you belong to Brahms

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Sétimo capítulo: you are mine

    Assim que fecho a porta do quarto encosto minha cabeça naquela madeira, respiro firmemente e vou correndo procurar por Malcom,desço  até aquele porão maldito, o vejo no chão ,vou esperançosa a seu encontro e o tiro de  bruços,  há uma quantidade relativa de sangue no chão mas quando o  viro seus olhos já estão sem vida, lágrimas incessantes correm por meu rosto...culpa.. não se trata só de tristeza ,eu sei que a culpa foi minha, eu me desabo a chorar.
-" desculpa Malcom!! por favor me desculpa !!!!"-eu gritava e o abraçava,  toda vez que eu olhava para ele mais lágrimas caiam sem parar, fiquei um bom tempo ali com ele pedindo perdão.
implorando pelo perdão dele, mesmo sabendo que ele não iria responder, não preciso nem olhar para o lado para saber que Brahms não estava dormindo e sim me olhando atentamente,seus olhos estavam vibrados em mim eu podia sentir ,mais me recuso a olha-lo,eu não me importo  com sua presença ali do lado, tenho coisas mais importantes para me preocupar à minha frente,me recomponho e me levanto, quando eu me viro para sair ele já não está mais lá ,subo as escadas silenciosamente  para o meu quarto ,durante a noite  se eu disser que dormi dez minutos vai ser exagero,passei a noite inteira pensando no que iria fazer, não tenho dinheiro algum além do que ganhei aqui ,mas ele não é suficiente para sobreviver, o carro de Henry está lá fora essa é minha única chance de sair .

quando era umas seis horas da manhã cansei de ficar no quarto, sai e fui ver se brahms estava acordado, Assim que abri a porta do seu quarto vejo que o mesmo está dormindo ,uma oportunidade perfeita e única , desço devagar com cuidado pisando calculadamente na madeira dos degrais rezando para que elas não fizessem barulho, assim que consigo chegar no primeiro andar vou direto para sala, mas Henry não está mais no chão, seu corpo foi movido ,desço até o porão e o de Malcom também, deve ter sido brahms, a chave estava no bolso de Henry , ótimo...não à carro para fugir.

Penso em ir a pé  andando por quatro horas no inverno mais sei que morrerei de frio ou mastigada por algum lobo, os heelshire morram no meio do nada, o vizinho mais próximo  era malcom e ele se foi .

Não  há  como fugir sem correr o risco de morrer,e a idéia  de ficar ainda é  bem assustadora mais não  tem o que eu fazer,se ligo  para a polícia vai chamar  muita atenção  e os amigos de henry podem vir ao meu encontro.

Me sento na poltrona da sala olhando aquela mancha vermelha gigantesca no tapete que segue aos chapiscos na parede e em alguns móveis,eu jamais imaginei que apenas uma garganta  cortada faz essa sujeira,fico algum tempo pensando seriamente.
E decido ficar,esperar o clima baixar e brahms relaxar e fugir no verão....só uns dois meses,é um tempo considerável.

Tomo um suspiro fundo e vou à cozinha fazer o almoço,cortei diversos  legumes e carne e fiz um almoço  digno de um rei, achei melhor comer sozinha pois deve ser estranho fazer isso na frente daquele grande homem,assim que termino de comer fico encarando aquela mancha no tapete,ela ja está  me incomodando,pego alguns  utensílios  de limpeza e começo a esfregar avidamente,a espuma auxilia e vai ficando vermelha, esfrego com a força do Ódio toda aquela mancha, sou tirada de meus pensamentos quando Brahms desce as escadas ainda afobado e quando me olha sua expressão parece relaxar.
-" Bom Dia Brahms, a sua comida esta em cima da mesa"- digo voltando a esfregar ,ele ainda meio travado fica alguns segundos encarando e depois vai para cozinha ,depois de uma meia hora  acabo desistindo do tapete, a mancha é  imensa e não saia ,então enrolo ele e tento levanta-lo mais o mesmo é muito pesado, brahms passou o tempo todo me encarando sentado era até engraçado ver ele todo imenso e comportado numa poltrona pequena.
-"  você pode me ajudar?"- pergunto ainda meio desconfiada afinal não  sei o que esperar dele.
-"sim mina...quero  ajudar você"- ele diz meio envergonhado,o que no minimo é  estranho e  até  hilário ,  foi esse cara que matou duas pessoas na minha frente ?
-" pega esse tapete por favor, precisamos levar lá fora"-falo  me alongando depois de ficar tanto tempo de joelhos,brahms  vem até perto  mim o que me deixa no mínimo aflita e pega o tapete  em seus braços  como se pesasse nada,o acompanho até  lá   fora para colocarmos o tapete num depósito afastado que tinha uma grande lareira , após  colocarmos fogo no tapete voltamos à  casa,assim que chegamos a sala principal ao olhar pro espelho pude ter a visão  de nóis dois,eu estava com sangue ao redor da cintura e respingos no rosto,estava tão  em choque que  mal percebi quanto a brahms era nítido ver  que ele precisava de um banho,além  do  suor havia sangue por toda sua camisa e suas mãos e se estou certa desde que eu cheguei aqui ele não toma banho se não  mais,só  de pensar na sujeira que ele esta me dá  arrepios.
-"brahms...."-respiro fundo pensando no que eu fui me meter, -" Você  ta coberto de sangue,precisa tomar banho"- falo com um certo resguardo, ele me olha e parece pensar um pouco e começa  a se mover para o andar de cima.
-" ta bom mina....espero Você  lá no banheiro"- ele diz com aquela voz infantil  de quem não gostou muito da idéia e esta apenas me obedecendo.

Perai.......eu? Eu vou ter que ir no banheiro ? Pra que ?,fico analisando o que aquele homem enorme e suado acabou de me falar.....vou até  lá  em cima e fico frente a porta, não  há barulho de chuveiro algum.....é sério que vou ter de lhe dar banho ?

Aceito o fato de que brahms tem uma mentalidade mais infantil  e talvez não  esteja tratando isso com malícia, tomo coragem  e abro a porta....

O momento  da bucha chegou amores🙏🙏🙏🙏🙏,
Aleluia