1.4 | O jeito vai ser casar.

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Melissa Lombardi Moraes

— Você? — perguntei.

O que ele está fazendo aqui?

Merda, merda, merda!

Muita merda!

— Oi. — me cumprimentou, se levantando. — Por que estava sentada no chão? — perguntou fazendo um careta de dor.

Eu não disse nada.

Só encarava o mesmo com os olhos arregalados.

Ele não estava no méxico?

Como que ele brotou aqui do nada?

Maldição contra a minha pessoa?

Quem foi o infeliz que fez a macumba?

Eu não mereço isso não.

— Está tudo bem? — perguntou me encarando.

Não. Não está nada bem.

— O que está fazendo aqui? Não estava no méxico? — perguntei definitivamente apavorada.

— Cheguei hoje. — respondeu. — Como você sabe que eu estava no méxico?

— Sua mãe me disse. — confessei, ainda paralisada pelo choque.

Eu não consigo parar de encarar ele, o menino deve achar que sou doida.

— Ah sim. — riu fraco. — Por que estava sentada no meio da calçada? Tá passando mal?

— Eu... eu estava pegando a chave que tinha caído. — disse, finalmente saindo do meu transe e conseguido me mexer. — Você não olha para onde anda? Minha canela está doendo. — admiti, passando a mão na mesma.

— Sinto muito, mas com essa vista, olhar para o chão não parecia grande coisa. E como eu saberia que teria uma pessoa pegando uma chave no chão?

Ele está debochando de mim ou é impressão minha?

— Olha aqui...... — já estava pronta para insulta-lo quando a Priscila apareceu na minha frente.

Ela estava de costa para mim, na verdade.

— Oi Matheus, tudo bom? — se aproximou do mesmo e abraçou ele. — Quando tempo que não te vejo, está crescido, musculoso — disse passando as mãos em seus braços —, bem moreno.... Andou pegando sol?

Mas que merda ela estava fazendo?

— Ah, bom, acho que passei muito tempo no sol. — respondeu sem graça.

Ele ficou fofinho sem graça!

Não!

Ele ficou ridículo sem graça!

Melhor.

— Tá, agora responde a minha pergunta fazendo favor? — pedi.

— Qual delas?

— A primeira.

— Bom, eu só fui buscar a minha irmã, não pretendia morar lá para sempre.

— Bem que poderia.... — sussurrei baixinho.

— O que? — me olhou confuso.

— Nada, ela ainda está meio tonta depois desse vexame, afinal, você não deve ser muito leve. — arregalhei os olhos.

Ela estava chamando o menino de gordo na frente dele?

— Não que você seja gordo, mas a Melissa é fraca e receber esse tanto de peso e músculos malhados em cima dela não é muito confortável. Você deu uma cambalhota em cima dela. — ri de desespero.

Alguém cala a merda da boca da Priscilla por favor?

— Fica quieta Priscila. — sussurrei, olhando para os três que em olhavam nervosos e o Matheus que, me olhava com um sorriso no rosto.

Eu menino realmente gosta de mim ou ele só é simpático?

Prefiro pensar que ele só é simpático mesmo.

— Ele sabe? — perguntei para a irmã do Matheus, Mariana.

Ela estava com o marido e a irmã mais nova, Eduarda, a que eu pensava está no méxico também.

Me arrependi de ter perguntado isso porque pela cara de assustada que a Mariana vez e a cara de perdido do Matheus, já tinha a resposta.

— Sei do que? — perguntou, transparecendo curiosidade.

— Então..... — ela se interrompeu.

— Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo? Eu não estou entendendo nada. — ele desviava o olhar confuso entre mim e a irmã.

— Pergunta pra sua família. — me virei e caminhei até o carro, entrando no veículo. — Vamos embora Priscila.

— Ah claro, tchau para vocês. — se despediu e correu para dentro do carro.

— Do que ela estava falando? — ouvi o Matheus perguntar, mas não quis ficar para ouvir o resto, a Priscila ligou o carro e dirigiu para longe.

Encostei a cabeça do vidro do carro pensativa.

— Bom, pelo menos agora você vai poder conversar com ele e ver se ele gosta mesmo de você. Se bem que depois daquela sorriso que ele te deu, acho que a mãe dele está certa.

Cravei meus olhos no dela com uma careta feia. Aquilo ela para me ajudar?

— Ele nem sabe do casamento.

— Talvez a mãe dele queira fazer uma surpresa, contar para o filho que ele vai casar com o amor da vida dele.

— Você só está piorando as coisas.

— Desculpa, só estava tentando amenizar as coisas. — trocou de marcha. — Olha, sei que que essa situação é complicada, mas você tem que escolher: Enfrentar os seus pais ou casar com ele. E juntar dinheiro para poder quebrar o contrato.

— Eu não tenho essa coragem, meus pais são rígidos demais. — suspirei. — E minha poupança está com vinte reias no máximo, gastei tudo naquele festa beneficente.

— É, parece que o jeito vai ser casar mesmo.

Me relaxei no banco totalmente frustrada.

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o Matheus demorou mas apareceu

o que acharam dele?

tem tanta água para passar debaixo dessa ponte ainda....

Até o próximo capítulo ♡

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