Capítulo 61

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Maria;

O baile foi o melhor da minha vida toda, nunca vi uma vibe tão boa como essa, juro! Geral esquentou para um after na casa nova do Th mas eu resolvi vim para casa, tava cansada para um caralho.

Destranquei a porta da casa e fui logo tirando os meus tênis, com certeza eu estava cheia de calo, não sentia nenhum dos dois.

Me deitei no sofá e passei a mão pelo meu rosto, eu tava acabada, tirei o meu celular dos meus seios e coloquei para carregar. Logo depois prendi o meu cabelo e fui em direção ao banheiro daqui de baixo mesmo, falta coragem para eu subir as escadas e ir tomar um banho no meu quarto.

Tranquei o banheiro e comecei a tomar o meu banho, tava numa vibe surreal, amo meu banho pós baile.

Estava quase amanhecendo, eram mais ou menos quatro e meia da manhã.

Meus pais querem fazer um churras amanhã, só para os mais íntimos e eu e o Thiago topamos.

Me enrolei na toalha e saí do box, voltei para a sala e tentei ligar o meu celular mas ele ainda não tinha dado nenhuma carguinha.

Deixei ele lá mesmo e finalmente tomei coragem para subir as escadas. Fui em direção ao meu quarto e nem liguei a luz, odeio claridade quando está de noite.

Abri o meu guarda-roupa e peguei um baby doll qualquer, joguei a toalha no chão e me vesti no escuro mesmo.

Fui em direção ao espelho e quando eu finalmente liguei as luzes, sentei na minha penteadeira e comecei a escovar o cabelo.

Enquanto eu passava um hidratante no meu corpo, ouvi passos na escada.

Olhei de relance para trás e vi o Souza se encostando na porta, sem tirar os olhos de mim.

Souza: Sei que já tá tarde mas, parabéns. -me olhou pelo espelho

Maria: Obrigada. -falei enquanto tirava os brincos

Souza: Fiquei esperando tu chegar em casa. -fechei o hidratante

Maria: Tinha uma festa rolando, não ia chegar nem tão cedo. -falei sem olhar para ele

Souza: Tô ligado. -coçou a nuca- Foi mal, não deu pra brotar lá. -abri uma gaveta e olhei para ele- Tava resolvendo uma parada. -eu assenti

Maria: Sem problemas.

Menti, queria ele lá comigo.

Souza: Vou te recompensar, já é?

Maria: Não tem importância, Souza. -ele cruzou os braços- Era só uma festa que você não pode ir.

Souza: Era a sua festa. -deu ênfase em "sua"

Maria: Já disse. -guardei o pote do hidratante- Era só uma festa, não tem importância. -sentei na cama

Souza: Não vai querer saber o que eu tava fazendo? -dei de ombros

Tava fazendo não sei o quer a noite toda, lá no topo do morro.

Ele veio até mim e me puxou, me fazendo levantar e segui-lo. Saímos de casa e ele foi até a sua moto, subi na garupa e ele deu partida.

Paramos em uma rua antes da casa dele, ele me pediu para descer e logo depois ele veio atrás.

Colocou a mão no bolso e foi indo em direção até uma casa.

Era linda, umas das casas mais lindas aqui do morro, sem dúvidas.

Ele abriu ela e deu espaço para eu entrar, estava escuro mas dava para perceber que ela já estava mobiliada e era gigante.

Ouvi a porta sendo fechada e me virei para encará-lo.

Maria: Tua casa nova? -perguntei curiosa- Pensava que cê gostava da outra.

Ele não respondeu, apenas ligou as luzes e apontou para atrás de mim.

Me virei e comecei a ver muitas fotos minhas espalhadas em paredes e móveis da casa.

A maioria das fotos não fui eu que tirei, eu estava destraída e todas estavam em preto e branco.

A casa tinha uma parede cinza de cimento queimado, onde estava uma TV gigante e um sofá maior ainda.

Me virei novamente para o Kauã e ele balançou a chave, enquanto vinha até mim.

Ele segurou o meu rosto e me aproximou ainda mais dele.

Souza: Não fui pra tua festa porque eu tava deixando isso daqui a tua cara. -falou devagar- Essa casa é tua, esse é o teu presente. Sei o quanto que cê queria ter a sua própria independência e agora que cê tem uma loja física, cê já pode começar a ter isso.

Meus olhos se encheram de lágrimas, ele me puxou para um abraço e ele afastou o meu rosto do seu peitoral, me fazendo olhar para o mesmo e puxar ele para um beijo.

Quando nossos lábios finalmente se afastaram ele com certeza percebeu os meus olhos brilhando, era o dia mais feliz da minha vida.

Souza: Errei contigo, Alice. Meu passado pertence a você e o que eu mais quero é que o meu futuro também pertença. Quero uma vida toda do teu lado, tô disposto a te contar detalhe por detalhe e entender o teu lado das paradas. Só quero que tu tenha paciência comigo assim como eu tenho que também ter paciência contigo, nosso amor é muito precioso para a gente deixar ele toda vez de lado. Eu te amo e isso nunca vai mudar.

Eu sorri e nos beijamos outra vez, o beijo era perfeito! Nossas bocas se encaixavam perfeitamente enquanto as nossas línguas brigavam por espaço, era um beijo calmo mas no mesmo tempo com muita emoção e amor.

Eu chorava muito, nunca imaginei que isso estaria acontecendo, eu sou a mulher mais feliz desse mundo.

O destino foi tão bom comigo.

...

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora