Capítulo 59

405 91 25
                                    

Enquanto os votos começavam, os dois não tiravam os olhos um do outro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Enquanto os votos começavam, os dois não tiravam os olhos um do outro. Ele tentava decifrar aquele olhar, aquele olhar que não parecia ser o mesmo de cinco anos atrás, ele parecia distante e apavorado.

Anastásia, que apenas tomou coragem para olhá-lo depois de longos minutos contando e controlando seus batimentos cardíacos, enquanto caminhava até o altar e concentrava-se na filha para não cair, agora não conseguia desviar os olhos. Ele continuava o mesmo. O terno preto, como sempre, lhe caia muito bem e deixava-o mais elegante, mais homem. Os músculos, mesmo cobertos pelos tecidos, continuavam evidentes e, na verdade, muito mais atraentes, porém seu rosto estava abatido. As olheira sem volta dos olhos eram notáveis e a linha da mandíbula parecia sensível, ainda mais visível já que parecia ter emagrecido. Os cabelos espetados e os olhos ainda mais claros, como um mar fresco, o qual se ela admirasse por mais um tempo, acabaria afogando-se. Sem direito a salva-vidas.

Sentia-se arder ao vê-lo admirá-la daquela forma. Olhava de baixo a cima como se guardasse cada detalhe novo em sua mente. Sua respiração era ofegante e ele provavelmente havia percebido já que seu peito subia e descia. Nenhum dos dois prestavam atenção na cerimônia, longe disso. Nenhum dos dois estava tranquilo em relação aquele reencontro. Anastásia finalmente havia entendido que esquecer não significava ignorar uma chamada no telefone, nem evitar reencontros casuais. Ela descobriu que quando você esquece, atende o telefone e sua voz não falha, que em reencontros casuais suas pernas não tremem mais. E isso ainda acontecia com ela. Sua voz ainda falhava e saia dolorosa quando pronunciava seu nome, suas pernas, como agora, estremeciam e perdiam as forças com ele por perto. Em outras palavras, ela ainda não havia esquecido.

Longos minutos se passaram e Anastásia e Christian continuavam presos no olhar um do outro. Completamente paralisados e afetados. Os votos haviam acabado e foi só quando o padre pigarreou e pediu  as alianças que Anastásia quebrou o contato visual, sua atenção desviou-se para sua menina que pegava as alianças com Leila e as levava com a maior graça e doçura até os dindos. Christian também a acompanhou com os olhos, totalmente bobo. Ágatha chegou até Kate e Elliot e subiu em um banquinho, fazendo que um coro de suspiros e "awwww" saíssem da plateia de convidados. Elliot se abaixou e beijou a afilhada na bochecha, pegando uma das alianças e dando a ela para beijar, antes que a mesma fosse para a mão da noiva. Um tipo de "bênção". Kate fez o mesmo, porém foi interrompida por Ágatha que pediu para a mesma se abaixar mais um pouco até ficar na altura de seu rostinho.

— Vai ser feliz, dinda. — E ao dizer isso, depositou um beijo na testa de Kate. Kate, a qual já estava em meio de lágrimas, chorou ainda mais, soluçou alto demais e interrompeu a cerimônia por um momento, abraçando a afilhada.

Christian olhava para a menina com admiração, sorria abertamente, e mesmo não tendo o direito, estava orgulhoso, feliz por sua filha. O rapaz pensou de onde Ágatha puxou aquele jeitinho doce e gentil e assim que olhou para Ana, que estava derramando lágrimas por ver uma cena tão linda como aquela, teve a certeza ali naquela cena.

Sempre foi Você Onde histórias criam vida. Descubra agora