— Sabe de uma coisa? Vamos esquecer! — O esbranquiçado atraiu a atenção da amiga, que no momento acariciava o rostinho do bebê ainda chupando o dedinho. — Risca banho de chuva, nós vamos para a piscina.
— Satoru... Eu não posso ir na piscina. — A moça resmungou, com Megumi deixando sua pequena mãozinha na testa. — Eu... Estou com problemas.
— Problemas? Eu posso tentar pegar um remédio e-
— Gojo! Problemas que não dá pra parar com remédio.
O homem de cabelos brancos deixou-se no chão com os braços erguidos até o teto, provavelmente refletindo sobre algo ou até mesmo brincadeiras para tentar fazer com o nenê. Pequenos olhos escuros giraram até o homem mais velho, e a mãozinha de Megumi foi em direção da testa negando com a cabeça. Satoru sentindo o olhar em si, virou o rosto encarando o pequeno mostrando a língua para o mesmo.
Fushiguro apertou a blusa de sua cuidadora e fez uma careta brava mexendo as perninhas para descer, [Nome] confusa com o comportamento do pequeno resolveu o deixar ir. Era um ato rápido. Em seguida, o rapaz sentiu sua visão ficar clara e uma dor penetrar em seu nariz, aquele garotinho havia o dado um belo tapa.
— Megumi! — Gritou ouvindo a risadinha do pequeno e de sua amiga, que gravou toda a situação até mesmo o nariz velho do amigo. —Mão pesada.
— Você disse para bater se irritar ele, isso é o carma. — Girando os calcanhares levantou o pequeno deixando selares em sua bochecha gordinha. — Estranha... Comecei a ter uma sensação estranha.
— Consegue descrever? — Levantando rapidamente, o de cabelos claros ficou novamente perturbando o pequeno que suspirava.
— Dor no peito... Satoru... Você já escondeu algo de mim?
"Ela sabe..."
— Que isso, [Nome]. — Desviando o olhar para a parede, suas mãos foram colocadas contra o casaco no corpo. — Parece que realmente vai chover.
— Você costuma fugir do assunto. — Merda, ele estava contra a parede. — Você não está escondendo nada?
"Eu sei que ela sabe..."
Engolindo a seco, seu suor frio escorreu por sua testa caindo lentamente sobre a blusa, a situação de pânico estava em sua cabeça poderia evitar inúmeras vezes, mas seu passado sempre batia novamente na porta, gritos, brigas, sangue e finalmente uma morte. Correr uma hora o deixaria sem saída? Ela sabe? Como ela sabe? Eram minutos quietos apenas com os olhos [C/O] queimando suas costas esperando que o homem mais alto se pronunciasse sobre a pergunta.
Fala alguma saíra por sua boca, bem ao menos tentaram porém sempre conseguiram falhar com a explicação. Suspirando baixo a moça ajeitou o pequeno andando de volta para o quarto deixando o amigo para trás, Satoru sorriu de lado batendo no próprio rosto e saiu batendo a porta discando o número em seu celular.
[Nome] batucava os dedos na mesa enquanto jogava a cabeça para trás vendo o bebê a olhar de uma forma confusa, abraçando o pequeno um suspiro foi deixado no ar junto com a angústia em sua cabeça.
"Por que... Ele mente?"
— ●○●○
Com um resmungo ouviu o celular tocar em um número desconhecido, eram apenas sete horas da manhã e aquilo a incomodava, havia dormido tarde por tanta preocupação e até agora não havia pregado o olho, apenas os fechados por segundos.
— Alô? — Perguntou sonolenta, ajeitando Megumi na cama com suas pernas e braços abertos.
— Eu sei do que você precisa. — Era uma voz desconhecida do outro lado, isto estava se tornado um grande quebra cabeça. — Eu sei o segredo de Satoru Gojo.
Suas janelas da alma se arregalaram acompanhando das pernas tremidas pelo temor que sentia pela voz até então sem dono fixo, seu corpo lhe dava sinais de curiosidade para apenas quebrar tudo e explicar cada parte deste tal segredo.
— O que eu tenho haver com isso?
— Uh. — Uma risada baixa foi soltada dando mais dicas que a pessoa do outro lado da linha estava claramente modificando sua voz. — Você não quer saber? Seu amigo esconde tanta coisa, ser traído duas vezes deve doer.
— O que você quer dizer? Eu... Eu nem sei quem é você. — Aumentou a voz, logo virando sua cabeça em direção ao pequeno soltando um suspiro aliviado por não ter acordado. — Você deve estar mentindo tudo isso.
— [Nome] Nanami, atualmente morando sozinha na rua atrás do shopping principal, trabalha em casa com entregas se não me engano com os próprios produtos. — A voz deu uma pausa como se esperasse a reação da mulher. — Você teve que trancar a faculdade para não dar trabalho para seu irmão mais velho, odeia ter que lidar opiniões que provavelmente envolve sua aparência, acordar cedo não é seu forte e... Você dorme abraçada com o travesseiro do seu quarto, ou coloca ele entre as pernas.
— Quem é você e o que quer de mim? — Apertando a maçaneta da porta, pode sentir todo seu corpo queimar diante das informações que aquela pessoa sabia. — O que você quer?!
— Que você me encontre, estaremos em um lugar público então eu não poderei fazer nada com você. — Outra pausa, pode-se ouvir uma porta abrindo atrás da lição. — No café atrás do seu café, agora.
Merda.
—𝟕:𝟑𝟎𝐀𝐌
Com Megumi sendo cuidado por Nanami, o pequeno estava seguro brincando com os gêmeos que havia conhecido dias atrás. Em sua coxa carregava uma pequena faca pontiaguda e o celular sempre com a localização ligada caso fosse necessário, a mulher caminhava com seus tênis batendo no chão fazendo cada vez mais o clima ao seu redor se tornar algo completamente sombrio e a e mesmo medonho para alguém que tivesse por passar a situação em que se encontrava.
Na mente da jovem [C/C] teorias rondavam com perguntas e respostas totalmente aleatórias para até mesmo alguém que tivesse o maior QI, seus dedos cravaram na maçaneta do café e seu corpo se virou diante a mesa pedida.
Situações que não sabemos o que fazer, nós não temos uma certa resposta para perguntas que rodeiam a nossa cabeça em uma situação totalmente de perigo. Por que as pessoas mentem? Por que algumas trazem tanto carinho e após isso, uma punhalada pelas costas traz de volta a sensação de desconfiança a todos.
Era isso... O coração da jovem [Nome] estava parado por alguns segundos com a figura à sua frente, com uma jaqueta preta e seu corpo apoiado na mesa olhou para a [C/C] com um sorriso de lado.
— Sabia que iria vir. — O homem pronunciou erguendo a mão para a figura alheia se aproximar. — O que? Viu um fantasma?
— Geto…
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Como Superar Um Término 𖧧 Ꮆ𝗼𝗷𝗼 ✓
Fanfictionㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝗴𝗼𝗷𝗼 ᧉ 𝗿𝗲𝗮𝗱𝗲𝗿 ㅤㅤㅤ𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐀𝐑 um término pode ser uma coisa bastante ruim dependendo da pessoa que estava ao seu lado, seu sorriso e suas emoções mudam. Uma das missões de 𝘚𝘢𝘵𝘰𝘳𝘶 era animar sua melhor amiga e tentar descobr...