4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)

EPÍLOGO

— Timber? — Eva o chamou quando saiu do banheiro, estava tomando banho e o encontrou olhando de forma hipnotizada para os três filhotes deitados nos pequenos berços perto da cama de casal.

Ele não se moveu quando ela chamou, então ela se aproximou dele e tocou seu ombro, o macho se assustou e levantou a cabeça.

— Desculpe. Eu sou encantado por eles. — Timber disse e Eva sorriu radiante.

— Eu entendo, eu também sou tão apaixonada por eles. Tenho medo deles não estarem respirando, fico preocupada se estão com frio...

— Se estão confortáveis, com fome, com dor. — ele completou, compartilhando das mesmas preocupações que sua companheira.

— Quanto a fome, dor e desconforto, acho que já descobrimos a linguagem deles, berros e mais berros de choro. — Eva sorriu.

— Ainda bem que estamos dando conta de tudo, no geral eles são tranquilos, quando estávamos vendo vídeos de bebês enquanto eles ainda estavam na barriga, nos preparamos psicologicamente para situações piores, você se lembra? — Timber lembrou-a.

— Como poderia esquecer? Foram momentos tensos imaginando o futuro mas tão especial. — ela lembrou também.

— Você está bem? — ele perguntou a ela, se virando e segurando seu rosto.

— Estou muito bem e você? — Eva respondeu. O olhar dele sempre a fazia se sentir amada.

— Eu estou muito feliz, eu sou o macho mais feliz do mundo. — ele deu um enorme sorriso.

— E eu sou a mulher mais feliz do mundo. Eu te amo. — declarou ela.

— Eu também amo você, mais do que tudo. Você e nossos filhotes. — ele segurou as mãos dela e beijou cada uma várias vezes. 

— Você gostaria de ir tomar seu banho? — ela ofereceu.

Eles revezavam para tomar banho e realizar necessidades do dia a dia, cada um ficava de olho nos bebês e depois disso ficavam juntos na cama. Eva ignorou qualquer pessoa que disse para ela que as crianças ficariam mal acostumadas com isso, eles amavam estar com eles na cama e era o melhor momento do dia.

— Eu vou e me espera, eu os colocarei na nossa cama. — ele deu uma última olhada para o berço e depois beijou os lábios de sua companheira e foi para o banheiro.

— Eu te amo. Muito. Tanto. — ela sussurrou tão baixinho quando ele entrou no banheiro que tinha certeza que ele não ouviria.

Então logo ouviu o barulho do chuveiro, Eton começou a se mexer, eles escolheram esse nome porque ela de alguma maneira admirava as águias e o nome significava "rápido como uma águia". Ela pegou o bebê assim que ele soltou um leve choro.

— Vem cá meu amorzinho. — murmurou para seu filho que foi o primeiro a nascer.

Os três haviam nascido de um parto cesárea há um mês e meio. Estavam fazendo quarenta e cinco dias naquela noite. Eva se sentia perfeitamente bem, radiante de felicidade, vivendo um sonho e tinha toda ajuda possível, principalmente do seu companheiro que estava disponível para ela e seus filhotes cem por cento do tempo, sendo o melhor pai e companheiro do mundo e também de alguns amigos próximos.

Ela se sentou na poltrona próxima ao berço com um dos seus filhos nos braços, retirou um seio e colocou na boquinha pequena que sugou de imediato seu alimento. Ela sorriu com a sensação, no início foi difícil, sentiu muita dor para amamentar, os bicos dos seus seios racharam e sangraram, ela chorava todas as vezes que precisava alimentar seus bebês e não conseguia aguentar muito tempo.