Capítulo 17

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Acordei com a impressão de que não sabia o meu próprio nome, que não sabia nem onde estava direito

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Acordei com a impressão de que não sabia o meu próprio nome, que não sabia nem onde estava direito.... Parecia estar dopado. Levantei rapidamente e vi que ainda estava no sofá e nu, olhei a minha volta e cai de volta no mesmo, tentando focar e acordar do sono pesado. Minha cabeça latejou. Nossa dormi demais e...

NÃO!!!

Olhei para a janela e lá fora já caia a noite, já estava tudo escuro e estrelado. Já era noite? Meu Deus Ana, a entrevista. Não, não pode ser, eu prometi que a levaria, preciso ir até ela e pedir desculpas. Eu não poderia desapontá-la. Eu havia me comprometido com ela.

— Oi, amor, você acordou! Finalmente! — Amélia saudou, vindo e pulando em cima de mim.

Insuportável! Desviei de seu abraço sufocante e ela me olhou bufando, com uma cara de nojo e frustração. Ou talvez fosse apenas seu rosto normal.

— Você me deu alguma coisa pra dormir, só pode! Tinha algo naquele café, não é? — Estava furioso e confuso por já ser noite e eu não lembrar de nada! — Fala, Amélia!

— Porque pensa isso de mim? Logo de mim, amor? — Se fez de inocente fazendo beicinho. Eu odiava quando mulheres faziam beicinho, isso definitivamente me irrita. Não era nada bonitinho ou fofo como imaginavam... Era ridículo, principalmente ela.

— Não se faça de sonsa! Eu devia levar Ana na entrevista e agora estou uma puta dor de cabeça! Mas que droga... — Resmunguei baixinho.

— Ah, bebê, eu apenas te dei um remédio pra te ajudar adormir, só um remedinho de nada. Você estava muito cansado!

— Você me dopou, isso sim! Sua vadia! Agora Ana deve me odiar. — Passei as mãos nos cabelos em sinal de nervosismo. Agora que estávamos civilizados como grandes amigos? Ela me daria um pé na bunda? O que deve pensar ao meu respeito nessa altura do campeonato?

Levando em consideração seu gênio difícil, deve ter tirado suas próprias conclusões precipitadas e supondo tudo que vinha até sua mente perturbá-la. Ela tinha o mínimo de razão...

Tudo bem, ela tinha o máximo de razão!

Como pude ser tão irresponsável e não ligar para a amizade que estava nascendo entre nós? Uma amizade impossível e com altos e baixos, mas acolhedora e... Boa demais! Apenas por capricho, apenas por orgulho e por mais uma vez querer provar algo para os outros e à mim mesmo. Quando eu aprenderia?

— Que inferno! Eu sou sua namorada, é comigo que você tem que se preocupar, não com aquela garota sem sal. Não sei o que você e seus amigos veem nela. — Ela estava enfurecida e a pitada de inveja em sua voz era bem perceptível.

Ela estava sugerindo que eu via algo em Ana? Mais que uma mera amizade? Eu via... Mas, isso deveria ser pessoal e segredo. Ninguém deveria supor ou jogar na minha cara o que eu sentia. Não faziam ideia do que acontecia dentro de mim... E nunca teriam. Pensei em discutir, mas não valeria a pena. Eu devia falar com Ana.

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