4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)

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Eva tinha as batidas do seu coração batendo tão forte que pensou que desmaiaria antes mesmo de entrar em casa, tinha muito medo de Bruce descobrir sobre seu caso com Timber e sabia que precisava dar um ponto final nisso o mais rápido possível. Não poderia se quer imaginar o que aconteceria se isso viesse a tona.

Ela não viu o carro do noivo estacionado e se sentiu aliviada, entrou em casa batendo a porta um tanto quanto aflita e sua mãe que estava na sala, rapidamente se levantou do sofá e veio até ela, segurando seus braços.

— Onde estava? — Ruthie questionou gritando. 

— Com uma amiga. — mentiu — Preciso tomar banho e me arrumar para o jantar com Bruce. — soltou-se bruscamente, não gostando nada da atitude da mãe.

— Se apresse, garota insensata! Como você tem um jantar daqui há dez minutos e chega agora em casa?

— Eu não me lembro de ter comentado com a senhora sobre o jantar e que horas seriam. — Eva disse na defensiva.

Sua mãe nunca havia sido agressiva com ela, mas ultimamente estava com comportamentos estranhos, no entanto acreditava que era por conta da doença.

— Meu genro me contou. — sua mãe sempre enchia a boca para se referir a Bruce como genro.

— Quando? — indagou.

— Na igreja. Vá logo se arrumar, se ele aparecer, tento enrolar um pouco.

Eva deixou passar como sua mãe estava mais desesperada do que ela e correu para seu quarto, no último degrau voltou a olhar para sua mãe.

— A senhora está bem? Como foi a quimioterapia hoje?

— Estou bem, Eva. Se apresse!

— Ok.

Eva correu pelo pequeno corredor, entrou no banheiro, arrancou sua roupa, jogou no cesto de roupas sujas e entrou debaixo do chuveiro, ainda estava com a respiração ofegante, mas foi se acalmando na medida que lavava sua pele e seus cabelos, quando chegou ao seu sexo inchado, sentiu a sensibilidade e sua mente foi para Timber, seu coração apertou mas rapidamente tentou afastá-lo de seus pensamentos, sabia que seu coração poderia estar se perdendo por ele e não deveria deixar isso acontecer.

Doeria muito mais ter que levar uma vida com um homem, sabendo que o coração e corpo pertenciam a outro.

Terminou o rápido banho, saiu, mal se secou e vestiu-se, ouviu vozes no andar debaixo e imaginou que Bruce já estava lá, deixou os cabelos soltos, passou um leve gloss nos lábios, um perfume, calçou um salto baixo e desceu.

Bruce franziu as sombrancelhas quando a viu e em seguida forçou um sorriso.

— Oi meu amor. — ela quase revirou os olhos ante o tom falso do homem mas não o fez, ao invés, deu um leve sorriso.

— Oi, Bruce. — ela se aproximou dele e ele segurou sua bochecha selando seus lábios rapidamente.

— Estava com saudade. Vamos? — ela apenas assentiu.

— Até mais tarde, mãe. — ela olhou para a mulher que tinha um brilho de felicidade no rosto.

— Não a espere acordada Sra. Jones. — Bruce disse.

Eva congelou por dentro, iria abrir a boca para perguntar o porquê, mas decidiu que iria confrontá-lo do lado de fora.

— Juízo! Eu sei que a carne é fraca, também já fui adolescente, mas o casamento está tão perto.

— Não está, nem falamos sobre datas ainda. — Eva falou.

— Aí que você se engana, amor. Não esperarei mais do que um mês para que seja minha esposa.