Trinta e três

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Alana

Após alguns minutos caminhando, me aproximo da área arborizada. Ao longe consigo ver uma piscina enorme de água cristalina. O dia estava ensolarado mas o vento trazia nuvens escuras. Choveria forte mais tarde. Me sinto observada. Não sei se por causa das câmeras ou se Killian estava por perto. Mas a julgar pelo meu coração acelerado e o arrepio em minha pele acho que é a segunda opção. Ao chegar nas árvores paro de andar e olho ao redor. Penso em continuar andando mas então tenho a sensação de que estou sendo seguida. Me viro e fico estática ao perceber que meu companheiro já estava a poucos metros de mim. Era incrível a capacidade dele de andar sem fazer barulho nenhum. Ele franze as sobrancelhas e por um breve segundo me sinto mal. Fico com medo dele não me reconhecer, que fizeram experimentos com ele e ele nem saber mais quem eu sou. Ele não diz nada de imediato, apenas vem até mim.

— Alana... — ele diz meu nome e quase soa como uma pergunta.

— Killian... — devolvo com um sorriso fraco.

Meu companheiro me envolve em um abraço tão forte e desesperado que me ergue do chão. Eu não ligo. Estou feliz demais para me importar com um pouquinho de aperto. Minhas lágrimas molham sua blusa. Céus... Eu precisava urgentemente parar de chorar. Mas os últimos dias haviam sido muito tensos, eu precisaria de um tempo pra me recuperar.

— Não acredito que está aqui... — Killian me coloca no chão devagar e beija o topo da minha cabeça.

Enxugo o rosto rapidamente, não queria perder tempo chorando. Tínhamos apenas algumas gotas juntos então faria aquele precisoso pouco tempo durar o máximo possível.

— Eles decidiram não te contar que eu vinha, disseram que você estava estressado... — conto a verdade a ele. Quantas outras coisas será que não estão contando?

Sua expressão muda da água por vinho. Ele olha com raiva para a muralha que cerca o ambiente. Abruptamente Killian segura minha mão e me puxa com ele. Eu o sigo confusa por entre as árvores até chegar a uma casa. Estava gelado e escuro lá dentro. Ao menos alguma coisa sobre ele estava certa.

— O que foi? — pergunto enquanto o observo trancar a porta.

— Tem câmeras lá fora. Tirei todas daqui de dentro mas algumas estão muito alto no muro — ele continua sério.

Me aproximo e acaricio seu rosto.

— Tá tudo bem, estamos sozinhos agora — sorrio.

Killian olha pra mim e seu semblante parece mais calmo. A luz fraca que entrava pela janela me fez perceber que a parte clara dos seus olhos estavam levemente vermelhas.

— Você está... — começo baixinho mas sou interrompida quando ele segura em minhas pernas e me ergue as deixando uma de cada lado ao redor de sua cintura. Atrás de nós haviam bancadas e ele me coloca sentada ali. Só então percebo que estávamos em uma cozinha.

Killian inicia um beijo inesperado. Eu já estava sem fôlego mas isso não me impede de corresponder. Demora poucos segundos para que eu comece a sentir seu membro endurecer contra mim. Meu companheiro continua os beijos pelo meu pescoço. Suspiro baixinho ao sentir suas mãos apertando minhas coxas descobertas pelo vestido. Antes que eu mesma percebesse minhas mãos haviam descido de seu cabelo e deslizavam pelo seu dorso. Só ao chegar na barra da camisa eu tento ergue-la sem sucesso. Killian interrompe os beijos e ajuda a retira-la. A visão de seu abdômen era de tirar o fôlego, mas ele não me deixa apreciar a vista por muito tempo. Meu companheiro volta a colar seu corpo no meu e lentamente puxa as alças do meu vestido pra baixo. Ele deposita alguns beijinhos no meu ombro e fecho os olhos ao sentir o quanto aquilo era prazeroso.

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