- Capítulo 8 -

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(JOEY)

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(JOEY)

— Meu Deus, o que aconteceu?! — Perguntei atordoado assim que vi Sea desacordada sendo carregada pelo Adrian.

— Onde ela estava?! — Ben perguntou.

— Ela está bem?! — Dener.

— O que foi, Adrian?! — Elise.

— Abre a porta do carro pra mim! — Ele pediu sem se direcionar para ninguém, só queria que qualquer um fizesse isso; e, pelo visto, bem rápido.

Rapidamente abri a porta para que ele a colocasse lá dentro.

— Gente, está muito quente aqui! — Elise comentou — e com razão.

— Mas ela está com frio, Lise! Está muito gelada! — Adrian rebateu.

— Ok, eu vou pegar água! — Ben disse, começando a rodear o carro para ir ao banco da frente, onde deixamos o litro de água.

— A cabeça dela está sangrando! O que foi isso, Adrian? — Elise perguntou.

— Eu não sei, já estava assim quando cheguei!

— Foi de ontem! Nós a encontramos soterrada, ela ficou muito mal... — Respondi enquanto Adrian a deitava delicadamente no banco traseiro do carro, relembrando o que passamos ontem desde que a encontramos e do quanto senti medo de perdê-la.

A verdade é que ela estava mal, estava com o corpo todo machucado e tinha um ferimento maior na cabeça que estava me preocupando. Precisávamos encontrar outra cidade o quanto antes e levá-la para um hospital.

— Ela... Me chamou de pai. — Adrian disse e eu suspirei.

— Exatamente como ontem. — Sussurrei, quase para mim mesmo, e baixei a cabeça, fixando meu olhar nela. Meu coração se partia ao vê-la daquela forma. Além da sujeira, comum a todos nós, ela estava molhada de suor por todo o corpo, com a lateral da cabeça e parte do rosto ensanguentado e tremia de frio, soltando gemidos a cada segundo.

— E o que nós vamos fazer? — Ele perguntou e eu respirei bem fundo.

— Esperar passar.

— Não dá, Joey! Nós precisamos fazer alguma coisa, isso não é nada bom! Ela está ardendo em febre e com um hematoma na cabeça! Isso não é algo pra se esperar passar! Precisa ser tratado! — Adrian começou quase a me dar uma lição de moral, como se eu não soubesse de tudo aquilo, mas o que nós poderíamos fazer se não sabíamos nem mesmo onde estávamos?! E quem ele achava que era pra falar daquela forma comigo, como se ele se importasse mais com ela do que eu?!

O encarei sem expressão e então ele balançou a cabeça.

— Ben, me dá as chaves do carro e fica com ela lá atrás! Os outros podem ficar na carroceria! — Ele deu a ordem e Ben obedeceu sem pestanejar.

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