Maria;
Eu tava em alguma casa em Cabo Frio, os fardados tinham me pegado e finalmente eu tinha descobrido que a Estrela que eles procuravam, era eu.
O que era estranho porquê ninguém fora do morro sabia que eu era a herdeira, nunca me envolvi diretamente ao tráfico.
Mas a única coisa que tava na minha mente era que eu iria ser novamente estuprada e pra ser sincera, eu preferia a morte.
Eu tava amarrada na cama e com uma fita isolante na boca e pra completar eu também estava vendada.
Sentia a minha respiração ficando mais acelerada e aquilo era sinal que eu ia ter uma crise logo logo, já faziam três dias que eu estava aqui e o que me assustava era que em momento algum eles se comunicavam comigo, apenas me davam água de uma e uma hora e comida de seis e seis horas.
Ouvi a porta sendo aberta e senti o meu colchão afundar logo em seguida, senti alguns toques no meu corpo o que me fez ficar muito assustada, era agora, você vai ser estuprada, Era o que eu dizia mentalmente.
Senti as minhas pernas finalmente ficarem livres e logo depois os meus braços só que antes que eu pudesse movimentamos eles foram segurados.
- Vou colocar tu pra caminhar um pouco, sem showzinho. -sussurrou no meu ouvido e eu assenti
Ele foi me levando até a porta pois ouvi ela sendo aberta e logo depois saímos pra fora, senti o sol batendo na minha pele e dei uma respirada funda.
Maria: O que vocês querem comigo? -falei baixo e ele não respondeu
A gente continuou andando, ele tava me segurando porque eu ainda estava vendada e aquilo me deixava mais apreensiva ainda.
Maria: Você pode tirar a venda? eu tenho ansiedade e tô quase entrando em uma crise de pânico
Ele me encostou em uma parede e tirou a minha venda bem devagar, os meus olhos ainda estava fechados então eu fui abrindo de pouquinho a pouquinho.
Maria: Obrigada. -respirei fundo e olhei para baixo
A gente voltou a andar e eu comecei a ter muita falta de ar.
- Tá começando? -eu assenti- Então vamo voltar.
Voltamos para a casa e ele novamente me colocou no quarto só que dessa vez não me amarrou.
- Tu toma quais remédios? -falou tirando o celular do bolso
Maria: Benzodiazepina.
Ele assentiu e mandou uma mensagem no celular, eu me abracei e fiquei olhando para a parede, tentando me acalmar.
Comecei a chorar e senti a minha boca ficar muito seca, voltei a tremer e a ficar sem ar.
Ele se sentou na minha cama e me olhou.
- Tu tá ligada onde tu tá? -eu neguei
Maria: Só sei que vocês são da bope. -ele riu e negou- Não?
- Não. -se levantou e foi em direção a porta, me olhou novamente e riu- Se nós fôssemos da bope tu não tava viva. -ele piscou e saiu da sala
É aquilo só me deixava mais apavorada ainda.
Encarei as quatros paredes e nenhuma delas tinha nem sequer uma janela, a única luz que tinha aqui era um abajur que estava um pouco rachado mais ainda sim funcionava.
Não demorou muito para ele entrar novamente no quarto e me dar o meu remédio, eu tomei e ele logo depois me olhou.
- Tu vai ficar uma cota aqui. -eu olhei pra ele- Faz parte do plano.
Maria: Que plano? -olhei pra ele
- Trazer o Souza até nós.
Eu engolir seco e logo depois encostei a minha cabeça na parede.
Maria: Por que eu? -olhei para ele
- Por que você é o ponto fraco dele.
Eu tava querendo rir mas o remédio fez efeito então eu fiquei calada.
Maria: Ele não vai botar a cara por mim, pode ter certeza. -fechei os olhos- Mas meus pais sim, Th e Perigo. -bocejei- Souza não.
- Tu não sabe a importância que tu tem pra ele então. -ele riu e abriu novamente a porta do quarto- Não teve um dia que ele não falava de uma tal de Maria Alice. -saiu do quarto
Fiquei pensando em tudo que ele disse mas ainda bato o pé no que eu acredito, ele não vai vim.
...
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O Destino Não Quis - Vol.2 [M]
Teen Fiction- Maria Alice e Souza 2ª Temporada de "Lance Proibido" Eu sei que sobre nós tudo é sempre complicado Mas, um dia vai se descomplicar, pode acreditar.