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Eva e Susan espreitaram Ruthie entrando em um prédio nada parecido com um consultório médico. Elas haviam seguido-a com o carro do pai de Susan. As amigas se olharam franzindo as sobrancelhas.

— Isso não parece uma clínica. — Susan exclamou.

— Não mesmo. — Eva sentia o coração batendo forte, com uma ansiedade quase incontrolável.

Estava no meio de um impasse interno, queria encontrar algo errado que pudesse livrá-la de se casar com Bruce e só tinha metade de um dia para isso, entretanto, não queria pensar que sua mãe fosse capaz de mentir sobre algo tão sério apenas para arranjar este casamento.

No geral, estava sentindo-se uma tonta por não ter percebido essas coisas estranhas anteriormente, na verdade, antes não tinha uma forte motivação, como um corpo grande e musculoso, dentes afiados e rosnava.

— Vamos lá. — Eva disse e saiu do carro, sua amiga foi logo atrás dela.

— O que será que tia Ruthie está escondendo, hein? — Susan murmurou.

— Não faço ideia, mas iremos descobrir hoje. — Eva declarou.

As duas se aproximaram do local e olharam em volta, a recepção parecia fácil de entrar, havia um jovem sentado em frente a um computador que ergueu os olhos e sorriu quando as viu entrando.

— Boa tarde! Como posso ajudá-las? — o rapaz com um crachá escrito Tommy cumprimento-as.

— Olá, boa tarde. Minha mãe está fazendo um tratamento aqui. Ela está com câncer, eu gostaria de conversar com seu médico. — Eva falou e Tommy fez uma expressão de estranheza.

— Sinto muito mas acredito que tenham vindo ao lugar errado. Aqui é um hotel.

— Sério? — Eva ofegou.

— Sim.

— Aquela mulher que acabou de entrar é a minha mãe... Você sabe para qual andar ela foi? — naquele momento suas mãos já estavam suando.

— Eu não posso passar essa informação.

— Oh, porra. — Susan murmurou e empurrou Eva para a parte de trás do balcão do atendente e se abaixaram — Atenda normalmente. — susurrou para Tommy.

— O que foi? Quem estava vindo? — Eva sussurrou de volta.

— O Pastor Teddy! — Eva arregalou os olhos, estava boquiaberta e chocada.

— O pai do Bruce? Eu vou vomitar... — ela se sentou no chão quando Susan tapou sua boca com a mão.

— Você conhece outro? Tente segurar. — susurrou entre dentes.

— Boa tarde. Ela já está lá em cima. — o recepcionista disse antes do pastor Teddy pronunciar qualquer palavra.

— Boa tarde. Obrigado. — Eva teve certeza que era seu sogro ao ouvir a voz do homem.

Alguns minutos depois, Tommy se virou para elas embaixo do balcão.

— Ele já foi, vocês estão loucas? Quem são vocês? — o rapaz questionou.

— Aquele é o sogro dela indo encontrar a mãe dela! — Susan quase gritou, mas se conteve, estava indignada tanto quanto sua melhor amiga. 

— Eu não estou crendo no que meus olhos viram e meus ouvidos ouviram. Poderia ser uma coincidência? E se eles estiverem tratando assuntos importantes? — a garota estava em negação.

— Para de ser tonta, Eva! Está muito claro o que está acontecendo aqui. Você está em choque, a negação é normal também, mas você precisa acordar, temos pouco tempo para desfazer essa farsa! — Susan segurou nos ombros dela e a sacudiu.

— Já que descobriram, eles vem aqui toda semana. — Tommy revelou.

— Faz quanto tempo? — Eva indagou.

— Pouco mais de quatro meses.

— Caramba. Faz pouco mais de dois meses que minha mãe me contou sobre sua doença e os pais de Bruce me ofereceram a proposta. Antes disso eles já se encontravam...

Eva estava em choque, ainda incrédula.

— Merda, para que tudo isso? Doença, casamento com Bruce as pressas? Onde eu entrou nisso? — ela só queria entender.

— Eles queriam obrigá-la a se casar para as famílias ficarem juntas. Pode ser isso. — Susan supôs.

— Minha mãe disse que moraria conosco, na verdade eu insisti para estar mais perto dela e poder cuidar dela! Faz sentido. Inicialmente morariamos na casa dos fundos dos Turner.

— Sim, então o pastor teria acesso a sua casa com desculpas de estar indo visitar o filho.

— Mas isso tudo para estarem juntos? Ainda não faz sentido para mim. Por que Bruce não tentou me conquistar ao invés de assinar um acordo e minha mãe inventar uma doença?

— Você nunca aceitaria sair com ele, assim como nenhuma mulher em sã consciência. Essa foi a forma mais rápida para arranjarem esse casamento, caso contrário demoraria muito tempo para que fosse conquistada, se é que funcionaria. — Susan sorriu.

— Eu não sei o que está rolando aqui mas pelo que eu ouvi, já pensaram na possibilidade desse tal Bruce ter algum motivo especial também para entrar nisso? Ou ele é tão bonzinho que simplesmente faria qualquer coisa apenas para o pai estar junto da amante?

— É claro! — Susan exclamou — Garoto, você é esperto.

O recepcionista deu de ombros sorrindo.

— O segredo do pastor Teddy Turner com a minha mãe, já descobrimos, agora precisamos descobrir o que o Bruce está escondendo.

— Exato! O casamento de vocês de alguma maneira acobertaria o erro do pai e do filho.

— Não temos muito tempo, o casamento está marcado para as cinco da tarde. — ela pegou seu celular no bolso e verificou as horas — Já são quase oito. Precisamos seguir os passos do Bruce hoje.

— Vamos lá! — Susan puxou sua amiga pela mão, mas antes de saírem, virou para Tommy — Obrigada.

— Obrigada, Tommy. — Eva também agradeceu.

As duas correram de volta para o carro e Susan deu partida no veículo. Ainda não podia acreditar que sua mãe fosse capaz de tal feito, mas a realidade estava passando diante de seus olhos e ao invés de choque e incredulidade, uma imensa raiva começava a se apossar dela.




Olaaaa ❤️ ❤️

Espero que tenham gostado do capítulo ❤️❤️

Votem e comentem ❤️❤️❤️

Obs: não publiquei ontem porque estava morrendo de dor de cabeça para revisar o capítulo. Mas hoje prometo postar mais um.

4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora