Capítulo 26

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POV CALLIOPE

Coloco minhas mãos em sua nuca e a puxo dando selinhos por todo o seu rosto a fazendo gargalhar alto.

CONTINUAÇÃO

-Você sentiu isso? -Pergunta Arizona colocando a mão no meio da minha cara me fazendo parar de beijá-la.

-Romântica como sempre -Digo revirando os olhos -Sentiu o quê maluca? -Pergunto.

-Tá chuviscando -Diz ela.

-Não tá nã -Paro ao sentir um pingo de água cair no meu braço e logo em seguida começar a chover forte -Tá chovendo -Constato.

-Jesus, obrigado por dizer o óbvio -Diz dando um tapinha na minha testa.

Juntas começamos a olhar para cima aproveitando a água gelada caindo em nossos corpos enquanto sentimos a chuva forte agredir nossa pele.

-Tá ficando frio demais -Digo parando o balanço e esfregando minhas mãos nos meus braços.

-Se quiser, podemos ir pro apartamento e eu te esquento -Diz sugestiva e saindo do meu colo correndo.

-Você não presta -Digo rindo.

-E você muito menos -Retruca e eu só concordo com um aceno de cabeça fazendo ela rir -

-Vem cá -Digo me levantando e puxando ela, enlaço seus braços ao redor do meu pescoço e coloco os meus em sua cintura.

-Achei que você estivesse com frio -Diz.

-E estou, mas o banho quente pode esperar um pouco. Imagine a música mais boiola e gay que existe.

-Estilo Ed. Sheeran ou AnaVitória? -Pergunta.

-A que você desejar pra esse momento -Digo começando a mover nossos corpos.

-Amor, quando nosso vinho amargar ou perder o sabor -Começa.

-Uou, essa é pra quebrar o coração mesmo -Digo e ela rir.

-Quando a maquiagem borrar e as fotos perderem a cor.

-Tu ainda vai querer me aquecer quando não me restar nem calor? -Canto e ergo os braços dela fazendo a girar e voltar para perto de mim.

-E quando cigarro apagar vai ter válido a pena as cinzas e o frescor?

-Quando a nossa música tocar, tu ainda vai lembrar do ritmo?

-Quando o mundo me machucar tu ainda vai querer curar minha dor? -Canta e fecha os olhos se agarrando um pouco mais a mim.

-Tua voz e tua respiração são meus sons preferidos, mas, quando eu esquecer de viver teu olhar ainda vai me lembrar quem eu sou? -Canto no ouvido dela por ela estar quase abraçada a mim.

-Ainda vai querer acordar com meu toque e minha voz no ouvido? Tua vida ainda vai ter sentido se a nossa for tudo o que te sobrou? -Sussurra no meu ouvido.

-Quando chegar o cansaço meu abraço ainda vai ser teu abrigo?

-Mas, quando a vida acabar ainda vai querer ir pro mesmo lugar onde eu vou? -Canta olhando nos meus olhos mas logo depois para e desvia o olhar -Melhor irmos, a chuva tá piorando -Diz puxando minha mão -Você vai acabar ficando doente.

-Por algumas pessoas vale a pena -Digo.

Ela se vira pra mim e sorrir, acaba vindo na minha direção e me encosta na árvore que estava atrás de mim e me beija. Seus lábios são delicados e tão macios quanto pluma, beijar Arizona é como beijar uma nuvem ou algodão doce, só que quem se derrete na boca dela sou eu, sinto sua língua invadir minha boca ao mesmo tempo que sinto a água fria pingar de sua franja para o meu ombro me fazendo arrepiar no mesmo instante em que sua língua encontra a minha. Chupo sua língua arrastando meus dentes delicadamente por ela e depois volto a beijar deixando uma mordiscada no seu lábio inferior e terminado o beijo com um selinho ouvindo ela soltar um gemidinho fraco.

-Por deus, pq você tem que fazer isso tão bem? -Pergunta e eu sorrio envergonhada.

-Melhor irmos -Digo pegando a bicicleta e subindo nela (N/A- Subindo na bicicleta, seus pervertidos) -Vem -Digo e ela se segura nas minhas costas subindo na bicicleta -Segura bem ein -Digo quando estamos bem na beira da montanha.

-Não tem como sair viva disso, puta que pariu -Diz se agarrando mais a mim.

-SE SEGURAAA -Grito e empurro a bicicleta montanha a baixo enquanto gritamos rindo loucamente de despero. Passamos pela taberna onde conheci Addison e a vejo sentada em uma poltrona perto da janela olhando para fora -TCHAU ADDIE, QUERO CONHECER SEUS CAVALOS -Grito assim que passamos em frente a taberna.

-VOCÊ PARECE BEM DOIDA, MAS QUE SE FODA, VOCÊ É LEGAL PRA CARALHO -Grita ela rindo e fazendo tanto eu quanto Arizona rirmos assim que passamos igual um furacão por ela.

-Esse foi um dos melhores dias da minha vida -Digo a Arizona assim que chegamos a estrada do park perto de nossa casa.

-Callie, por pior que a vida fique, sempre tem um lado bom, você só precisa se concentrar nisso -Diz enquanto acaricia minha costa.

-Eu sei que existem dias bons, você sempre me mostra isso Zona, obrigado -Digo pedalando mais rápido por estarmos bem perto do apartamento.

-Pequenos momentos têm grandes significados, Calliope -Diz quando chegamos em frente ao prédio e vamos direto ao elevador.

-O que isso quer dizer? -Pergunto franzindo o cenho e apertando o botão do nosso andar.

-Quer dizer que tudo tem uma razão, por menor que seja, se existe uma rocha bem forte e todo dia pinga água nela bem no mesmo lugar, ainda que a água seja "fraca" a rocha é furada, tudo acontece por um motivo e toda ação tem uma reação assim como todo quebra-cabeça tem um encaixe. Pequenos momentos, grandes significados! -Me explica.

-Você vai ser uma ótima psicóloga -Digo por fim enquanto caminhamos pelo corredor em direção ao meu apartamento.

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