Capítulo 8

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Maria;

A real foi que ninguém dormiu, fiquei até as oito da manhã tendo crise de ansiedade e pânico e ninguém bateu o olho nem por um só segundo.

Eu ainda tava na mesma posição, abraçada com o Thiago que sempre foi e sempre será o meu porto seguro.

A gente briga as vezes mas eu sei que não conseguiria viver sem ele, quem me encontrou naquele dia foi ele.

Eu tava nua, fraca e cheia de sangue pelo meu corpo. Tinha mais uns dias quinze caras com ele e o mesmo não deixou ninguém entrar, me levou pro banheiro, me deu um banho e me vestiu. Depois me levou pra uma médica e em nenhum momento saiu do meu lado, só fui ver meus pais um dia depois por causa que fiquei internada mas como eu disse, o Thiago não saiu um minuto do meu lado.

E sei que as vezes ele acha que tem culpa de algo, que não era pra ter me deixado sozinho em casa e ter ido pro baile ou deveria ter chegado antes de eu ser estuprada mas a real é que ele não tem culpa de nada.

Ás vezes quando eu tô tendo essas crises eu sinto ele chorando também, ouço ele me pedir desculpas e não sai nem se quer um minuto do meu lado, diz que ele tá do meu lado e que nunca mais vai acontecer de novo.

E ele tinha acabado de fazer isso, de me pedir desculpas e secou as lágrimas quando eu comecei a levantar.

Maria: Você não tem culpa de nada. -puxei ele pra levantar- Você me fez superar isso, Thiago. Você me deu forças, eu te amo pirralho. -ele sorriu e me abraçou enquanto beijava a minha cabeça

Eu digo isso de "superar" Por que não é sempre que essas crises veem, as vezes uma ou duas vezes ou no máximo três por mês.

Ele que me levou pra psicóloga e sempre tenta tirar isso da minha mente.

Th: Tô contigo sempre, biscoitinho.

Maria: Não gosto desse apelido.

Th: Gosta sim mas só quando uma pessoa específica te chama. -piscou e eu dei língua

Maria: Obrigada, por tudo. -sorri- Eu te amo muito.

Th: Eu daria a minha vida por tu, doidona. -sorriu com aquela cara de sono- Eu te amo pra porra.

Ele me puxou pra outro abraço e beijou a minha testa, fui até o meu quarto mas não consegui dormir novamente então voltei pro quarto dele que já tava dormindo e deitei do lado dele, pegando no sono logo em seguida.

Acordei era cinco e meia da tarde e o Thiago não tava mais na cama, ouvi barulhos vindo lá de baixo então peguei uma camisa do Th e um short lá do meu quarto, fui em direção ao banheiro dele e tomei um banho e logo em seguida escovei os dentes e sim, eu tenho uma escova aqui.

Me olhei no espelho e o olho tava inchado pra porra mas quem quer que seja lá em baixo, já tá costumado a me ver assim, certeza.

Desci as escadas e tava a Dani, Vt, Dedê, Souza, Vitória e o Thiago.

Dedê: Bom dia, dorminhoca. -falou quando me viu descendo as escadas

Maria: Nem começa, Dayvid. -mandei dedo do meio e fui na geladeira pegar água- Boa tarde pra geral.

Vt: Mal educada demais essa garota. -ri enquanto tomava o meu copo de água

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora