15

13.1K 1.5K 135
                                    

Eva sentiu-se imediatamente fria e perdida no caminho de volta, a voz sexy e rouca de Timber depois de terem feito sexo alucinante no carro ainda ecoava em seus ouvidos e a expressão que derretia seu coração ainda estaria presente em sua mente por muito tempo. Não queria deixá-lo, no entanto, era necessário. Quando entrou em casa, trancou a porta e correu para seu quarto, lágrimas deslizaram de seus olhos, permitindo-se desabar no colchão de sua cama. Soluçou até dormir, nunca pensou que sentiria uma tristeza tão profunda, ainda não sabia o nome do sentimento que tinha por Timber, sabia porém que era muito forte e que seu coração estava em cacos.

* * * *

Timber ainda estava com seu zíper aberto dentro do carro, sentia-se atordoado e sem saber o que faria dali em diante, o cheiro da fêmea o atormentava e atormentaria por muito tempo, nunca esqueceria. Seu peito estava dolorido e a fúria preenchia suas veias. Arrumou o membro semi ereto dentro da calça e deu partida no carro, seguindo de volta para Homeland.

Eva se foi.

Ele queria correr atrás dela e pegá-la, ela era sua, mas não tinha certeza se o sentimento era mútuo, era quase certo para ele que não. Ela gostava do seu toque, talvez fosse apenas isso, ele já havia feito sexo casual muitas vezes e doía pensar que era apenas isso para a fêmea por quem tinha fortes sentimentos.

Entrou em Homeland ignorando alguns humanos imbecis nos portões, haviam poucos mas eles simplesmente nunca se cansavam? Revezavam entre si apenas para ficarem lá, jogando palavras feias para eles.

Acenou para Smolk e outros machos, que estava fazendo a ronda nos muros e alguns metros adiante estacionou o carro, desceu e passou pela entrada do prédio masculino sem se quer cumprimentar qualquer um dos machos que pareciam distraídos jogando um jogo qualquer em uma grande televisão.

Apertou o botão do elevador e rosnou quando Brute entrou junto.

— O que aconteceu? Você parece mal. — o grande macho felino indagou.

— Não quero falar sobre isso.

— É uma fêmea humana. Compartilhou sexo. O cheiro dela está por toda parte em você.

— Sim. Ela me deixou. — Timber admitiu amoado.

— Aquela por quem admtiu ter sentimentos e querer torná-la sua companheira?

— Sim. — ele grunhiu, sentindo que falar sobre o assunto era ainda pior.

— Ela te rejeitou? Digo, ser sua companheira, porque seu corpo eu já sei que aceitou. — as narinas do macho se movimentaram.

— Ela tem um status com um macho humano. — pensar nisso era como um golpe forte no estômago.

— Você disse que havia sido o único macho com quem ela compartilhou sexo. — Brute parecia confuso.

— E fui, mas por algum motivo ela precisa se casar com o maldito humano, eu tentei que ela me deixasse ajudar, mas ela disse adeus. Sinto dor. — Timber colocou a mão no peito, nunca havia sentido nada parecido.

Brute fez uma careta.

— Eu nunca quero tomar uma companheira se significa que ficarei assim. Você é o segundo que eu consolo hoje, você encontrou Zest por aí? Ele está desolado porque a humana dele disse coisas para machucá-lo.

— Eu não o encontrei. — Timber murmurou.

O elevador se abriu e Brute o seguiu para seu apartamento, as vezes era ranzinza mas era um bom amigo e não deixaria Timber sozinho naquele momento, assim como fez com Zest mais cedo.

Timber destrancou a porta, entrou e se jogou no sofá, arrancando sua camisa e cheirando-a. Brute fechou a porta atrás dele e sentou no chão, em frente a ele.

4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora