Capítulo 4

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Souza;

Coloquei o boné na cabeça e peguei o perfume, borrifando um pouco em mim, meu malbec tá acabando e é o meu cheiro registrado, preciso comprar outro logo.

Daniela: Já era pra estarmos lá, não acredito que vamos chegar atrasados na festa da sua irmã por sua causa. -falou batendo na porta

Abri a porta e dei um sorriso cafajeste.

Souza: Também senti saudades. -ela sorriu e me abraçou

Daniela: Eu te amo garoto! Uma parte de mim se foi quando você foi embora. -me balançou.- Agora vamos que estamos atrasados. -bateu no meu ombro.- Até o teu pai já tá lá.

Neguei com a cabeça e sorri, só tem maluco na minha vida.

Ajeitei o boné na cabeça e saí de casa junto com a minha mãe, tirei o carro da garagem e fui em direção ao salão onde tava rolando a festa da minha irmã.

Entrei e logo avistei os coroas quase matando o Th, minha mãe me puxou toda preocupada pra perto deles.

Daniela: Gente, calma. -falou afastando o Ret de cima do Th
O que tá acontecendo? Isso nunca rolou!

Ret: Tu é um moleque! Ta ouvindo? Um moleque!Puta que pariu, filho da puta escroto do caralho. -falou apontando o dedo na cara do Th

Perigo: Calma, Ret...

Dedê: Perigo tem razão, a gente tá em uma festa e geral tá olhando, segura a onda que cês se resolvem isso em casa.

Ret: Calma porra nenhuma! Esse moleque tá me testando, na minha casa tu não entra mais. -falou gritando mais alto

Th: Finalmente vou poder me livrar de você, tu fala tanto que eu sou o teu pior erro por um simples fato de eu ser igualzinho a tu.

O Ret puxou a Anna pra fora da festa e a Maria veio correndo até nós.

Maria: Eu te avisei, filho da puta! Quer ser o melhor mas tu sempre toma no cu. -falou olhando
pro Th e saindo tentando alcançar os pais

Fui indo na direção dela e quando ela ia atravessar a rua eu puxei ela pelo braço.

Souza: Palavras machucam, tá ligada nisso não?

Maria: Um pouco de dor é necessário para mudar. -me olhou

Souza: Não quando o seu mundo tá todo destruído.

Maria: Você é o único culpado pelos seus erros, se comportar feito uma criança e achar que as suas atitudes não tem consequências é agir feito tal.

Souza: Cês colocam muita pressão em cima do moleque, Th teve essa visão o tempo todo naquela casa, teve a visão do teu pai sendo assim e virou isso! Cês não podem culpar alguém por algo que ele não escolheu.

Maria: Não acredito nisso, se sabemos que algo é errado e não faz bem pra nós e para quem estar ao nosso redor, podemos ter a escolha de ser igual ou ser melhor. Thiago vive dizendo que a culpa é do nosso pai mas não vê que a escolha de ser igualzinho ao Ret foi toda dele. -falou se soltando- E você não sabe como o meu pai nos criou, tivemos a mesma educação e ele nunca misturou o Ret e o Filipe dentro de casa. O Th escolheu ser igual ao Ret, não é culpa do nosso pai.

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora