Capítulo 16

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Souza;

O nosso beijo encaixava perfeitamente, parecia coisa de louco. Não queria sair daqui nunca mais, senti uma paz absurda com ela aqui.

Puxei o lábio inferior dela o que fez a mesma arfar e a gente parou de se beijar, coloquei o cabelo dela novamente pra trás e as mãos dela foram parar nos meus ombros.

Maria: Pensava que eu não fazia o seu tipo. -gastou e eu dei um tapa de leve na coxa dela o que fez a mesma rir e eu soltar um sorrisinho de lado

Souza: E eu pensava que eu era feio. -ela deu língua e saiu de cima de mim indo até a cozinha

Maria: Tô numa larica brava, tem comida aqui não? -falou enquanto abria a geladeira

Souza: Mal fico em casa, cê acha mesmo que vai ter comida? No máximo uma água e cerveja.

Maria: Então faça o favor de pedir para alguém trazer pois não vou ficar aqui morrendo de fome. -meteu a marra e eu revirei os olhos

Souza: Calada tu é uma poeta, papo reto.

Maria: Me chama pra dormir aqui e quer me deixar com fome, a culpa é sua de achar que a vida é um morango.

Nem respondi, peguei o radinho e pedi para um dos aviãozinhos trazerem pizza pra nós, queria confusão não e também não ia deixar a mina passar fome.

Souza: Mó esfomeada. -falei vendo ela comer a fatia de pizza super rápido- Não tem comida na tua casa não?

Ela me olhou com a cara feia e logo depois mandou dedo do meio pra mim o que me fez rir e ela logo depois mas parou com medo de se entalar.

Maria: Eu ainda não entendi o que eu tô fazendo aqui. -falou limpando o canto da boca enquanto olhava para mim- Tô aqui para suprir a tua carência?

Souza: Ainda pô. -falei e ela arqueou a sobrancelha

Maria: Conseguiu resolver o bagulho de SP?

Souza: Pior que não, a parada é que eu devia tá lá. -dei de ombros- Mas ainda não sei o que eu quero, vou passar um tempo aqui pra ver o que eu realmente quero, se o Rio realmente vale a pena.

Maria: Tá falando no sentido do tráfico? -assenti com a cabeça- Então cê voltou por causa do morro? -assenti novamente e ela pegou mais um pedaço de pizza sem olhar para mim

Ret e Anna vão se aposentar em pouco tempo e os herdeiros são a Maria, o Thiago e eu. Ret decidiu colocar o morro também no meu nome por conta de eu ser o afilhado dele então meio que a gente iria decidir já já.

Souza: Por que. -encarei ela- Tu vai querer herdar? -falei curioso

Maria: Ainda, mas o Thiago quer mais do que eu e agora tô vendo que cê quer mais que nós dois.

Souza: É o meu motivo pra ficar, tá ligada? -ela assentiu ainda sem olhar para mim

Maria: Tem quantos morros no teu nome lá em SP?

Souza: Dois, dei os outros pro meu pai.

Maria: Conheceu aquela Clara em qual? -jogou verde e voltou a me olhar

Souza: Como tu deduziu que a mina era de SP?

Maria: Sotaque e o jeito que ela te olha. -Deu de ombros- Mais pelo olhar, o olhar diz tudo.

Souza: Devo ter pegado ela na minha despedida, não lembro muito bem eu tava muito louco.

Maria: Entendi.

Souza: Não imaginava que tu ia querer se meter no tráfico.

Maria: É o meu destino, Kauã. -riu- Amo o que eu faço mas também amo uma adrenalina.

Souza: Então vai ser uma competição? -sorri debochado

Maria: Talvez. -me olhou- Mas se for, você sabe quem sempre ganha sou eu.

Olhei pra ela e encarei ela serginho, sei que ela só tava fazendo aquilo pra me irritar e sair por cima como ela sempre fazia então nem dei corda.

Lavei os pratos enquanto via ela subindo pro quarto e logo depois eu fui atrás dela que já tava deitada na minha cama toda espaçosa.

...

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora