- Capítulo 29 -

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Joey

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Joey

Eu havia acabado de sair da enfermaria — que estava bem cheia, por sinal. Tinha levado um tiro de raspão no braço esquerdo e ainda estava cheio de analgésicos pelo organismo, mas precisava encontrar meu irmão e saber como ele estava. Também queria encontrar Sea, Dener, Elise e todos os outros que estavam conosco. Especialmente, queria encontrar Hanna, porque nas últimas semanas ela havia se tornado uma pessoa... Especial.

Comecei a andar pelos corredores meio desorientado, tentando reconhecer ou pelo menos entender o local e para onde eu deveria ir.

— Joey! — Ouvi uma voz feminina me chamar e virei em direção a ela. Era Suzanne, sentada em uma cadeira no corredor. Ela parecia bem, e fiquei feliz por isso.

— Oi! Você está bem? — Perguntei.

— Não fui atingida. — Respondeu, e entendi exatamente o que ela quis dizer. Era verdade... Nenhum de nós estava realmente bem depois daquilo. — Se quiser saber, a Hanna estava te procurando. Ela está no corredor logo ao lado.

— Tudo bem. Obrigado. — Agradeci pela sinalização e virei à esquerda em seguida, no corredor que Suzanne havia sinalizado.

De longe, a reconheci pelos cachos volumosos e bagunçados.

— Oi. — Falei ao me aproximar e sentei na cadeira vazia ao seu lado. Ela estava com um litro de soro injetado na veia, assim como Suzanne e todos os outros dispersos pelos corredores.

— Oi. — Ela abriu um sorriso contido.

— Você está ferida? — Perguntei, e ela apontou para um dos pés.

— Só torci o tornozelo quando quase fui pisoteada. — Suspirou. — Doeu pra caramba, mas não foi nada comparado... Àquilo. E a outros que estão bem piores...

Respirei fundo. Eu entendia bem a sensação que ela descrevera.

— É exatamente como me sinto. — Comentei.

— Não acho que eu esteja no direito de reclamar por um mísero tornozelo deslocado. — Fez uma careta e eu a encarei, pensando em como sua afirmação não parecia correta.

— Mas tudo bem se permitir sentir essa dor, mesmo que possa parecer pequena na frente dos outros. — Por mais incrível que parecesse, eu consegui dizer algo reflexivo no momento oportuno, e não uma piada idiota. 

De todo modo, porém, ela não respondeu, e depois um pequeno silêncio se seguiu.

— E a Sea? — Perguntou, depois de um tempo.

— O que tem ela? — Perguntei de volta.

Em uma de nossas conversas eu havia contado sobre a saga dos meus sentimentos pela minha melhor amiga, e sobre como eu nunca havia sido correspondido ou sequer compreendido por ela.

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