you belong to Brahms

~ 19 ~

Décimo nono capítulo: i'm so sorry.

Enquanto eu me esperneava ,ele me dirigia até o primeiro andar,eu estava me divertindo com sua irritação,ele me ateia no sofá da sala subindo em cima de mim e me olhando feio,quando a campainha toca,Brahms me põe no chão e me olha assustado.
-''fica calmo,sobe lá em cima e eu vou atender''-comento para o confortar,assim que abro a porta á minha frente tem uma velha senhora a minha frente,seus cabelos brancos balançam com o vento e seu rosto avermelhado chamam atenção.
-''posso ajudar ?''-digo ainda meio confusa,a mais velha me olha por alguns segundos parecendo incerta.
-''sim...eu precisava falar com os heelshire''- sua voz é doce e sofrida,por meros segundos penso no que vai acontecer se os pais de Brahms nunca voltarem..
-''eu sou a governanta''- minto descaradamente,-''eles saíram para tirar férias''- a pequena senhora tem em sua face uma expressão preocupada.
-'' é importante ?,a senhora gostaria de entrar?''- falo vendo que a neve estava aumentando e estava muito frio,a mulher passa pela porta e me acompanha até a cozinha,puxo uma das cadeiras para ela se sentar.
-''eu lamento estar te atrapalhando,mais é sobre meu filho malcom,ele trabalhava aqui''-me gelo inteira,meu corpo instantaneamente se tensiona,o desespero se apossa de todo meu ser.
Luto para não transparecer nada e tento fingir custume.
-" malcom?,o que houve com ele ?"- falo cinicamente,o que houve com ele é que ele esta morto e afundado no lago à uns bons metros daqui.
A mulher não parece muito saudável e tem uma aparência muito triste.
-"eu não o vejo a dias,acho que ele esta desaparecido"- seus olhos parecem querer encher de água.
-" calma,as vezes ele vai voltar e só estava com alguns amigos"- a mentira vai deslizando em minha boca como uma cobra desliza de seu ninho.
-"você aceita um chá?"- dê pé apenas espero pelo aceno positivo da mulher.
-"malcom não era assim,ele sempre cuidou de mim e era um ótimo garoto"- é impossivel não notar sua melancolia.
-"faz um tempo que não o vejo,ele parecia bem quando me trouxe às ultimas compras"- comento me movimentando na cozinha colocando a água pra ferver.
-" quando foi a ultima vez que o viu ?"- o som da voz da velha mulher parece esperançoso.
-" fazem mais de quatro semanas eu acho"-uma irritação brota em minha garganta, aquelas menturas parecem se enrolar e se embolar em minhas cordas vocais.
Enquanto eu sirvo a chá a senhora me conta sobre malcom,ele era uma pessoa muito boa,nunca deixou de ajudar a mãe doente.
-"ele não aparece em casa faz quanto tempo ?"-falo fingidamente,eu sei quanto tempo eu vi ele sendo morto,a mulher termina a xícara de chá e derrama algumas lágrimas.
-"fazem uma três semanas,ele saio de casa pra ajudar uma garota"- meu coração palpita fraco.
-" uma garota ?"-o nó em minha faringe parece esticar e dar voltas.
-" ele me disse que estava apaixonado e nesse dia foi ajudar ela"- meu corpo todo treme,me mexo tentando não demonstrar.

Enquanto escutava as verdades cruéis de que era um monstro eu podia ver por trás dela Malcom me olhando da despensa com lágrimas nos olhos,estou para chorar ,luto para me conter,lágrimas caem dos olhos do homem morto e pálido.

Luto para desfoca-lo de minha vista.

Malcom de fato era uma ótima pessoa,era carinhoso,bondoso, nunca fez uma coisa errada na vida,ajudava as pessoas e se preocupava com os heelshire e por isso trabalhava para eles,tinha tudo pela frente e eu tirei isso dele em questão de segundos,quanto mais a mulher falava mais eu queria chorar,depois de uma meia hora ela foi embora e me deixou seu número,eu suava frio e batalhava contra o choro que não recuava de meus olhos,brahms sai das paredes e vem pra perto de mim,sua mão faz carinho no topo de minha cabeça.

Depois daquela visita inusitada eu percebi o quão ruimm eu era,alguem como Malcom morreu e eu esqueci e fiquei vivendo como se não fosse nada,sorrindo,brincando,até quase transando,eu me senti suja,uma escória.
Algo tão vergonhoso e maldoso que nem meu egoísmo conseguio ignorar,eu era um monstro de verdade.

Passei o resto da tarde séria e longe de brahms,preparei o jantar e subi pro quarto,fechei a porta e fiqueo encarando o teto,estou com ânsia,ânsia de mim mesma.
Brahms sai da escuridão e vem silenciosamente se deitar na cama,lhe dou o beijo de boa noite e me viro de costas pra ele,sinto suas mãos me segurarem,minha mente parece girar e meu estômago se auto destruir,custo para conseguir fechar os olhos e dormir.

De olhos fechados meu sono era absoleto até que sinto uma mão puxar meu pé pra quase fora da cama.....

Gente mina tá toda fodida mais não julgo.
Próximo cap eu não prometo nada 😐