Timber entrou em seu apartamento e trancou a porta, foi para o banheiro, tomou um banho, se secou, vestiu apenas uma calça moletom azul escuro e se jogou na cama, olhando para o teto. Sentia seus músculos doloridos por ter descontado sua raiva em um saco de pancadas. Ele nunca se considerou um macho bom em combate e era pacífico, porém, a falta de Eva estava deixando-o louco e com tanta raiva que ele procurava brigas com outros machos e batia em um saco de pancadas no centro de treinamento na tentativa em vão de aliviá-la.
Ele ligou a televisão do quarto e no momento passava a propaganda de um suco de morango, lembrou-se de Eva, era o cheiro dela e a tristeza apertou mais seu peito. Desligou a televisão. Levantou-se e caminhou para a sala, foi para a varanda e de lá olhou para fora, havia alguns espécies e humanos caminhando, era por volta das seis e seu corpo formigava para ir atrás dela, seus braços eram necessitados de segurá-la, suas mãos de tocá-la, seu olfato de seu cheiro.
Ela era como um vício e ele estava em abstinência. Precisava dela. Pensava em roubá-la, em tentar convencê-la a ficar com ele, mas não era como os machos da zona selvagem, não podia obrigá-la a fazer algo contra sua vontade. Ela não o queria e não deveria estar louco por alguém que não queria ser dele, esse fora o conselho de Brute.
Esse fato o machucava, mas era a mais pura realidade. Só queria que isso passasse mas sabia que nunca seria capaz de esquecê-la.
Pensava que ela poderia estar em perigo, que alguém poderia machucá-la, que o macho humano estava tocando no que era seu.
Rosnou, furioso.
— Espero que você esteja bem, minha Eva. — ele murmurou, caminhando para o sofá quando a campainha de seu apartamento soou.
Rapidamente foi até lá, abriu e encontrou Brute, Smoke e Harder.
— Veio me infernizar? Estou pronto para quebrar a cara de alguém! — Timber ameaçou grunhindo.
— Calma, cara! — Brute levantou as mãos — Sinto falta de quando você era brincalhão e pacífico.
— Desculpe, só não estou afim de ouví-lo falar coisas desagradáveis sobre minha fêmea.
— Ela não é sua fêmea. — Brute implicou.
Timber rosnou, cerrando os punhos pronto para bater em seu amigo.
— Estou brincando. Ela é sua. — Brute não estava sendo sincero — Estamos aqui para levá-lo a algum lugar.
— Não quero. Sem ofensas, mas vão embora.
— Tem uma fêmea felina interessada em você, disse para ir encontrá-la no bar. — Smoke falou.
— Eu não quero outra fêmea em minha cama. — Timber ficou com mais raiva.
— Deveria querer. É Flower, ela é quente. — Smoke insistiu.
— Seria capaz de machucar uma fêmea que tentasse me tocar além do necessário.
— Ele está certo. Quando se ama uma fêmea, nenhuma outra desperta nosso interesse, vocês entenderiam se já tivessem amado uma. — Harder disse.
— Eu nunca amei e nunca quero amar se isso significar ficar depressivo. Já tive experiências suficiente ao meu redor para concluir que isso é uma praga. — Brute resmungou e Smoke concordou com a cabeça.
— Sinto informá-los, mas isso acontece naturalmente e quando percebemos já perdemos o controle dos nossos sentimentos e nosso coração para ela. — Harder olhou para o nada, parecendo reflexivo.
— Isso está se tornando pior a cada segundo. Vamos esquecer as fêmeas por um tempo e assistir a qualquer porcaria que esteja passando na televisão já que Timber não vai ao bar. — Brute empurrou Timber para entrar no apartamento e ligou a televisão da sala.
O macho rosnou.
— Quero ficar sozinho. Agradeço por estarem tentando fazer alguma coisa por mim.
— Eu vou bater em você. — Brute rosnou — Sente-se aqui, porra. Vamos assistir a qualquer merda dos humanos na televisão.
Timber não queria discutir mais, então gesticulou para Harder e Smoke entrarem e se jogou ao lado do amigo no sofá.
Brute colocou algum programa e Timber começou a viajar em pensamentos, lembrando-se do rosto de Eva. Ele precisava parar isso. Ele precisava deixá-la ir. Por mais que odiasse a ideia, Brute fizera pontos válidos.
Eu preciso deixá-la ir, Eva. Mas eu não quero... O que eu faço?
Em um determinado momento do programa, apareceu uma mulher grávida e o seu namorado dizia que não assumiria o filho. Timber rosnou.
— Humanos de merda. — xingou.
— Pensei que adorasse humanas. — Smoke comentou.
— Apenas fêmeas. — Timber respondeu — É obrigação do macho assumir a criação de seu filhote e cuidar da fêmea.
— Enquanto eles desprezam seus filhotes, alguns de nós sonham em tê-los. — Harder grunhiu indignado.
— Eu sou um exemplo dos que sonham em tê-los. — Timber confessou, mas não era segredo para ninguém — Seria incrível ver Eva carregando minha semente dentro dela, ver sua barriga inchar com meu filhote. Eu nunca a abandonaria.
— Mas ainda bem que não precisa se preocupar sobre isso com sua humana, já que somos orientados a sempre usar camisinha se formos compartilhar sexo casual com humanas que não são nossas companheiras.
Timber sentiu seu coração gelar.
— Porra! — rosnou — Porra, Brute! — sua ficha caindo de que nunca usou camisinha com Eva.
— O que? Você não usou camisinha? — Brute se levantou um pouco pálido — Não me diga que...
— Eu não usei. — Timber murmurou.
— Ela estava no cio? — Smoke perguntou.
— Não senti o cheiro. — Timber se levantou e começou a caminhar pela sala.
— Você derramou sua semente dentro dela? — Harder questionou.
— Sim.
— Caralho, Timber. — Brute exclamou — Você sabia dos ricos!
— Eu perdi o controle, eu não pensei em mais nada a não ser nela, fazê-la sentir prazer e em estar dentro dela, eu me esqueci completamente da camisinha. — Timber passou as mãos pelos cabelos.
— E agora? — Smoke expremiu.
— Irei atrás dela. Ela pode estar carregando meu filho. — Timber determinou, resignado.
— Não é bem assim, ela pode não estar também. Vai chegar lá e falar o que? Você pode estar grávida do meu filho? Não, ninguém pode saber a não ser companheiros ou que realmente seja confiável. — Brute se colocou na frente do amigo.
— Ela é! — rosnou.
— Não seja idiota. Precisamos saber como irá abordá-la sobre esse assunto, não pode simplesmente despejar isso em cima dela. Iremos vigiá-la por um tempo para descobrir se está ou não, logo os sintomas devem aparecer já que a gravidez de um espécie é mais rápida, ela irá ao médico ou algo do tipo.
— Ele tem razão. — Smoke falou.
— Concordo em partes. — Harder resmungou.
Timber não estava satisfeito com isso mas sabia que seus amigos tinham razão. Ele precisava prezar pelos segredos e segurança das crianças de seu povo. No entanto, isso não significava que não iria atrás de sua humana.
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A noite posto mais um.
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4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)
RomanceEva não estava feliz após ser manipulada para aceitar a se casar com Bruce, mas a necessidade obrigou-lhe a fazer esse sacrifício. Havia alguns requisitos que ela precisava ter para esse casamento, tais como ser submissa e virgem, ela possuía apenas...