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Timber e mais um grupo de outros quatro Nova Espécies estavam sentados à mesa de um bar restaurante próximo a reserva, sempre visitavam o local quando queriam sair um pouco para fora dos grandes muros para espairecer ou quando tinham um encontro com alguma fêmea humana.

Naquele dia específico, Timber estava lá porque um dia antes havia descoberto graças a um membro da força tarefa humana, um aplicativo de namoro, no qual ele selecionava a mulher que lhe agradasse e se ela o escolhesse de volta, poderiam conversar por mensagens ou áudios e decidir se iriam se encontrar pessoalmente ou não.

O homem humano no entanto o aconselhou a não colocar sua foto real para o acaso de ser atraído para alguma armadilha, então ele apenas colocou uma foto do animal que possuía em seu DNA, um lobo.

No dia seguinte ele já tinha um encontro, estava ansioso, poderia estar indo para conhecer sua futura companheira e mãe dos seus filhotes, era o seu maior desejo encontrar uma fêmea que o amasse tanto quanto as companheiras de seus amigos espécies o amavam.

Ele já chegara a gostar e se sentir atraído por alguma fêmea humana com quem compartilhou sexo, mas nada parecido com o que os machos acasalados sentiam e demostravam por suas fêmeas.

Timber acreditava que os outros machos que encontraram companheiras foram sortudos, os invejava porque com ele sempre fora pelo sexo, pela fama que eles tinham de serem bem dotados e adorarem dar prazer as mulheres com quem dormiam, ele acabou descobrindo também que a maioria das humanas com quem dormiu, tinham compromissos com machos humanos, mas nunca se sentiu possessivo a ponto de querer lutar por nenhuma e seu maior desejo era ter isso algum dia.

No entanto, naquele dia, estava otimista, porque seus instintos diziam que ele encontraria sua companheira. Ele tinha gravado todos os traços da foto que a fêmea mandou para ele, ela era uma bela humana, mas no fundo tinha medo da rejeição, porque não havia tido coragem até então de dizer a ela pelas mensagens que ele era Nova Espécie.

Ele havia chegado uma hora mais cedo, três dos Novas Espécies que estavam com ele se espelharam pelo bar, ele também tinha alguns cercando a área a alguns perímetros, toda vez que saiam pelos portões, era necessário toda uma segurança, mesmo que suas presenças naquele bar fosse recorrente e que o dono e maioria das pessoas que o frequentavam estavam cientes deles e não os odiavam.

O único que ficou ao seu lado na mesa foi Zest, sentiu o macho encarando-o com olhar de julgamento.

— Pare de me olhar assim. — Timber grunhiu levemente.

— Deveria ter dito que era Nova Espécie. — Zest repetiu o que vinha falando ao longo do dia desde que Timber anunciou que teria um encontro.

— Não. É melhor assim.

— É melhor assim? Tudo que não precisamos é uma fêmea gritando de medo assim que te ver.

— Eu sou assustador assim? — Timber fez uma carranca.

— Todos nós aparentamos ser, apenas por sermos Novas Espécies, ela deveria estar preparada.

— Estou otimista, mas se ela não gostar de mim, ficarei bem. — o macho deu de ombros.

— Está tão desesperado assim para conseguir uma companheira? Ela pode ser anti-espécie, irá magoá-lo.

— Talvez magoe. Mas não estou desesperado. Invejo os nossos machos que tem uma companheira. Fêmeas humanas são pequenas, macias, carinhosas e gostam de serem mimadas. Ela até reclamaria se eu quisesse levá-la nos braços para qualquer lugar, mas eu a manteria lá e ela iria gostar. Eu serei um bom companheiro. — o coração do macho queimou com o sentimento.

4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora