𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟐𝟗

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— Consegue explicar essa porra direito? — Satoru bateu na mesa, encurralando também Sebastian na mesa. — Eu matei ele, eu lembro.

— Por isso é só uma suposição.

— Você se curvou. —  A [C/c] comentou baixo, atraindo o olhar dos três homens reunidos na sala. — Quando você não tem segurança na palavra curva os braços, você acabou de fazer isso.

— Eu só quero fazer uma suposição, imagina ele esteja vivo e tente fazer alguma coisa com vocês. — Protestou batendo a mão contra a madeira. — Especialmente Você, [nome]!

— Acho que a parte ruim não é nem ele tentar algo comigo, é o quanto vocês acham que eu sou boba o bastante pra não saber me virar. — Resmungou sentando em uma das cadeiras. — Cara, eu não sou uma donzela em perigo.

— Tecnicamente, seu posto diz o contrário. — Nanami apontou, mostrando alguns rabiscos em seu caderno. — Você precisa ficar com a gente.

— Eu não gosto de ser isso, é totalmente inútil eu só ficar olhando os bebês e não fazer porra nenhuma. — A mulher girou a caneta em seus dedos, antes de apontar para os três. — Até onde eu sei, os mentirosos aqui são vocês.

— O que isso-

— Me deixar fora fez parte de tudo, agora que eu sei, eu quero e vou ajudar. — Deixou a caneta novamente no copo, antes de olhar para as figuras a sua frente. — Se me deixarem como princesinha em perigo da história, eu juro que não será só Geto que terão que lidar.

— Não falamos que você é uma princesa indefesa, amor. — Satoru finalmente se pronunciou ajeitando os óculos escuros em seu rosto. — Estamos tomando toda a autoridade pra gente, imagina você se machuca?

— Vocês não se machucam também? Que tipo de material são feitos, ferro? — Perguntou irônica dando um peteleco contra a testa do esbranquiçado. — Me digam tudo.

— Se você não me matar eu conto tudo, não que eu esteja com medo de você... — Sebastian levantou ambos os braços, antes de coçar a garganta ligando o tablet. — Minha suposição começou assim que eu comecei a verificar a caixa postal do... Meu irmão.

— Isso você me falou, Toji ainda estava recebendo e-mails como se os que enviavam não sabiam de sua morte. — O loiro apontou, virando a tela, mostrando ainda e-mails fechados.

— Até certa data, uma hora eles pararam. Mas depois de um tempo eles voltaram a ser movimentados, não só isso. — Continuou, abrindo um dos e-mails. — O cartão dele ainda está sendo usado, e também as dívidas estão sendo pagas.

— Isso não pode ser algum ladrão ou algo assim? — Gojo perguntou confuso, deslizando o dedo pela tela.

— O ladrão precisaria de uma digital do Toji, aquele cartão é tão seguro que eu só usava com ele do meu lado. — [Nome] começou, olhando o texto enviando. — Eu lembro que ele disse algo como: "O cartão se não for usado depois de uns onze meses, ele fica inválido."

— Como inválido?

— Ele automaticamente é bloqueado, e só o Toji pode desbloquear. — Pegando o tablet, a [c/c] digitou algo mostrando para os três homens. — Era mais ou menos assim o cartão, ele era fácil de se perder, se não me engano antes dele.... Bem, ele tinha dito que perdeu nas caixas da mudança.

— Então o cartão, se for bloqueado, só desbloqueia com a digital do Toji? — Com a confirmação, o moreno estalou a língua olhando para Nanami. — A gente precisa dela.

— Você é irmão dele, sabe informações dele, não podemos arriscar a vida da minha irm-

— Ela era namorada, eu não sei nada dele além do aniversário e olha lá. — Justificou olhando levemente o pulso, ainda com linhas vermelhas. — A gente já fez muita merda escondido da [Nome], não sei vocês, mas eu não quero arriscar perder uma amizade que me ajudou.

— Então... — A [C/C] sorriu com os olhos brilhando para o irmão, que apenas estalou a língua empurrando com cuidado sua testa. — Kento!

— Se você morrer, eu vou te matar.

— MAS ISSO NÃO FAZ SENTIDO!

[...]

Megumi encarava o homem de cabelos brancos dormindo calmamente no colchão da sala, após a reunião de adultos, os dois irmãos resolveram sair para comprar algumas coisas e Sebastian voltou para seu computador.

O pequeno Fushiguro vendo não ser vigiado começou sua grande aventura pela sala, engatinhando até o ursinho de pelúcia o bebê soltou um barulho com sua boca, antes de jogar o brinquedo no homem adormecido, que não deu ao menos um movimento ameaçando acordar.

Seus olhinhos pousaram na cadeira enquanto suas perninhas faziam força junto com os braços, fazendo com que o bebê ficasse em uma posição onde seu bumbum ficasse para cima. Em sua pequena aventura rapidamente deitou novamente no chão arregalando os olhos após ver seus dedos do pé mexendo, em um movimento, seus dedos gordinhos foram tirados de contato da meia e colocados em sua boquinha. O barulho da porta atraiu a atenção do bebê que rapidamente engatinhou até Gojo e fechou os olhinhos fingindo dormir.

— Kento esqueceu algumas coisas, então teve que voltar para comprar. — A voz da mulher, fez o pequeno rapidamente abrir os olhos e sair do colchão tentando se arrastar em sua direção.

Chegando onde estava querendo, Megumi sentou-se no chão rindo e batendo palmas tentando atrair a atenção da mais alta, que no momento guardava as coisas no armário.

— Hã? — Virando seu corpo, pode rir baixo erguendo o bebê para seu colo enchendo as bochechas gordinhas de beijos. — Oi meu amor, você dormiu bem?

O bebê com a cabeça apoiada no peito da mais velha, começou a "conversar" mexendo seus dedinhos se distraindo algumas vezes.

— Nossa, sério? Que legal, bebê. — Sorriu tendo os olhinhos para si, fazendo o bebê rir e voltar a conversar. — Como você é falante, Megumi.

Gojo acordou no pulo, rapidamente arrumando seus fios claros e correndo para a cozinha vendo a mais baixa segurando o bebê com todo cuidado, um suspiro de alívio saiu de sua boca, antes de sorrir de lado batendo os dedos contra a perna. O frio na espinha passou em suas costas, fazendo-o girar rapidamente para a janela com a sobrancelha franzida.

— Satoru?

— Eu poderia jurar que tinha alguém ali. — Murmurou, antes de mexer a cabeça na tentativa de afastar os pensamentos. — Provavelmente foi vulto.

Como Superar Um Término 𖧧 Ꮆ𝗼𝗷𝗼 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora