Capítulo 38

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 Ao fechar a porta, encostei minhas costas na porta fria, pousei a mão sobre meu rosto tentando desfazer o nó que havia se formado em minha mente

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.... Ao fechar a porta, encostei minhas costas na porta fria, pousei a mão sobre meu rosto tentando desfazer o nó que havia se formado em minha mente. Fui descendo e me sentei no chão, respirei fundo, tentando pensar no certo e errado, no que eu queria e no que eu tinha que fazer, eram coisas totalmente diferentes. Eu queria voltar pra lá e me jogar nos braços de Christian novamente, pedir que ele me fizesse sua mais uma vez, que me beijasse, que dissesse o que eu queria ouvir, mas isso não era o certo. O certo era seguir em frente, enfiar na consciência que isso era minha melhor decisão, mesmo não sendo meu verdadeiro desejo.

Entrei em casa e percebi que mamãe ainda devia estar dormindo, pois ainda era cedo, quase na hora de ir na escola e eu ainda não estava pronta. Corri escada a cima, vesti um roupa qualquer, uma calça colada, blusa azul e uma bota, perdendo o meu desastroso e bagunçado cabelo em um coque. Escutei batidas na porta. Um arrepio subiu por minhas costas. Não podia ser Christian, certo? Ele não viria até aqui atrás de mim, fiquei em silêncio, pensando comigo mesma.

— Abra, Anastásia. Sou eu. — Disse Alex. Suspirei de alivio.

Abri a porta, mas virei de costas, nem o olhando apenas ignorando como se ele realmente não estivesse no mesmo quarto que eu. Olhei para o espelho, pondo meus brincos, me arrumando sem dar atenção. Ele me olhava atentamente e suas mãos estavam na nuca, sinal que ele estava procurando o que dizer.

— Eu ouvi a porta e... Fiquei preocupado com você, passou a noite fora com quem? — Ficou curioso e a preocupação era evidente em sua face, sua postura de irmão mais velho.

— Não te devo satisfação. — Respondi curta e grossa.

— Eu apenas queria saber se você está bem, pelo menos isso.

— Sim, Alex, eu estou muito bem, quer saber o porquê? Bom, o cara que eu estou apaixonada não sente nada por mim, meu irmão é um idiota com problemas... Eu poderia estar mais feliz? — Ironizei ao falar do quanto a minha vida estava uma beleza.

— Está apaixonada, é? — Brincou tentando mudar o rumo do assunto, mas apenas bufei e não mostrei meus dentes, não deixaria as coisas fáceis pra ele. O sorriso em seu rosto desapareceu e ele respirou fundo. — Tudo bem, não precisa falar nada sobre isso se não quiser, mas precisamos conversar....

— Você já não disse e fez o suficiente? — Ralhei, pegando minha bolsa e descendo as escadas, enquanto ele me seguia em passos rápidos.

— Anastásia, apenas pare um pouco e me escute! — Ele pediu e fechei meus olhos, vencida, virando-me e encarando meu irmão. — Eu sinto muito. Eu não lembro exatamente o que eu disse aquela noite pra você, mas...

— Ah, você apenas me chamou de vadia, na verdade, a irmã mais vadia do mundo, disse que mamãe e eu éramos idiotas... Nada demais, não é? — Usando o sarcasmo para disfarçar a dor, sempre! Era o melhor remédio na hora, mas depois... Só era pior de conviver com aquilo e ver o que você estava se tornando.

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