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— Por onde começamos? — Susan questionou, dirigindo para longe do hotel.

— Ele não abre o escritório aos sábados, então o melhor seria vigiá-lo de casa até ele sair para algum lugar e então o seguimos.

— Certo. Vamos espreitá-lo.

As duas passaram em uma sorveteria e compraram dois potes de sorvete e seguiram para a esquina da casa de Bruce. Comiam enquanto vigiavam a casa silenciosa. O casamento deveria estar sendo preparado na igreja por Ruby Turner, mãe de Bruce, que nunca deixou que ela escolhesse ou opinasse em nada, embora nunca tenha feito questão.

Eva se deliciava com o sorvete de frutas vermelhas, seu favorito, quando jurou:

— Aquele filho da puta nunca mais irá me proibir de comer nada.

— Você não deveria ter aceitado tanta coisa. — Susan disse, comendo seu sabor preferido, nozes.

— Eu fui burra por não desconfiar, mas infelizmente enquanto eu estava nas mãos dele, tinha que fazer isso pela minha mãe, eu assinei uma droga de contrato que eu deveria ser submissa.

— E virgem, mas você quebrou essa parte do contrato. — Susan gargalhou e Eva também o fez.

— Ele nunca iria descobrir a menos que realizasse um exame. Eu me mataria antes que ele me obrigasse a transar com ele. 

— Eu também faria se estivesse no seu lugar.

— Mas não pense que eu fui sempre submissa, no início sim, mas depois de algumas semanas eu me cansei e comecei a enfrentá-lo.

— Você fez isso?

— Fiz, a primeira vez foi na noite em que conheci o Timber, ele me bateu. Lembra que te falei sobre ele me deixar sozinha em uma estrada? Foi porque o respondi como o imbecil que ele era.

— Te amo Evangelinne! Minha garota não é tonta cem por cento do tempo e tenho vontade de matar aquele desgraçado por ter te batido.

— Isso foi uma crítica ou elogio? E não me chame de Evangelinne, odeio esse nome! — Eva disse em tom descontraído e Susan fingiu estar pensando na resposta — Mas agora tudo vai mudar. Eu quero ter certeza do que está acontecendo e me livrar dessa família de fanáticos de uma vez.

— E correr para os braços do seu Nova Espécie gostoso?

— Sim, será a primeira coisa que farei. — Eva suspirou, se imaginado com ele novamente.

— É tão bom assim? Digo, estar com ele?

— É maravilhoso! Timber é gentil, amável, engraçado e me elogia de todas as formas, adivinha o que? Ele me acha bonita e sente desejo pelo meu corpo assim como ele é, cheio de curvas extras, gordurinhas e estrias. — seu peito se encheu de calor ao pronunciar essas palavras.

— Eu também sempre te achei linda e gostosa. — piscou.

— Você não conta!

— Mas de verdade, como você está?

— Não tem uma palavra certa que defina meu estado de espírito. Então vou dar minha resposta automática. Eu estou bem.

— Comigo não funciona.

— Tudo bem. Eu não estou bem. — automaticamente seus olhos queimaram com lágrimas.

— Você está sentindo muita falta do homem lobo. — a amiga não perguntou, afirmou.

Eva hesitou, mordeu o lábio e virou o rosto para a janela, tentando segurar as lágrimas.

— Não consigo esconder nada de você. Sinto a falta dele o tempo todo e isso não é novidade para você. — uma lágrima rolou  — Sinto tanta falta que dói. — a última frase saiu num fio de voz.

4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora