ANASTÁSIA
.... Suspirei fundo quando terminei de contar absolutamente tudo que havia acontecido, desde do dia em que descobri até o fim de hoje à noite e me entreguei mais uma vez às lágrimas que haviam cessado antes.
— Pode ir em frente, mãe, diga o quanto você está decepcionada, diga o quanto eu errei e estraguei minha vida. — Pedi. Eu precisava que ela dissesse algo mesmo que fosse um julgamento, por pior que ele fosse.
— Se você já sabe disso, porque me faria falar? — Me pegou mais uma vez braços e me puxou para seu colo, deitei minha cabeça em suas pernas e suspirei fundo, abraçando sua cintura... Querendo ficar debaixo de suas asas demãe coruja e protetora pra sempre. Aquele consolo aliviava a dor.— Porque não me falou antes? Acredite, eu estou decepcionada sim. Você sabe que vai afetar sua vida desse jeito, não a arruinou, mas a mudou curso, Deus, minha filha, eu te orientei tanto sobe ae previnir. — Fechou os olhos suspirou fundo, mas me acolheu ainda mais em seu abraço.
— Medo mãe . Eu simplesmente não sabia o que fazer, não sabia o que seria de mim... Por Deus, mãe, eu fiz dezoito anos hoje! Como eu... — Não consegui terminar. — Quando eu finalmente tive coragem de contar para a pessoa mais importante... Ele... — Me referi à Christian e ela sabia disso.
— Eu sei, eu sei... Não irei dar o discurso de mãe, julgar ou nada do tipo, pelo menos, não agora. Você não merece, sei que não foi nada fácil pra você, mas, Anastásia, essa decisão... Não acha ela precipitada demais? Você está agindo pela dor do momento, pelos ferimentos feitos aí dentro... — Tocou meu coração. — Não faça isso, pode se arrepender.
Ela falava da decisão que eu havia tomado quando Christian disse suas últimas palavras, quando não me deu adeus e nem ao menos se importou com a notícia que eu dava ou com o que falava. Quando simplesmente me virou as costas e me expulsou de sua vida.
A decisão de ir embora para longe daqui. Longe dele. Atender seu pedido e não me rebaixar, não rastejar e implorar para acreditar em mim. Começar minha vida e cuidar de meu filho ou filha sozinha.
— Eu quero isso, mãe. Eu já decepcionei a senhora e a mim mesma, não quero viver de suas custas e lhe aborrecer. — Acaricei sua mão, tentando lhe passar segurança o suficiente, responsabilidade e firmeza, mas, eu não sabia se era tão convincente. Afinal, eu mesma não tinha tanta certeza se estava preparada, mas sabia que precisava estar, e também, era inútil, pois ela era mãe. Sempre se preocuparia comigo e se fosse possível me manteria debaixo de seu teto até seus últimos dias de vida. — Preciso fazer isso por mim, lidar com meus atos e as consequências que vieram com eles, é tudo minha culpa, eu procurei por isso e, agora, está na hora de aceitar as responsabilidades e olha... Sei que são muitas!
— Porque não fica? Você terá minha ajuda até se estabelecer realmente, até conseguir um emprego e...
— Não, mãe. Preciso construir meu próprio caminho e por motivos óbvios, esse caminho é bem longe daqui.
Ela não queria aquilo, não estava de acordo, eu podia ver em seus olhos. A aflição e preocupação.
— Prove para Christian que é o filho dele, peça DNA, faça com que ele colabore e quebre a cara quando ver o resultado eu lhe ajudo, se precisar, eu forço ele a dar no mínimo um pouco de sangue. Ou eu mesma tiro a força. — E ela conseguiu me tirar um sorriso sincero e divertido. Apenas dona Caral para conseguir tal milagre e façanha.
— Obrigada, mamãe, mas... Você conhece a filha que tem. Sabe que eu nunca me humilharia à esse ponto... O meu orgulho é mais forte. — Lamentei a mais pura verdade.
— Mas é esse orgulho que te levará a ruína, minha filha. Você sofrerá muito por causa dele. Deve deixá-lo um pouco de lado e fazer o que é melhor pra você e, especialmente, o que é melhor para seu bebê. — Eu sabia que ela estava certa e havia sentido no que dizia. Porém, nessa parte eu era igualzinha a certo vizinho destruidor de corações, não voltava atrás e a partir do momento em que tomava uma decisão. E enquanto ao melhor futuro para meu filho... Eu descobriria e tentaria dar o meu melhor, porém, no fundo, eu sabia que não seria a mesma coisa sem a figura paterna ao lado. Por hora, me contetaria com a opção mais adequada. Ir embora.
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Sempre foi Você
RomanceAnastásia Steele e Christian Grey passaram a ser vizinhos há pouco tempo, estudam na mesma escola e fazem o último ano da escola juntos. Eles tem uma certa implicância e "ódio" um pelo outro desde que se conheceram, mas isso muda com o passar do te...