Capítulo 50

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- Juliana... - Valentina murmurou sentindo Juliana caminhar entre os beijos, fazendo Valentina chegar na cama. Não conseguia ter controle sobre si quando Juliana lhe beijava daquele jeito e lhe fazia esquecer até o próprio nome. - Você precisa parar de me beijar agora... - Ela disse com a voz vacilando, entre o beijo, assim que Juliana a fez sentar no colchão e depois a guiou para um lugar mais confortável na cama.

- Não preciso não. - Sussurrou na boca de Valentina, mordendo o lábio inferior de Valentina.

- Podemos... - Valentina começou, dando um último selinho em Juliana e rindo. - Podemos conversar?

- Sobre? - Juliana perguntou deslizando a extremidade do nariz sobre a pele do rosto de Valentina, fazendo a mais velha suspirar e fechar os olhos para apreciar a carícia.

- Bem, você sente que precisa de algo a mais na relação?

- Algo tipo... - Valentina corou e mordeu seu lábio inferior.

- Ontem, hm, você teve...

- Oh, meu Deus, Valentina. Não precisamos de um pênis, tudo bem? - Juliana disse assim que percebeu ao que sua esposa se referia.

- É que... Você nunca tinha... - Juliana riu diante da timidez súbita de sua esposa e suspirou.

- Você me levou ao limite. Me impediu de gozar quatro vezes e sim, eu contei. Tem noção do quão doloroso fica conforme você segura? - Valentina riu e entortou a boca.

- Desculpe. - Juliana se inclinou e deu um selinho em Valentina.

- Não foi porque tinha um pênis, vida. - Juliana esclareceu. - Foi porque era com você; eram os seus toques, seus gemidos, sua respiração contra a minha pele, a sua mão me tocando e bem, você me provocou demais.

- Então não precisamos usar sempre? - Juliana riu e negou com a cabeça.

- Por mim eu nem usaria mais. Achei bastante incômodo e não temos tato.

- Ontem você não pareceu achar incômodo. - Valentina disse rindo, fazendo Juliana franzir os olhos.

- Ontem eu estava excitada e você me chupou... - Juliana disse roçando seus lábios nos de Valentina, usando seu tom de voz que era capaz de enlouquecer a mais velha. - Bem gostoso, antes de usar ele. E depois... - Juliana disse mordiscando a boca de sua esposa. - Me masturbou deliciosamente enquanto o usava. - Valentina prendeu a respiração conforme as palavras saíam da boca de sua mulher.

- Nós costumávamos ser mais fofas. - Valentina disse rindo, mas sentindo um súbito calor ao mesmo tempo após o que Juliana havia dito. Desde o começo Juliana sempre fora assim, desprovida de vergonha quando se tratava do que viviam no íntimo de quatro paredes.

- Nós costumávamos não transar. - Juliana disse rindo, deslizando a vértice de seu nariz sobre a pele desnuda do pescoço de Valentina, fazendo a maior sentir arrepios por toda a espinha.

- Juliana... - Sua voz foi abafada pelos lábios da mais nova sobre os seus, enquanto sentia Juliana se debruçar sobre ela. - Juliana ... - Tentou de novo, sentindo Juliana adentrar sua camisa com uma de suas mãos. A língua da menor massageava a sua própria e a cada segundo ficava mais difícil sair dali. - Espera! - Valentina disse de supetão, interrompendo beijo. - Como a Nayeli sabia que você supostamente tinha me traído?

- A Nayeli me atrapalha até quando não está. - Juliana sussurrou, sentindo-se levemente excitada. - Porque claramente foi ela que fez essa palhaçada toda. - Juliana disse.

- Não temos provas, não vamos julgar ainda.

- Ah, qual é, Valentina? - Juliana disse indignada. - Ela mentiu dizendo que você me chamou lá em cima e depois aparece seminua se oferecendo, sabendo de coisas que não deveria saber e quando perguntei para ela se havia sido ela, bem, ela piscou para mim. Quer algo mais óbvio? Pois bem, ela é apaixonada por você, aliás, obcecada, porque paixão não costuma ser doida desse jeito.

- Ela disse que eu te chamei? - Juliana assentiu e Valentina franziu os olhos, ameaçando levantar da cama.

- Espera... - Juliana disse, abraçando Valentina para que ela não saísse dali. - Obrigada por acreditar em mim. - Murmurou sentindo o coração satisfeito.

- Sinto vergonha por ter duvidado. - Alegou. - Me perdoa?

- Bem, eu já duvidei de você e olha que eu nem estava bêbada, então digamos que descobri a dor de não ser levada a sério. - Juliana proferiu.

- Eu só... fiquei cega de raiva. Imaginar você transando com... - Valentina trincou o maxilar, mas relaxou ou sentir Juliana lhe beijar o rosto.

- Já passou. - Juliana sussurrou, tratando de amansar sua esposa. - Ninguém além de você me tocou, Valentina. - Reafirmou, segurando a mão de Valentina e dando beijinhos pela mesma. - Sou só sua de corpo e alma. - Valentina sorriu ao ouvir aquilo.

- Bem, então que sorte a minha. - Respondeu em meio à um riso genuíno.

- Que sorte a nossa. - Juliana sussurrou beijando o rosto de Valentina novamente. - Será que podemos ficar aqui e namorar mais um pouquinho? - Pediu colocando um biquinho em sua expressão, fazendo Valentina rir.

- Só um pouquinho, "tá" bom? - Juliana assentiu, roçando seus lábios nos de Valentina. Sentiu a maior se inclinar e voltaram a se beijar. Juliana, sem perder tempo voltou a introduzir sua mão por dentro da camisa de Valentina, arfando em sua boca ao sentir a pele macia sob seu toque. - Juliana, você anda muito tarada. - Valentina assumiu rindo entre o beijo.

- Eu nunca disse o contrário. - Confessou rindo, sentindo Valentina retirar sua mão de dentro de sua blusa. Bufou com o fato. - Qual o problema em querer te tocar? Você é a minha esposa. - Juliana disse distribuindo beijos pelo pescoço da maior. - Linda e gostosa... - Mais beijos. - E acabamos de descobrir o lado sexual da vida. É normal parecer um coelho. - Disse rindo, fazendo Valentina rir junto.

- Você teve orgasmos múltiplos ontem. - Valentina disse.

- Exato. Ontem. - Disse como se fosse óbvio. - Hoje pretendo gozar de novo. - Falou mordiscando o lóbulo da orelha da mais velha. - Além do mais estamos sob muito estresse, precisamos aliviar nossas tensões. - Valentina tornou a gargalhar com a voz de criança que Juliana usara, lhe dando um beijinho rápido.

- Primeiro precisamos resolver isso, depois, se quiser, poderemos ficar uma semana seguida trancadas no quarto fazendo amor, parando só para dormir e comer, porque no banho provavelmente vai ter sexo também.

- Sabe que eu vou querer, não sabe? - Valentina voltou a rir, acariciando o rosto da mais nova.

- Eu sei. Por que acha que propus isso? - Juliana mordeu seu lábio inferior e lhe olhou sapeca.

- Nem uma rapidinha então? - Valentina franziu os olhos segurando o riso. - Só por via das dúvidas pergunto.

- Não. - Juliana bufou e assentiu resignada.

- Tudo bem, mas então o que eu faço com a minha calcinha molhada? - Perguntou arqueando uma sobrancelha.

- Troca. Agora licença, preciso ir fazer uma visitinha para seu ex namoradinho. - Falou se levantando. - Fiquei sabendo que ele ainda está por aqui.

- Não acredito que está me recusando. - Juliana disse fingindo estar magoada, mas logo se levantou e assumiu a postura séria, livre de brincadeiras. - Vou com você, amor.

- Tem certeza? - Valentina perguntou.

- Quem não deve não teme e por isso, sim, tenho certeza. - Juliana disse solenemente.

- Mas já aviso... Se ele seguir com a mentira eu não serei tão boazinha. - Valentina disse, se lembrando de todas as vezes que Juliana temia por Lucho.

- Bem, se ele seguir com a mentira, tampouco serei.

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Heeeeey!!!

Over The Rainbow (Juliantina)Onde histórias criam vida. Descubra agora