𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟏𝟖

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— Consegue fazer isso sozinha? Eu tenho um leve medo de você com uma faca. — O moreno comentou vendo a silhueta da mais nova cortando a carne em alguns pedaços.

Desde o pequeno acontecimento, a jovem estava com seu humor neutralizado apenas se fechando em momentos na casa, apenas saindo para compras ou outras coisas. Geto não saiu ao seu lado em nenhum momento, ficando acomodado no quarto de hóspedes ao lado do quartinho de Megumi. Já o pequeno bebê, estava sentado na cadeirinha segurando um carrinho em mãos, pronto para jogar na cabeça do homem ao lado de sua cuidadora.

— Pode ficar tranquilo, eu consigo fazer isso sozinha. — Sorriu de lado algumas vezes ajeitando a lâmina.

— O que você acha, Megumi-chan? — Olhou o pequeno que apenas virou o rosto com uma carranca e ameaçando jogar o brinquedo no mais velho. — Acho que ele não gosta muito de mim.

[Nome] limpou a mão pegando o bebê em seu colo, sentindo o cheirinho do shampoo infantil. Megumi abraçou o corpo da mais velha ainda encarando Geto com a sobrancelha franzida demonstrando raiva. Beijando a bochechinha do bebê, virou seu corpo para a mesa ajeitando a parte do almoço.

— Ele só é um pouco quietinho, é só um bebê. — A [C/C] olhou o bebê, sentindo as mãozinhas em seu rosto. — Você não gosta do Geto, Megumi?

O pequeno escondeu o rosto no pescoço da mais velha e resmungou palavras desconexas como se conversasse com a mesma, fazendo um biquinho bravo. Geto olhou as duas figuras em si, abraçou a mais nova por trás apoiando o queixo contra o ombro alheio, Megumi rapidamente virando o rosto mexeu sua mãozinha batendo com toda a força no rosto do moreno.

— Fushiguro! — A garota riu olhando seu amigo que apoiava a mão no nariz pelo tapa que havia levado em seu rosto, o pequeno tinha um sorrisinho em seus lábios novamente escondendo seu rostinho. — Desculpa, acho que ele ficou um pouco bravo.

— Tudo bem, ele é só uma criança. — Sorriu coçando a nuca olhando o bebê de uma forma séria, em seguida sorrindo de lado. — Um dia podemos ser amigos, certo, Megumi-chan?

Com certeza, Megumi não iria.

𝟭𝟯:𝟯𝟬𝗮𝗺

Satoru bateu os dedos contra a mesa apertando um dos lábios contra o outro, seus olhos eram fixos no copo de bebida à sua frente, enquanto se sentia em uma mesa de conferência. Nanami olhava o amigo com um leve olhar repreensivo, enquanto balançava o carrinho dos gêmeos adormecidos.

— Você já sabe como ela descobriu?

— Eu não faço ideia. — Mexeu o canudo contra bebida, soltando o suspiro de sua boca. — Sou um completo idiota.

— Você sabe que sim. — O loiro levantou a mão assim que a garçonete procurava a mesa dos dois homens. — Eu não posso te ajudar nisso.

— Eu sei, algumas vezes é que eu tenho que fazer isso sozinho. Mas é bastante complicado, eu acabei esquecendo tudo e virou uma bola gigante direto na minha cara! — O esbranquiçado sorriu batendo o dedo contra o rosto, em seguida deitando sobre o braço. — Mas eu não sei como começar?

— Já tentou pelo começo? — Nanami ajeitou o óculos tomando a bebida de seu copo. Algumas vezes olhando de relance para os bebês dormindo com o dedinho sobre a boca. — Desde a escola.

— Não é tão fácil quanto você pensa! — O mais alto protestou bagunçado seus cabelos brancos, apertando os olhos um contra o outro. — Cara... Onde eu me meti?

— É uma boa pergunta, você entrou nessa onda... Tenta seguir ela. — O loiro deu o conselho olhando para a janela. — Você não cumpriu a promessa.

— Eu falei que eu iria cumprir, mas foi difícil, certo? Não é algo fácil.

[Nome] estava sentada sobre o sofá olhando a tela do celular apagada, Megumi dormia na cadeirinha ainda segurando o ursinho de cachorro, o bebê tinha a chupeta em sua boca aproveitando a paz após a saída de Geto para o trabalho. Olhando o histórico de chamadas a foto do homem de cabelos brancos de seu perfil, passando o dedo sobre as três bolinhas clicando mostrando as opções. Fechando os olhos desligou o celular sem fazer nada, apenas abaixando seu corpo para perto do bebê.

— Megumi... Eu não sei o que fazer. — Falou baixo deitando no sofá batendo contra a coxa. — Eu não estou brava, eu só estou... Chateada.

Estalando a língua caminhou até a cozinha tirando pegou alguns potes de doces junto com outro pote maior, enchendo com algumas besteiras a mecha [C/C] caiu sobre os olhos da mais nova a deixando soltar uma risada por ter a ideia completamente aleatória. Abrindo a porta do forno, derreteu as barras de chocolate passando para uma panela no fogão tentando misturar ambas as cores de chocolate rapidamente.

— Essa sua dancinha vai render se eu postar no YouTube. — A voz grossa de Sebastian atraiu a atenção da amiga, que virou rapidamente o corpo para o loiro. — Como eu posto? "Linda da vó" ou "Essa minha menina é linda da vó" com emoji?

— Sebastian...

Com um sorriso de lado, o mais alto começou a correr sendo perseguido, mantendo o aparelho para cima rindo. A mais nova negou com a cabeça pulando nas costas do loiro que esticou o braço para longe ainda com o vídeo constrangedor rodando em sua tela. Sebastian estalou a língua e apagou o vídeo fazendo um beicinho derrotado por não ter conseguido sua vitória de postar o vídeo conquistado.

— Ih... — Sorriu irônico, sentando-se sobre o sofá a cabeleira loira era jogada sobre as almofadas. — Mandem pra alguém, mas acho que não foi.

— Afinal, o que você veio fazer aqui, seu pombo?

— Pombo não! — O rapaz resmungou olhando para o bebê ainda adormecido e o ajeitando na cadeirinha para não cair. — Só vindo ver se você está bem, eu me preocupo ainda.

— Você? Nossa que novidade. — [Nome] brincou olhando para a estante pegando um dos potes colocando algumas bolas de sorvete para o amigo. — TÔ.

— Muito estranho esse seu gosto de comer doces de uma vez, a vida tá por um fio.

— Tsc, isso é normal! — Resmungou tomando um pouco do sorvete se jogando sobre o sofá. — É normal.

— Ou cesariana.

Comendo o sorvete, os olhos [C/O] fuzilaram o loiro que segurava a risada com o sorvete contra seus lábios.

— Cala. Sua. Boca.

Como Superar Um Término 𖧧 Ꮆ𝗼𝗷𝗼 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora