3.0 | Transando com um desconhecido.

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Melissa Lombardi Moraes

A Priscila tinha razão. Brotou homem até do chão querendo ficar comigo, eu nunca me senti tão desejada.

Na entrada do lugar, tinha uma mesa com diversos apetrechos eróticos a venda. Quando entrei, eu senti tantos olhares sobre mim que não sei como não tropecei e cai de cara no chão.

O tanto de homens bonitos e sem camisas que tinha naquele lugar... Teria que ter mais umas sessenta Melissas para conseguir pegar todos eles.

Tinha um em específico, dançando em cima do palco enquanto mulheres quase se matavam para conseguir chamar a atenção do boy musculoso que estava lá em cima.

O rapaz me encarou de cima a baixo e me lançou um olhar sedutor, junto com um sorriso malicioso.

— Parece que você cá trás chamou mais a atenção dele do que aquelas mulheres que estão lá na frente. Na próxima irei colocar um vestido igual esse, cheio de fendas e aberturas. — disse a Priscila, me puxando logo em seguida na direção de algumas pessoas.

A Priscila me apresentou a algumas pessoas, claro que ela não disse que aquilo era uma festa de despida de solteira, se não eu não iria aproveitar nada.

Imagina, os homens não iriam querer ficar comigo pensando que estava noiva de verdade.

Mas sorri falsa para todas elas, eu não estava nem aí para aquele povo, só prestava atenção no pedaço de mal caminho que estava em cima daquele palco. Agora que eu estava mais perto dele, conseguia observar coisas que antes não conseguia vê. Ele era moreno, alto, olhos azuis, tinha tatuagens espalhadas pelo corpo todo..... Eu não queria, mas de alguma forma ele me lembrou o Matheus. Eles eram bem parecidos — tirando a cor dos olhos.

Caralho, o que esse menino está fazendo na minha mente? Vou passar a cobrar aluguel.

Afastei aqueles pensamentos e fui até o bar a procura de uma bebida.

[...]

Eu nunca mais invento de tomar caipirinha com cachaça. Eu estou ruim demais.

Eu tô ruim, mas ainda tenho consciência das coisas que estou fazendo. Eu já peguei metade do povo daqui, até o barman já foi para a minha lista.

Mas falta aquele cara que estava no palco mais cedo.

Será que o Matheus vai ficar bravo com os chifres?

Se bem que ele também está fazendo uma despedida de solteiro, então eu também devo estar lotada de chifres. Dois cifrudos, então beleza.

No andar de cima da boate, tinha a ‘sala de sensações’, um quarto escuro com um rapaz sarado onde os olhos entram vendados e é claro que eu não recusei aquele lugar. Bom, o resto vou deixar por conta da imaginação de vocês. 

Também tem o fusca caliente onde o tequileiro, além de servir tequila na boca, ainda dá uns beijos no pescoço, uns apertões. Isso foi inesquecível! Agora estava rolando aquele belo strip tease. Mulheres enlouquecidas em volta da palco enquanto aqueles rapazes estavam se amostrando para elas.

Alguns só estavam de cueca.

Eles pararam de tirar a roupa quando alguém gritou meu nome e mandou eu subir no palco. Olhei para o lado confusa e vi a Priscila mandando eu subir.

Não protestei. Seja lá o que  Priscila aprontou para mim, eu vou fazer.

Subi no palco e vi todos olharem para mim. Um cadeira foi posta no meio do palco e os rapazes se retiraram. Estranhei, mas não disse nada.

Até que vi o rapaz que eu queria subir do palco com um sorriso safado no rosto e uma algema nas mãos.

Gente?

Ele me prendeu na cadeira e me olhou divertido. Olhei para a Priscila com os olhos arregalados e ela só riu de mim. O homem dos olhos azuis começou a tirar a roupa ali, no meio de todo mundo. Eu sei que isso era normal, mas porque eu estava algemada?

Ele vai fuder comigo na frente de todo mundo?

Respirei fundo e vi o cara se aproximar de mim, ele pegou uma venda e a amarrou em torno dos meus olhos.

O que esse cara vai fazer comigo?

Eu senti minhas bochechas arderem, o clube todo gritava eufóricos, acho que situações como essa são comuns aqui.

O homem voltou a se aproximar de mim e senti seus lábios em volta do meu pescoço. Ele distribuiu beijos por toda a região, enquanto sua mão apertava minha cintura.

Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo mas sei que estava gostando.

Um filme se passava na minha cabeça, aquele sensação era deliciosa demais. Eu tinha até esquecido que estava no meio de um palco e com plateia....

[...]

Eu estou transando com um desconhecido que nem sei o nome.

Eu estou em um quarto, parece de motel, mas não tenho certeza. Eu não sei como vim parar aqui. Eu não lembro o que aconteceu depois que ele parou de beijar meu pescoço. Depois disso, eu não lembro mais de nada. Só sei que ele está me levantou a loucura e eu não quero saber de nada. Pelo menos não agora.

Estava indo tudo perfeitamente bem quando ouvi a porta ser arrombada e um grito chocado e apavorado soar pelo quarto.

— Melissa. — a voz gritou totalmente apavorada.

Eu conheço essa voz.

Fudeu.

Minha mãe.

Como ela me achou?

— Mãe? — eu quase cai da cama quando vi ela parada perto da cama me olhando com os olhos arregalados.

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boa noite para todos...

tchauzinho, fiquem aí com esse capítulo de pura safadeza

e por favor, se estiverem gostando, não se esqueçam de votar, isso é extremamente importante para mim e significativo. Obrigada!

Até o próximo capítulo ♡

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