Capítulo 25

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O olhar dela não saia de minha cabeça

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O olhar dela não saia de minha cabeça.

Eu era um imbecil. Mesmo de longe, conhecendo-a, podia já ver seus lindos olhos azuis marejados. Mas não adianta! É assim que vou esquecê-la e ponto final. Amélia e eu estávamos bem afastados e eu aproveitava para me divertir e tirar certa garota de minha cabeça, que parecia estar impregnada em cada parte minha e agora, recentemente, de meu corpo.

O porém era que o que eu achava ser uma solução, na verdade, piorava as coisas cada vez mais. Ficar com uma e outra ali não estava adiantando muito... Não me ajudava a tirar Ana da cabeça. Só me ajudava a lembrar-me mais e pensar que aquela não era bem a que eu queria. Meus pensamentos estavam como um furacão. Me sentia culpado, satisfeito, arrependido, tudo ao mesmo tempo! Os sentimentos à flor da pele e me atormentando.

Eu precisava do meu amigo!
Meu amigo whisky.

Dirigi até o bar mais perto. Ao chegar no bar, pedi um whisky e sentei em uma das mesas. Ao olhar para o balcão, avistei cabelos castanhos e cacheados irreconhecíveis. Eu os reconheceria até mesmo de longe. Era Ana. Ela estava deitada no peito do homem ao lado. Meu sangue ferveu e meus punhos se fecharam, fechei os olhos e respirei profundamente. O ódio tomando conta de mim. Me levantei e fiquei atrás dos dois. Ouvindo a conversa.

— Não fique assim, minha Steele, você tem a mim, lembra? — Ele dizia, fazendo carinho em seus cabelos. Percebi que era o Batman... Luke. Ela sorriu triunfante e olhou para ele, tocando seu rosto. Era só o que faltava! Sério isso?

Como ela poderia dar à ele aquele sorriso?

Ele poderia ser meu, apesar de não merecer. Deveria ser.

— Eu sei, menino Sawyer. Eu vou ficar bem! Especialmente agora. — Respondeu com a voz embargada pelo choro. Meu peito se apertou apenas por vê-la dessa maneira.

Ela estava flertando com ele?

— É bom mesmo! Você é a garota mais incrível que já conheci, disso você já sabe. — A cada palavra que ele pronunciava, mais maneiras de como matá-lo surgiam em minha cabeça. Quem ele pensa que é pra ter toda essa intimidade com Ana? Ela o conheceu na balada e agora já estão amigos assim? — Você é linda e gostosa, gentil, inteligente. Ele não te merece. Você deve esquecer isso, ouviu? — Assentiu, sorrindo lindamente. "Gostosa"?

Esse idiota se acha mesmo, só pode! Tá pedindo pra levar um murro na cara! Ele começou se aproximar dela e ela paralisou, nem se mexeu! Nem se afastou! Apertei mais meus punhos, tentando me controlar, mas foi impossível. Sem minha permissão, fui involuntariamente até eles e o puxei para trás pela jaqueta. Se ela não iria afastar-se como deveria, então eu faria por ela!

Sei que não tinha o direito e nem deveria fazer isso, mas não liguei.

— Interrompo alguma coisa? — Ana levantou seu olhar pro meu. Me olhou com certo nojo e fúria, mas ao mesmo tempo surpresa.

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