Na época da escola Akira Aikyo nunca foi boa em socializar com as pessoas, nunca foi boa em se comunicar. Mas Akira sempre havia sido boa em tirar fotos. E aquela sempre tinha sido sua melhor forma de se expressar.
Anos depois, Akira se tornou uma d...
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Não conseguia parar de pensar naquela boca. Caralho, foi difícil demais dormir depois de ter beijado Mitsuya daquele jeito. Eu realmente não queria que ele tivesse ido embora, mas estávamos nós dois completamente molhados por conta da chuva, então não tivemos outra opção que não cada um ir para sua casa. Claro que passamos um bom tempo nos beijando no meio do rua, no meio da chuva, como se nada além disso importasse e, sendo sincera? Não importava mesmo.
Deus, o efeito que esse homem tinha em mim era simplesmente surreal! Eu parecia uma adolescente idiota descobrindo o que é se apaixonar. Mas, ah, sim, eu não me arrependia nem por um instante de ter beijado Takashi na noite passada. Não é como se eu já não quisesse ter feito isso há um bom, bom tempo.
Não era apenas por Mitsuya ser bonito, mas sim por ele ser quem ele era. Amoroso, carinhoso e gentil, eu realmente tinha me apaixonado por cada parte de Takashi, até mesmo as que me irritavam às vezes, como por exemplo o fato dele estar sempre se mantendo calmo, mesmo nos momentos em que tudo o que eu mais quero é surtar! Bom, o lado positivo é que temos alguém estruturado nessa relação.
Eu me virei de um lado para o outro na cama, sem vontade de sair dali e, ao mesmo tempo, sem vontade de ficar. Era um domingo de tarde e estava chovendo tanto que parecia que o mundo ia cair. Estava completamente sozinha na minha casa, sem vontade de ir até a casa de Hakkai e Yuzuha. Eu preferia ficar na minha cama, suspirando como uma imbecil apaixonada.
Percebi que eu não teria a tarde inteira para ficar sozinha quando escutei baterem na porta. Torci o nariz e me levantei, provavelmente era Yuzuha vindo encher meu saco porque eu disse que não iria sair com ela. Às vezes eu queria dar dois tapas em Yuzuha por ser assim!
Eu estava vestindo por cima da minha roupa íntima apenas uma camiseta comprida que ia até metade da minha coxa, mas não fiz questão de trocar de roupa, afinal, Yuzuha já tinha me visto até pelada, então, que diferença faria? E meus planos eram de ficar o dia inteiro largada na cama vendo filmes horríveis de romance!
Mas percebi o quão equivocada eu estava quando abri a porta e, sim, eu arregalei meus olhos quando me deparei com aqueles olhos lavanda me encarando. Mitsuya me analisou antes de arquear a sobrancelha para mim e abrir um sorrisinho.
-Não diz nada!- eu reclamei sentindo minhas bochechas pegarem fogo. -Você podia pelo menos ter avisado, eu tô parecendo um bicho que acabou de sair da toca!
Takashi deu risada e se inclinou na minha direção, beijando meus lábios com suavidade. Ele segurou meu rosto em suas mãos, fazendo uma carícia suave na minha bochecha que me fez fechar os olhos por um instante.
-Você fica linda de qualquer jeito, Akira.- ele disse me olhando e, sim, isso me fez abrir um sorriso de idiota.
-Vou acreditar na mentira.- eu disse e Takashi deu risada.
-Não é mentira.- ele falou me beliscando de leve, uma provocação. Torci o nariz.
-Eu vou me trocar, espera um pouco. - eu disse dando as costas para ir em direção ao meu quarto, mas Takashi me segurou e me puxou de volta para ele.
-Você sabe que não precisa fazer nada disso, não é?- ele disse descendo a boca até o meu pescoço e beijando com carinho, fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem. Acabei soltando um suspiro, o que fez Takashi rir e eu me virar para o dar um tapa de leve no ombro.
-Isso é culpa sua, sabia?- eu reclamei enquanto ele me puxava para mais perto de si. Deixei que meus dedos afundassem no cabelo dele, fazendo uma carícia suave ali, e olhei os olhos lavanda de Mitsuya. Ele sorriu para mim
-Isso o que? Eu nem fiz nada.- ele disse piscando os olhos de forma inocente, mas de inocente ele não tinha nada.
-Você fez eu me apaixonar por você. - eu resmunguei e Takashi sorriu, aproximando o rosto do meu.
-Eu poderia dizer o mesmo.- ele riu e, antes mesmo que eu pudesse dizer mais alguma coisa, a boca dele já estava contra a minha.
Apenas aquilo já era o suficiente para fazer meu coração bater loucamente dentro do peito e meu estômago ir parar no teto.
As mãos de Takashi deslizaram pelas minhas costas e ele me puxou delicadamente para perto de si, grudando ainda mais nossos corpos enquanto sua língua percorria a minha com uma calma até mesmo provocante.
Quando ficamos os dois completamente sem ar, nos afastamos, apenas o suficiente para nos encararmos. Levei uma mão até a bochecha dele e acariciei de leve.
-Tô apaixonado por você. - Mitsuya disse cutucando minha barriga e me fazendo rir.
-Não sei porquê. - eu disse roçando minha boca na dele.
-Eu seria um idiota se não estivesse.- ele disse arqueando a sobrancelha e eu ri.
Takashi me puxou para mais perto de si, afastando meu cabelo e descendo a boca até meu pescoço.
A boca dele contra minha pele era quente e macia e eu não conseguia me concentrar em nada que não nele distribuindo beijos leves pela minha pele exposta. Eu apenas fechei os olhos com força, levando uma das mãos até a nuca dele, meus dedos entrelaçando no cabelo de Mitsuya.
Ele se afastou um pouco de mim, respirando tão pesadamente quanto eu. Mitsuya me olhou com aqueles olhos lavanda e abriu um sorriso para mim, aquele sorriso que sempre me fazia perder completamente todas as minhas estruturas.
Takashi levou uma mão até minha bochecha, acariciando com um carinho que ninguém jamais tinha demonstrado por mim antes. Mas ninguém tinha me tratado da forma que ele fazia antes, ninguém tinha feito meu coração bater tão forte assim antes. Porra... Eu realmente estava apaixonada por ele.
-Namora comigo?- ele perguntou e eu dei risada, o puxando para mais perto de mim e o abraçando com força.
-Ainda precisa perguntar?
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