Últimos paragrafos do capítulo anterior POR ANA, para relembrar
— Eu me decepcionei muito com ele, todos nós nos decepcionamos, não foi só você, porém nós temos direito de errar e logo depois de se arrepender. E, principalmente, devemos ter o direito, a chance de consertar. Não pude fazer nada depois de tais palavras, a não ser abaixar a cabeça e considerar a ideia.
— Tenho medo, mãe. Muito medo. — Uma lágrima escorreu pelo canto de meus olhos e alcançou meu queixo. Limpei a mesma com certa raiva, não aguentava mais chorar por ele, simplesmente não suportava. — Eu não tenho, e nunca tive, controle sobre mim quando estou perto dele... Tenho medo do que me torno. Simplesmente não penso de forma coerente e todo o amadurecimento que sofri esses anos parecem evaporar, e então, a velha Anastásia, rendida e ingênua, sem ressentimentos, com a guarda baixa, volta e resolve agir. Não posso mais ser assim. Só de lembrar de toda aquela dor, só de pensar em sofrer novamente... — Fechei meus olhos e solucei baixinho. Minha mãe me olhava com carinho e compreensão. Agora eu entendia ela perfeitamente, sua agonia e aflição de mãe coruja. Ver Ágatha chorar, nem que seja apenas por uma birra ou um pequeno e não muito importante machucado, fazia meu peito doer, e uma necessidade de querer tirar dela o sofrimento e, se fosse possível, transportar para mim, surgia.
— Eu costumava julgá-lo e odiá-lo por tirar você de mim, por fazê-la sofrer, porém... Eu o observei de perto todos esses anos. Ele sofreu, Anastásia, tanto quanto você. Eu sei que odeia quando a dor dele é comparada com a sua, mas, Deus, ele se arrependeu tanto, você não faz ideia. Você apenas precisa dar a ele uma chance, uma chance para que ele aja certo pela filha, que não cometa nenhum erro como fez com a mãe dela, e também, para recuperar um grande amor perdido.
Como se isso fosse fácil, pensei.
Christian Grey - Capítulo atual
Como pode um amor ser assim, o qual é imenso e o peito já não suporta, crescendo a cada segundo? Essa era uma boa pergunta e provavelmente mais uma sem resposta.
Aquele prazer que procurei durante anos, aquele sabor específico dos lábios certos que cacei, aquelas sensações que passavam pelo meu corpo apenas ao lado dela, as quais eu implorei para sentí-las mais uma vez... Tudo havia voltado. Eu não havia intenção de nada, queria apenas conversar com ela, ficar perto e não perder tempo longe, porém quando a vi, com apenas aquelas miniaturas de panos cobrindo seu corpo, Deus, era como se meu cérebro fosse desconectado do corpo e todos os meus sentidos fossem aguçados.
Não pensei nas consequências, não pensei no quanto isso poderia piorar minha situação com ela. Aquela boca, aquela boca tão saborosa, aquela pele macia que eu não sentia na ponta de meus dedos há tanto tempo, era como voltar a ser um viciado novamente e provar da minha mais doce heroína.
Ela, para aumentar meu desejo, minha loucura, entregou- se, por poucos minutos, porém entregou-se. Eu vi seus olhos no tom azul mais límpido. Quando aqueles oceanos me fitaram, nada mais importou, nem mesmo as ameças que ela fez a seguir, ou qualquer mentira esfarrapada que ela tentasse contar, apenas o que eles diziam. Eles imploravam por mais. Eles imploravam e me olhavam com carinho, com luxúria, daquele jeito que eu era acostumado a presenciar.
Quando nossas bocas se encontraram foram como explosões ocorressem ao nosso arredor, tudo voltou ao normal e nada era como antes, vazio e escuro. Eu a esmagava contra a parede e sentia na minha pele a sua ardendo, arrepiada. Christian... Aquele gemido permaneceu na minha cabeça e fez uma ereção crescer no meio de minhas pernas. No momento de total entrega dela, Anastásia entrelaçou aqueles dedos pelo meu cabelo e o puxou, trazendo até mim aquela sensação familiar de prazer.
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Sempre foi Você
RomanceAnastásia Steele e Christian Grey passaram a ser vizinhos há pouco tempo, estudam na mesma escola e fazem o último ano da escola juntos. Eles tem uma certa implicância e "ódio" um pelo outro desde que se conheceram, mas isso muda com o passar do te...