Capítulo 18

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Eva jogava a bola para Valentina, quem a agarrou com êxito e se esquivou de Renata para acertar a bola na cesta, gerando assim a vitória.

- Não vale, sou muito baixa para esse jogo. - Tessa protestou, irritada.

- Admita, Tessa, perdemos de novo porque somos ruins. - Renata falou rindo, enquanto Eva e Valentina faziam uma estúpida dancinha em comemoração.

Já haviam almoçado e foram desfrutar da linda tarde após uma hora de descanso para a digestão. Juliana se encontrava no momento com os braços cruzados, enquanto assistia Nayeli correr para os braços de Valentina e a abraçar. Ela não cansava?

- Oferecida! - Resmungou baixinho, mas foi a risada escandalosa de Mariana que a fez se lembrar que não estava sozinha.

- Não acredito, Juliana! - Ela disse rindo. Estavam sentadas na arquibancada do campo que havia dentro do forte da cidade.

- Eu também não. Não cansa de passar vergonha. - Falou, vendo Valentina, educadamente, se esquivar dos braços compridos da cacheada.

- Eu me referia a você morta de ciúmes. - Juliana arqueou uma sobrancelha e se virou bruscamente para sua amiga.

- Não é ciúmes!

- Ah não? Então o que seria? - Perguntou. Juliana havia contado para a amiga que não se casara com Valentina por amor, que sua mãe lhe havia obrigado, omitindo a parte onde tudo acabou sendo mais fácil devido às mentiras de Lucho. Contou também que não haviam consumado o casamento, que não eram mais do que amigas.

- Ela deveria ser menos idiota. Valentina é casada, ora! - Falou, vendo Nayeli segurar na mão de sua esposa. - Casada comigo. O que pensariam de mim se Nayeli começasse a agir assim sempre?

- Oh, então é por sua imagem. Não quer aparentar que está sendo traída. - Constatou.

- Até porque não estou.

- Até porque nem contaria como traição, já que você não se interessa por ela, certo? Não te incomodaria se Valentina aparecesse aos beijos com outra pessoa, não é? - Juliana entortou a boca e tentou imaginar Valentina beijando alguém.

- Não acho que eu gostaria de ver isso. - Confessou.

- Já pensou na possibilidade...

- Não. Ainda penso em Lucho às vezes. - Disse rápida.

- Eu não sei o que houve entre vocês dois... - Mariana começou, cautelosa. - Mas eu não acho que você o ame ou amava, sei lá.

- Perdão? - Juliana perguntou incrédula.

- Digo no sentido de amor mesmo. Não quis dizer que não tenha se sentido atraída ou encantada.

- Eu realmente não quero falar de Lucho. - Falou. Seus olhos se perderam na imagem de Valentina sorrindo genuinamente para Eva. Conversavam de algo entretidas e Valentina tinha alguns fios de cabelos colados no rosto. Com a mão direita retirou os fios dos cabelos de seu rosto e se abanou em busca de tentar se refrescar. Suas bochechas estavam levemente coradas por causa que estava correndo um minuto atrás e havia uma pequena marca de suor em sua camisa, na parte de trás.

Sentiu-se quase desfalecer quando Valentina procurou por alguns segundos os seus olhos, até que por fim os encontrou, fazendo seu sorriso se abrir. Juliana, inconscientemente, mordeu seu lábio inferior ao ver Valentina piscar em sua direção, antes de voltar a falar animadamente com as meninas.

- Você, quieta! - Ordenou ao ver o sorrisinho de Mariana. - Não é porque não a amo que eu seja cega, tudo bem?

- Eu concordo. - Mariana Falou se apoiando em suas mãos, que estavam um pouco para trás de seu corpo. - Ela é linda pra caramba.

- Deveria ver quando ela acorda. Parece de outro mundo. - Juliana disse quase em um suspiro.

- Quem me dera casar com alguém com aquela beleza. Já estaria nos braços da pessoa há tempos.

- Não fale bobagens! - Falou vendo Valentina caminhar na direção delas enquanto as outras permaneciam em seu debate. - Ela está vindo. Não ouse...

- Valentina! - Mariana gritou animada. - Juliana estava aqui me contando o quão linda você fica quando acorda. - Juliana arregalou os olhos e enrubesceu violentamente. Só queria enfiar sua cabeça em algum buraco para não precisar olhar para Valentina após aquele infeliz comentário.

- É porque ela não se vê quando acorda. - A moça disse sorrindo gentil. Juliana congelou ao ver Valentina se inclinar em sua direção, mas para seu alívio - ou não - Valentina apenas pegou quatro garrafinhas de água que estavam na bolsa ao lado dela. "A bolsa, claro." Pensou Juliana. - Mais alguém quer água? - Perguntou para ambas e elas negaram.

Ter Valentina de longe, suada e piscando para Juliana poderia ser tentador, mas ter Valentina em pé em sua frente com o short jeans coladinho e a camisa preta grudada em seu corpo, exibindo as maravilhosas curvas devido ao suor era sufocante.

- Juliana, está bem? - Valentina perguntou vendo a garota quase pálida em sua frente. Deixou as três garrafas sobre a arquibancada ao lado de Juliana e a quarta garrafa ela abriu. Ver Valentina girando a tampinha e pender a cabeça para trás enquanto bebia o líquido era quase um insulto para quem não podia tocar... Mas esse era o problema: Juliana podia.

Ela não sabia dizer se era o sol ardente que lhe tocava a pele que a deixou com calor ou a proximidade das coxas descobertas de Valentina de seu rosto.

- Eu... estou. - Disse e logo virou a cabeça na direção de Eva assim que a mesma gritou para Valentina. No momento em que Valentina a olhou, a menina fez uma dança sensual, porém rápida, riu e gritou: "Elas querem revanche."

Juliana entrou em uma espécie de frenesi no momento em que Valentina levou uma das mãos ao joelho e requebrou as cadeiras exatamente como Eva havia feito, com a diferença que Eva não havia quase rebolado a bunda dela na cara de Juliana e Juliana não tinha desejado que ela o fizesse, igual com Valentina.

A risada inocente de Valentina, enquanto erguia a mão para o alto e fazia um sinal de joia para que Eva entendesse que ela havia aceitado a revanche, fez Juliana perceber que tudo o que ela viu de sensual e sexy foi apenas uma dancinha idiota dela com Eva.

- Vou lá jogar, Juliana. - Falou rápido e se inclinou, pegando as garrafinhas para levar para suas amigas e selando rapidamente os lábios carnudos de sua esposa.

- É, Juli... - Mariana disse antes de deixar um suspiro longo se esvair de seus pulmões. - Você está perdida. - Juliana demorou uns segundos para processar o que sua amiga havia dito, mas quando entendeu assentiu, ainda com os olhos fixados no rebolar de Valentina enquanto se aproximava de Eva.

- Eu também acho, Mari. - Falou suspirando em resignação. - Eu também acho.

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Fiquei tão feliz com os comentários e o carinho de vocês que estou postando mais um.❤️

Estou super cogitando a ideia da maratona.

Vocês tem twitter? Qual o @ de vocês????

Over The Rainbow (Juliantina)Onde histórias criam vida. Descubra agora