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Sectuagesimo  oitavo capítulo: i'm gonna find u


BRAHMS POV :

Ainda estava meio zonzo mais podia sentir passos  baixos, estavam ao redor , devagar e dolorosamente fui abrindo minhas pálpebras , meu lado esquerdo sempre foi mais debilitado mais agora esta  praticamente paralisado, as chamas me queimaram , vê-las de novo  me lembraram  do que aconteceu quando era criança, algo em mim tinha fobia daquilo, me deixava assustado  e fazia eu me sentir desprotegido, como se não importasse meu tamanho  eu ainda seria uma criança sozinha e inocente sufocada e machucada que mesmo correndo seu Maximo ficou presa entre as paredes e julgada por isso, o sentimento de mal estar ainda estava comigo.
Piscava diversas vezes  tentando me acostumar com o ambiente, minha visão estava manchada de sangue,  aos poucos  via  o sol matinal fraco e nascente que varava pelo arrombo no teto e na parede que foi consumido pelas chamas  e agora se transformou em algo cinza e escuro,minha mente era um branco total, não consegui me mexer e até mesmo meus pulmões  doíam cada vez que eu respirava,me sentia tão fraco que parecia ainda estar anestesiado, viro minha cabeça  para o lado em direção as escadas , todo o ambiente esta destruído  e as marcas das chamas estão por todas as paredes , na ponta da escada aos poucos sobe uma velha senhora que parece assustada , ela olha pra todos os lados e procurando algo,  estou tão grogue que mal a escuto.
Depois de alguns segundos seus olhos caem sobre mim, a face espantada é obvia,ela vem até mim tentando me levantar, quando ela levanta meu pescoço vejo  os corpos queimados dos homens  espalhados pela sala, foi quando caí em mim e minha cabeça voltou a se recordar do que aconteceu antes .......ONDE ESTÁ MINA ?

Junto todas as minhas forças tentando levantar , onde esta ela ?
Me desespero  e entro em pânico, me debato tentando forçar meu corpo que mal se move.

Quero falar mais não tenho como , mal enxergo o ambiente mais me forço ao Maximo para procura-lá

-‘’ calma........calma’’- a mulher colocava  sua mão em meu peito tentando fazer eu me acalmar.

Em vão

Eu estava tendo um ataque, não me perdoaria nem por um segundo se algo tivesse acontecido com ela,  eu ponho força em meu quadril e consigo me sentar, olho para todos os lados  procurando ela, lágrimas ameaçam se formar......o desespero me consome .

-‘’ ei....... se acalma, esta procurando pela mulher não é ? ela não esta aqui eu já procurei por ela’’-  o rosto daquela senhora por alguma razão era conhecido   e expressivo , ela tocava em meu rosto exposto já que minha mascara foi partida e pedaços.
Enquanto ela tentava me levantar, eu aos poucos perdia a consciência.

Eu mergulho de volta para sombras, como se pertence a própria escuridão, eu não temia a morte..... nunca sequer exitei em aceitá-la mas mesmo assim no fundo .....bem no fundo eu tinha medo, não dá viagem em sí mais do que deixaria para trás, Eu amo aquela mulher ,não faço ideia onde ela, está sou praticamente inofensivo agora ,não sirvo mais para nada, meu coração dói da ideia dela se machucar, de não poder ver seu sorriso, seu rosto pensativo, não poder ouvir sua voz e mesmo tocar em sua pele macia, nunca me senti tão mal em minha vida ,sempre me considerei inútil, estava tranquilamente bem com aquilo mas aí ela apareceu e me mostrou que o mundo é diferente do que eu imaginava, me tirou das paredes que tanto me prendiam e me trancafiou em seu coração, eu era um escravo de seu amor e me sentia completamente inundado por aquelas sentimentos.

Eu não consigo viver sem ela

eu não quero viver sem ela

jamais poderia dormir sabendo que ela não está ao meu lado.

Acordo depois de um longo tempo, Abro Meus Olhos e percebo que estou em outro lugar, não mais na mansão mas em uma simples casa, é pequena e aquecida, não fazia  ideia de como Aquela senhora conseguiu me levar  e descer todo aquele lance de escadas e muito menos me colocar nessa cama, tento olhar ao redor, aparentemente eu fui suturado e  diversas ataduras estão distribuídas pelo meu corpo, tão enfaixado  que Mal consigo mexer um dedo, vejo a velha mulher se aproximar devagar e tranquila ,em suas mãos á  um bule que pelo cheiro parece ser chá, ela se senta na cadeira de frente para cama ,coloca em um pequeno copo e tenta me dar para beber ,sem força nenhuma apenas aceito sentindo o gosto adocicado das ervas.

you belong to BrahmsOnde histórias criam vida. Descubra agora