- Capítulo 31 -

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Ouvi a porta sendo aberta, mas não podia virar para ver — não tanto quanto eu gostaria —, e esperei a pessoa se aproximar mais ou dizer algo para que eu reconhecesse

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Ouvi a porta sendo aberta, mas não podia virar para ver — não tanto quanto eu gostaria —, e esperei a pessoa se aproximar mais ou dizer algo para que eu reconhecesse.

— Ei... — Era William, e eu senti meu coração esquentar quando finalmente o vi. Mesmo tendo se passado quase dois dias desde que tudo acontecera, eu estava dando tempo ao tempo. Brian havia me contado sobre como sua situação estava delicada e eu também fiquei muito preocupada, mas vê-lo ali, na minha frente, era o sinal que eu precisava para saber que ele estava bem, e aquilo me deixava um pouco mais feliz diante de todas as circunstâncias.

Não estava sendo tão fácil ter que lidar com todas as informações que eu vinha recebendo, e com Dener e Joey distantes, a pessoa mais próxima que eu tinha para me lembrar alguma noção de família era o Brian, mesmo sabendo que ele não seria constante — não esperava nada disso dele. Nós passamos anos sem nem saber um do outro e eu estava preparada para o momento em que ele fosse embora. Na verdade, estava sendo uma boa companhia, mas não era nada do que eu precisava; às vezes ele parecia apenas mais um dos inúmeros estranhos por perto.

Enquanto isso, estar no hospital, recebendo todos os tipos de cuidados a se imaginar, desde os mais básicos aos mais íntimos e mais complexos, era a coisa mais constrangedora que já havia passado. Meu corpo simplesmente estava sendo passado de mão em mão por uma série de pessoas desconhecidas, e viver tudo aquilo estava sendo devastador. Eu não lembrava de alguma vez já ter me sentido um lixo, e não havia ninguém que me oferecesse um conforto real.

A partir daqueles momentos, comecei a sentir a falta real que minha mãe fazia. Não era mais sobre saudade das conversas, das idas aos supermercados ou da companhia; não era mais sobre a distância de uma grande parceira. Era um desespero pelo colo que só uma mãe poderia oferecer. E pelos únicos toques e cuidados que me fariam, por um momento, sentir que tudo estava bem — mesmo que não estivesse, de verdade.

Além disso, a realidade de estar parada fora sempre muito distante. Desde pequena eu sempre estava fazendo alguma coisa. Já fiz balé, vôlei, natação, corrida, surf, apresentações de dança na escola e até mesmo com Brian. Como se não bastasse — parecia até piada —, fazia apenas 4 dias desde minha última aula de luta com Adrian, e eu mal sabia que aquele seria meu último contato com minha antiga vida.

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