Depois que um grande fenômeno explosivo destrói metade da região de Borderglide, Sea, Joey e Benjamin precisam unir as forças e sobreviver à nova realidade, onde imperam a fome, a solidão, o desespero e, sobretudo, o caos.
Para onde ir quando tudo...
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Percebi que estava acordada quando abruptamente abri meus olhos e já estava tossindo. De uma forma dolorida e desconfortável. Insistente e ininterrupta.
No segundo seguinte pisquei novamente. Não conseguia ver nada — não que eu conseguisse manter meus olhos abertos.
Toda a minha garganta arranhava, meus olhos ardiam e coçavam, e até o ar que entrava pelas minhas narinas queimava.
Tentei chamar o Dener, mas me sentia sem forças para falar, além de que minha garganta sofria até com a pouca saliva que ainda havia ali.
Minha cabeça latejava e meu corpo ainda pesava, como se uma grande pedra me pressionasse contra o chão.
Tateei o solo ao meu redor, na tentativa de poder tocar alguma parte do corpo do meu irmão, mas talvez ele não estivesse perto de mim. De todo modo, daria muito trabalho procurá-lo e eu não conseguia nem pensar direito.
O sono me invadiu outra vez e, apesar de estar no chão, eu sentia meu corpo todo girar. Finquei as unhas no solo endurecido abaixo de mim e soltei um longo gemido. Aliás, o que mais eu poderia fazer?! Quem poderia me ouvir?! A sensação que eu tinha era de que toda a cidade estava morta. Afinal, será que restara mesmo alguém?
— EI, TEM ALGUÉM AÍ? — Ouvi uma voz gritar ao longe (talvez não tão longe), mas não era qualquer voz. Era o Joe. E eu reconheceria sua voz em qualquer lugar do mundo, mesmo estando quase morrendo, como agora.
(Na verdade, eu não sabia se estava mesmo morrendo, se tudo aquilo era um sonho ou se eu já havia morrido e estava sonhando que estava viva. Bom, muito confuso! Só sei que tudo aquilo que eu estava sentindo me fazia pensar que eu não demoraria muito a morrer. E nem mesmo sei como estava aguentando aquela situação. É claro que Deus estava cuidando de mim, como sempre!)
— ALGUÉM? — Ele gritou novamente, mas eu não podia responder. Só torcia pra que ele me achasse logo e me ajudasse a sair daquela situação.
— Joe, ela não está aqui, vamos embora! — Era a voz do Benjamim, com certeza.
— Espera, me deixa procurar mais, eu sei que ela está aqui!
— Não está, Joe, vamos logo procurar nossos pais!
— Ben, nossa casa é no centro da cidade. Pra onde eles iriam?! Você acha mesmo que eles ainda estão vivos?! — Joe perguntou e um longo silêncio se estendeu. Em seguida, algum dos dois deu uma fungada.
— Não acredito que você disse isso! — Ben.
Então outros segundos de silêncio se passaram.
— Eu não quero que eles tenham morrido, Ben... — E suspirou. — Eu só acho que nós temos a oportunidade de salvar alguém que tem mais chance de estar vivo aqui do que lá dentro!
Mais silêncio.
— Por favor, só mais um pouco, a localização do celular dela estava aqui, tenho certeza que ela está por perto!
E outro silêncio. Eu só ouvia as passadas, mas tudo parecia estar muito distante de mim. Quase inalcançável.
Como se eu estivesse em outro mundo.
Ou indo para ele.
— Joe, Joe, Joe, Joe! — Ben exclamava repetidamente o nome do irmão, como se tivesse acabado de realizar a maior das descobertas. — É o Dener ali! Não é?
— Meu Deus, sim! — Joe respondeu e os passos de ambos foram ficando relativamente mais altos, na medida do possível. E mais altos.
E mais altos.
Até que algo atingiu minha cabeça com força, de maneira que eu nem mesmo tive tempo de pensar ou sentir dor. Eu simplesmente fui.
Para algum lugar distante.
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Oi, oi, meus lindos!! Tivemos capítulo pequeno?! Simm! PORÉM, pra compensar, virá em dobro essa semana! Quarta-feira sai o capítulo 3!!!! Animados???
E aí, o que estão achando?? Coraçãoestá a mil? Hahaha