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Eva estava pronta para ir visitar algumas casas com Timber. Era por volta das onze da manhã e seu companheiro estava tomando banho enquanto ela preparava alguns sanduíches na cozinha. Susan estava dormindo um pouco no quarto do hospedes e Eva não quis acorda-la para contar as novidades pois ela sabia que Susan demorou a dormir de tão ansiosa.

A campainha do apartamento soou e ela secou as mãos rapidamente antes de correr até lá. Olhou pelo olho mágico e avistou Brute de pé do outro lado, se afastou e abriu a porta.

— Olá, Brute. Entre. — disse ela com um sorriso, dando passagem a ele.

— Olá. Gostaria de falar com o Timber. — Brute disse quando entrou e Eva fechou a porta atrás dele.

— Ele está no banho mas já deve estar terminando, senta um pouco. — gesticulou para o sofá.

— Eu volto outro dia. — Brute resmungou e começou a ir e direção a porta.

Eva sabia que ele e Timber ainda estavam brigados e se Brute estava procurando o amigo, era uma coisa boa, queria muito que seu companheiro fizesse as pazes com ele.

— Quer um sanduíche? É de frango com bacon e queijo, o Timber ama, acabei de fazer alguns. — ofereceu e observou o nariz do macho felino se movimentar.

O estômago dele roncou e ele então não resistiu.

— Eu vou aceitar. Estou com fome. — assentiu e ela sorriu, feliz por ele ter aceitado.

— Vou pegar, só um instante. Sente-se.  

Eva foi até a cozinha e colocou dois sanduíches em um prato, em seguida encheu um copo com suco de laranja e levou para ele na sala. Ela tentou não encará-lo muito, mas algo a estava incomodando e decidiu perguntar, mas antes de abrir a boca, Brute falou primeiro. 

— Pode perguntar ou falar o que quer. — a voz dele estava rouca quando deu uma mordida no sanduíche.  

Ela ficou um pouco corada mas limpou a garganta e foi franca. 

— Por que exatamente você e o Timber brigaram? — sentou-se no sofá em frente ao que ele estava.

— Eu falei coisas desagradáveis sobre companheiras humanas. — resmungou.

— Especificamente de mim? — indagou.

— Sim. — Brute parecia acanhado naquele momento.

— Eu peço desculpas. — Eva disse, pegando ele de surpresa — Eu não queria que ele brigasse com seu melhor amigo por minha causa. Jamais foi minha intenção. Eu sinto muito. — e ela realmente se sentia culpada.

— Nós não chegamos a entrar em uma briga corporal, mas teria sido justificado se ele tivesse me batido. Eu falei mal de uma companheira humana, ele entendeu como insulto a companheira dele. — o macho explicou.

— Ah. — Eva murmurou — Vocês estavam alterados, certo? Estava acontecendo um monte de coisas.

— Ele seria capaz de ferir qualquer pessoa por você, até mesmo seu melhor amigo. — Brute ainda se ressentia um pouco. Não entendia o sentimento forte de uma ligação de companheiros.

— Eu jamais quero isso Brute. Eu não quero que ele se afaste das pessoas que ele já conhecia antes de mim, que fique agressivo com elas ou qualquer coisa por minha culpa. 

— Eu aprendi vendo os meus amigos, que quando se acasala com uma fêmea humana,  que eles vão sempre recorrer a violência se acreditam que há qualquer perigo para suas companheiras. Ele quase a perdeu e tenho certeza que no fundo se preocupa que você possa deixá-lo de novo. Você se tornou o ar dele, eu vi como ele ficou quando você o rejeitou antes e eu senti raiva de você, confesso e vê-lo desesperado por vingança mesmo já tendo você de volta, me deixou impaciente.

4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora