. - Falou rindo, vendo de soslaio Nayeli franzir o cenho. 

- Então tudo bem... Está perdoada. - Valentina disse, dando um selinho em Juliana enquanto sorria.

- Você perdoou a traição dela? - Nayeli perguntou incrédula, enquanto Lúcia apenas se retirou ao notar que o clima pesaria.

- Sim.

- Valentina, ela transou com outro, na biblioteca. Como pode perdoar isso?

- Perdoando, oras. - Nayeli trancou o maxilar e inflou as narinas.

- Ótimo. Então continue beijando a boca dela após ela ter chupado a rola do ex-namorado.

- Como sabe o que ela fez, Nayeli? E como sabe que foi na biblioteca? - Valentina perguntou, vendo Nayeli empalidecer.

- Ele me disse. - Mentiu, vendo Juliana rir baixinho.

- Pelo menos gostou? - Juliana perguntou. - Porque todo esse trabalho deve ter que ter valido para algo, não acha?

- Do que está falando?

- Não precisa bancar a desentendida. Já sabemos o que fez. - Juliana disse. - Desceu muito baixo dessa vez, Nayeli. Eu realmente queria ser sua amiga; queria erguer a bandeira da paz; mas se é guerra que você queria deveria ter se lembrado que a minha esposa é a comandante.

- Valentina, eu não sei do que ela está falando. - Valentina suspirou ao ouvir isso.

- Eu vi o bilhete. - Valentina assumiu, vendo o exato momento onde Nayeli fechou os olhos ao perceber a estupidez de deixar sua letra conhecível.

- Eu só queria ter a chance de você me notar. - Nayeli disse, começando um choro alto.

- Se esse fosse o caso... Não acha que transando com outra pessoa faria eu te notar menos?

- O que você...

- Sabemos que transou com ele. Lucho confessou. - Valentina disse. - Olha Nayeli, essa parte não me interessa, tudo bem? Com quem você decidiu ter relações e afins. A parte que me interessa é...

Over The Rainbow (Juliantina)Onde histórias criam vida. Descubra agora