1.7 | Seu noivo.

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Melissa Lombardi Moraes

Já escolhemos o segundo vestido e o vestido de madrinha da Priscila.

Na verdade, quem escolheu foi minha mãe e a irmã, minha opinião e a da Priscila não tem muito valor não, a gente só veio mesmo para experimentar o vestido e vê se fica bom no corpo.

Agora estávamos indo até outra boutique para ver o terno do Felipe, ele estava reclamando mais do que eu reclamei.

Minha mãe e minha tia tinham ido embora, dona Angela recebeu um ligação e depois disso, falou que tinha que resolver uma coisa muito importante.

Só está eu, a Priscila e o Felipe agora. Mesmo meu irmão sendo um porre, é melhor aturar ele do que minha mãe e minha tia.

Entramos na tal boutique e um vendedora caminhou até nós com um sorriso no rosto.

— Olá, boa tarde, em que posso ajudar o casal? — demonstrou simpatia.

Ela estava achando que eu e o Felipe éramos um casal? Só porque estávamos com os braços cruzados? euem

Me afastei do Felipe e encarei ela desacreditada.

— Ele é meu irmão. — disse.

— Assim, me desculpe. — pediu. — Mas ele é o noivo?

Mulher enxerida!

— Eu? Não, cruzes. — respondeu o Felipe fazendo o sinal da cruz. — Joga praga não moça. — ela riu, lançando um olhar sedutor para ele.

Ela está dando em cima do meu irmão, que safada!

— Então, em que posso ajudá-lo? — perguntou, ignorando eu e minha prima e só dando atenção para o Felipe.

— Vai ajudar só ele? E eu? — cruzei os braços, olhando para ela com as sobrancelhas erguidas.

— Ah me desculpe, mas aqui é uma loja que só vende ternos, ele é o único homem. — se explicou.

— Só por que somos mulheres significa que não queremos comprar um terno? — joguei, fazendo a mulher soltar uma risada de desespero.

Preconceituosa!

— Melissa, você está deixando ela sem graça. Para com isso. — falou o Felipe e vi a moça suspirar aliviada.

— A culpa não é minha que essa mulher é uma baita preconceituosa. — dei de ombros caminhando até os ternos.

Agora eu faço questão de comprar um só para ela saber que mulheres também usam terno.

Caminhei até o outro lado da loja junto com a Priscila.

— Melissa, você quase matou a mulher de vergonha, depois dessa ela nunca mais vai dar em cima de algum cliente.

— Quem mandou ela ser sem noção? Mulherzinha metida! — vasculhei os ternos e vi um terno que me deixou de cara.

— Isso está com cara de ciúmes. Nunca pensei que viria a Melissa com ciúmes do irmão. — disse entre risos.

— Não estou com ciúmes do Felipe, só não gostei daquela moça. — peguei o terno e mostrei a minha prima. — Que tal?

— É lindo, mas você vai levar um terno mesmo?

— Sim, para mostrar para ela que eu visto o que eu quiser.

— Empoderadíssima!

Me virei para ir atrás do meu irmão, afinal, precisava escolher o terno dele se não nossa mãe matava a gente.

Mas ao virar, bati contra alguma coisa grande e dura.  Olhei para ver o que estava no meu caminho e vi o que eu menos esperava. Um corpo humano com braços fortes e um abdômen duro, cabelos escuros e um par de olhos penetrantes que me desconcentrava.

Arregalhei os olhos e dei dos passos para trás, querendo ter o poder do Corey para ficar invisível.

Matheus, o que ele está fazendo aqui?

— Você? De novo? Ah não!— falamos juntos.

Até me espantei com a telepatia.

Ele nem parecia o mesmo, parece que dessa vez não ficou nem um pouco feliz em me ver.

Talvez já tenham contado para ele sobre o maldito casamento.

— Está me perseguindo? — perguntei de braços cruzados.

— Eu? Claro que não, tenho coisas mais interessantes para resolver.

— Tipo me perseguir? — revirou os olhos.

— Eu só vim comprar um terno. — contou.

— Jura? Pensei que era uma pizza. — debochei de sua cara. Ele me encarou com tanta fúria que pensei que ia soltar fogo pelo olho.

— Ignorante, você devia aprender a ser mais educada com as pessoas.

Ele me chamou de antipática?

Eu posso ser tudo, menos antipática.

Ok, talvez nem tanto...

Mas quem ele pensa que é para falar assim de mim?

Quem falar meu noivo, morre.

— Seu arrombado, está me chamando de antipática? — eu estava com muita raiva porque a única pessoa que eu aceito que me chame de antipática é minha mãe, pois com ela eu sou antipática.  — Quem você pensa que é?

— Seu noivo. — sorriu sínico.

Metade da minha fúria passou e eu fiquei levemente desconcertada. Isso mecheu comigo, para mim foi uma resposta para a dúvida que eu tinha. Ele realmente gosta de mim. E eu odiei ter a certeza disso.

Minha fúria voltou ao lembrar que eu iria ter que casar com ele, posicionei minhas mãos e inclinei meu corpo, já estava preparada para voar nele, mas o infeliz do meu irmão chegou e me segurou.

— O que está acontecendo? Nem casaram e já estão tendo uma dr? — ele tinha me puxado para trás, me segurando pela cintura. Virei para encará-lo e quase meti um tapa na cara dele.

— Vai tomar no cu Felipe. — puxei a Priscila que estava do meu lado só obsevando tudo e caminhei com ela para o outro lado da loja.

[...]

Escolhemos o terno do Felipe e fomos embora daquele lugar as pressas, não queria correr o risco de trombar com o Matheus novamente.

Chamei um uber para levar a gente para casa pois tínhamos ficado a pé.

Passei o caminho todo em silêncio, só pensando que daqui umas semanas eu vou ter que casar com aquele garoto.

A Priscila e o Felipe não pararam de fofocar, minha prima deve ser dona da gossip do dia pois não é possível essa garota saber de tantas fofocas do jeito que sabe.

Não demorou muito para chegar em casa e, assim que o carro parou, me despedi da Priscila e entrei em casa com meu irmão.

— Que bicho mordeu você? Passou o caminho todo em silêncio, nem me xingou.

— Só estou cansada, quero minha cama. — ele assentiu  meio duvidoso, mas não perguntou mais nada.

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diga-me, o que estão achando?

eu vou tentar entregar capítulos maiores...

Até o próximo capítulo ♡

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