- Capítulo 13 -

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— Olá Sea, bom dia! — Acordei com a voz que eu já sabia ser a de Abby me chamando

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— Olá Sea, bom dia! — Acordei com a voz que eu já sabia ser a de Abby me chamando.

Abri os olhos devagar e vi que ela havia acabado de colocar uma pequena bandeja de alumínio sobre o balcão ao meu lado. Tinha um recipiente meio grande com algo fumaçando dentro.

— William me falou que você já estava melhor e mandou que eu trouxesse isso pra você. — Ela abriu um sorriso meigo pra mim, mas não consegui fazer expressão facial nenhuma.

William havia mandado que ela trouxesse algo pra mim?! O que poderia ser, um veneno para que eu morresse logo e desse menos trabalho?! Porque, pensando bem, isso não seria nada difícil pra ele. Eu já havia passado por momentos bem mais críticos, então o que poderia custar dizer que eu piorei e não resisti?! O que meus amigos poderiam fazer?!

— Quero que chame meus amigos. — Foi o que disse, e precisei fazer um grande esforço pra isso.

Respirei fundo e tentei trazer mais ar para dentro de mim; eu tinha a impressão de que estava sem oxigênio. Será que a primeira parte do veneno já havia sido injetada em mim durante a madrugada?!

Abby me olhou com pena e suspirou.

— Eu chamo se você terminar logo de comer essa sopa. — Disse.

Olhei para ela com os olhos quase fechando. Meu estômago doía profundamente e eu sentia que poderia vomitar a qualquer momento.

— Eu não... — Iniciei a frase com os olhos fechados assim que minha visão escureceu. Meu corpo inteiro estava tremendo. — Não vou conseguir comer. — Concluí, e não demorou muito até que a senti erguer meu corpo sobre o encosto da cama e me ajudar a comer.

Assim que concluímos o processo, estava me sentindo completamente exausta, e não fazia ideia do motivo, tendo em vista que havia acabado de me alimentar.

— Quer que eu chame seus amigos agora, Sea? — Abby perguntou, mas sua voz parecia muito longe de mim! — Está me ouvindo? Sea?!

Não consegui responder, estava com sono demais, mas soltei um gemido pra que ela soubesse que eu ainda estava lá.

No mesmo instante a senti apertar minha mão. De uma forma tranquila e reconfortante.

Eu não consegui entender, nem mesmo a conhecia, mas de alguma forma senti que não estava sozinha. Apesar disso, tudo que queria naquela hora era desvencilhar minha mão da sua. Eu não queria estar suscetível, não queria abrir nenhuma brecha. Eu não podia confiar em ninguém ali, e não importa o quanto eu iria perder com isso.

Quando dei por mim novamente ainda havia alguém segurando minha mão. Puxei de uma vez antes mesmo de abrir os olhos. Eu estava cansada da Abby, do William, do Connor e de todas aquelas pessoas que estavam tirando minha paz.

— Sea? — Mas então eu o ouvi, e a paz voltou instantaneamente ao meu coração.

Abri os olhos já com as lágrimas formadas, e assim que percebi que conseguia me mexer me lancei sobre ele.

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