O Destino Não Quis - Vol.2 [M]

Capítulo 46

Maria;

Eu sabia muito bem o porque do Luan estar aqui, ele quer que eu entenda como as coisas tão funcionando para finalmente me tirar daqui.

Quer dizer, eu sou a fodona no sou? Eu sou muito melhor do que esses bandidinhos de merda.

Eu sabia a hora que o turno era trocado, sabia quantos homens tinham nessa casa e sabia o que eles queriam a única coisa que eu não saberia era quem estava atrás disso.

Eu precisava falar com o Souza.

Eram quatro da tarde, troca de turno. Ouvi a porta sendo aberta e logo olhei para a mesma vendo o Laranjinha entrando.

Laranjinha: Boa tarde morena. -sentou do meu lado- De boa? -eu assenti e olhei para a porta, ele voltou até lá e trancou a mesma- Sete horas te levo lá. -eu assenti

Maria: Posso te fazer uma pergunta? -ele assentiu- Quem tá por trás disso tudo? -ele cruzou os braços

Laranjinha: Eu não sei. -falou e eu senti sinceridade- Já te disse, só tô sendo pago pra cuidar de tu. -ele olhou para a parede- Tão planejando te machucar.

Foi a minha vez de olhar para ele, me levantei e fiquei na frente dele.

Maria: O que? -falei em um tom de medo e logo depois respirei

Laranjinha: Tu já tá ligada no que eu quero dizer né? -eu assenti

Era óbvio que iriam me estuprar.

Laranjinha: Esse era um dos planos logo de início mas eu não deixei.

Maria: Como assim um dos planos logo de início? -cruzei os braços

Laranjinha: Queriam te estuprar no segundo dia! Falaram que mandaram a gente fazer isso mas eu inventei alguma desculpa e isso meio que adiou. -me olhou

O que mais mexia comigo era esse "plano logo de início" Por que me estuprar? Será que alguém sabia do que já tinha acontecido? Mas os únicos que sabem são da família.

Maria: Eu já fui estuprada Rafael. -ele me olhou assustado- Por isso que eles queriam fazer de novo, o Kauã ia meter a cara na mesma hora.

Laranjinha: Faz sentido pô. -deu de ombros

Maria: Faz e não faz. -sentei do lado dele e comecei a pensar em voz alta- Mas como eles sabem disso? Apenas a minha família sabe disso, ninguém mais. -neguei com a cabeça

Laranjinha: Tô tentando te ajudar garota, tá ligada que pode contar comigo mas se vazar que eu te ajudei, eu me fodo.

Maria: Isso não vai me afetar. -me levantei e comecei a andar pelo quarto- Isso não vai me afetar, isso não vai me afetar.

Laranjinha: Tá enlouquecendo? -gastou

Maria: Tô tentando me manter calma e arrumar um jeito de sair daqui sem ninguém precisar morrer.

Laranjinha: Pô, se eu puder ajudar em algo. -deu de ombros- Fala aí.

Maria: Por que o Souza tá jurado de morte em todos os morros de SP? -ele negou