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Eva estava tão nublada pelas maravilhosas sensações que Timber a fazia sentir que nem notou a maneira possessiva a qual ele chamou-a de minha. Pouco tempo depois, o macho deitou-se de costas sobre o colchonete e puxou Eva para deitar contra seu peito após terem feito sexo mais duas vezes. O vento começou a soprar mais frio conforme a noite ia chegando e Eva se aconchegou mais a ele.

— Que horas são? Seu celular está perto? — ela perguntou, sabendo que as oito teria que encontrar Bruce.

— Vou ver agora. — Timber se moveu para buscar seu celular no bolso da calça jogada perto dele — Seis e meia.

Eva bocejou.

— Preciso ir para casa. — murmurou um lamento.

— Fique mais um pouco. Queria muito que passasse a noite comigo.

— Eu tenho que ir, Timber. Infelizmente essa não é uma possibilidade para mim.

Ele não queria vê-la ir embora tão logo. Ele a queria até de manhã. O cheiro dela por todo seu corpo e o cheiro do sexo que compartilharam estava aflorando todos os seus instintos, estes que as vezes o fazia irracional e possessivo.

— Fique só mais uma hora. — ele insistiu.

— Preciso estar em casa às sete e meia. Promete que me levará dentro desse horário?

— Estará lá nesse horário. — prometeu.

Ela bocejou de novo e o encarou, voltando a deitar em seu peito.

— Você está cansada. — ele disse.

— Bem, você me cansou. Acho que eu poderia dormir alguns minutos deitada aqui, está tão confortável.

— Espécies tem um grande apetite sexual, eu deveria ter pegado mais leve, você não é acostumada com sexo e... — ela o cortou.

— Eu não me lembro de ter reclamado. — sorriu e ele quis grunhir, sua fêmea era linda.

— Feche os olhos e relaxe comigo. — ele sussurrou, acariciando os fios de cabelo macios.

— Se eu adormecer, me acorde em trinta minutos. — ela bocejou de novo e se aconchegou mais nele. Estava adorando a sensação de ter aquele corpo grande e quente para encostar.

Timber encarou o rosto sereno e tranquilo e também fechou os olhos para respirar fundo e tentar acalmar as batidas do seu coração. A fêmea contra ele era dele e faria de tudo para que ela reconhecesse isso, poderia levar o tempo que fosse, iria convencê-la.

Ela era pequena comparada às fêmeas Espécies e se deixasse seu lado animal primitivo falar mais alto, a manteria até que ela concordasse em ficar para sempre e ser sua companheira, mas não podia, ela o odiaria.

Timber nunca havia dormido com uma fêmea humana em seus braços, já havia compartilhado sexo com algumas mas não havia se sentido protetor e possessivo como se sentia em relação a Eva.

Adorou a sensação dela tão perto, de repente a necessidade de protegê-la o consumiu e ele queria que ela estivesse com ele vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Queria levá-la para casa, trancar as portas e janelas e não permitir ninguém que pudesse machucá-la perto dela, inclusive o maldito macho humano. No entanto, jamais faria isso para que ela se ressentiase dele de alguma maneira.

Faria de tudo para ela ficar por vontade própria, sendo um bom macho e demostrando o quão ótimo companheiro ele poderia ser para ela. Fechou os olhos sentindo o aroma de sua fêmea e acabou caindo no sono junto com ela.

Em algum momento mais tarde, Eva abriu os olhos, sentiu o corpo grande e quente contra o dela, abraçando-a de forma protetora, em algum momento em seu sono ela saiu de seu copo e foram parar deitados de conchinha. Ela sorriu, sentindo-se bem, até sua mente voltar a si e ela perceber que precisava estar em casa as oito e não fazia ideia de que horas eram.

4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora