4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)

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Timber grunhiu baixo quando se passaram mais de quarenta minutos e Eva não apareceu. Seu coração estava agitado, seu corpo formigava pelo anseio de segurá-la em seus braços novamente. O cheiro dela ainda se fazia presente em sua mente e seu corpo desesperadamente a queria.

Ele gritou que ela era dele e ela negou, queria uivar de frustracao e raiva. Eva não pertencia ao macho humano, ela era dele. Lembrou-se das palavras de seu amigo Brute mais cedo dizendo que ele estava fora de controle e ele sabia que Brute tinha razão, entretanto simplesmente não conseguia controlar sua possessividade quando se tratava de Eva.

Seu gosto e a sensação dela em seus braços o fez sentir coisas estranhas e profundas, coisas que ele jamais experimentou e sabia que essa era a sensação que Tyger, Hook e outros machos acasalados sentiram.

Eva...

Não sabia se quer onde estava localizada sua casa, mas não a poria em problemas procurando-a por todos os lados, sabia que sua relação com o macho humano não era por vontade própria e aos poucos, iria ganhando sua confiança, dando seu espaço, até que ela se sentisse bem em contar para ele seus motivos, assim, poderia ajudá-la.

Ele se segurou para não socar o volante, estava ficando impaciente e enfurecido. Ela não viria? Em seguida, rosnou quando a visão dela correndo apareceu no início da rua, ele rapidamente abriu a porta por dentro e Eva entrou, com a respiração ofegante. Ela havia tomado banho e passado um perfume que ele reconheceu ser de morango, ele adorou o cheiro, era novo.

Ele se inclinou para beijá-la, feliz que ela estava ali, esquecendo completamente que ela demorou, jamais cobraria isso dela ou ficaria chateado com sua fêmea, com certeza ela teve seus motivos, mas grunhiu desgostoso quando ela ergueu a mão impedindo-o de selar seus lábios.

— Eu quero beijá-la. — ele rosnou, com voz rouca.

Ela choramingou.

— Eu também quero, muito. Mas não podemos mais nos ver e não tem mais volta, acabou seja lá o que for isso que temos. — ela soltou de uma vez.

Timber rosnou forte, assustador e furioso. Eva se encolheu ante o som e as narinas dele se alargaram, seu olhar raivoso suavizou de imediato quando sentiu o cheiro de medo nela.

— Me desculpe, eu assustei você. — disse ele, colocando gentilmente as mãos nas coxas dela — Eu nunca, nunca machucaria você, não tenha medo de mim. — o cheiro de medo que sentiu nela o fez se sentir miserável.

— Você está com muita raiva. Eu sinto muito, mas é assim que tem que ser. — ela murmurou, abatida. 

— Por que, Eva? — Timber questionou, indignado.

— Simplesmente não podemos mais, é muito arriscado e por mais que eu queira você, somente você, desesperadamente você, eu não posso querer. — os olhos dela se encheram de lágrimas e ela finalmente as deixou rolar.

Sabia que poderia chorar na frente de Timber, que ele jamais usaria isso contra ela posteriormente.

— Você está chorando. Está triste. Sinto sua dor. Por que não me deixa ajudar? Fale-me o motivo e eu conseguirei uma solução.

— Você pode me ajudar. Descubra qual dos machos Nova Espécie se relacionou com uma mulher do coral da igreja do pastor Teddy Turner Mason chamada Vivian Bennett. Ela está em perigo.

— Por ter se relacionado com um dos nossos machos?

— Sim. Ela está em poder de algum grupo anti-espécie, eles planejam sentenciá-la de alguma maneira, ouvi dizer que até mesmo irão matá-la na frente das outras para servir como exemplo. Você precisa fazer isso para mim, eu imploro, ajude essa mulher. — Eva implorou.